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Banksy é leiloado em Londres para beneficiar um hospital da Cisjordânia

O tríptico de pinturas sobre a crise migratória que compõem a obra "Vista do Mar Mediterrâneo, 2017" será vendido para ajudar o hospital BASR de Belém

Correio Braziliense
postado em 28/07/2020 10:51
Os pedestres passam por um trabalho recente do esquivo artista de rua britânico Bansky, de um rato no relógio na frente de um antigo prédio do banco na esquina da 14th Street e Sixth Avenue na Houston Street, em Manhattan, em 16 de março de 2018 em Nova York Cidade.O artista de rua Banksy colocou à venda nesta terça-feira (28/7) um tríptico de pinturas sobre a crise migratória, em benefício de um hospital para crianças em Belém, Cisjordânia, informou a casa de leilões de Londres Sotheby's, responsável pelo leilão.

As três pinturas a óleo, que compõem "Vista do Mar Mediterrâneo, 2017", constituem uma resposta do artista à crise migratória que afeta a Europa desde 2010. 

Foi "feito com três velhas telas românticas que representavam paisagens marinhas do século XIX", as quais ele encheu com "coletes salva-vidas e boias abandonadas", diz Sotheby's em comunicado de imprensa. 

Com essas obras, Banksy "justapõe seu estilo inimitável e gênero artístico histórico com uma questão política contemporânea: as mortes trágicas de milhares de migrantes que tentaram atravessar o Mediterrâneo para chegar à União Europeia", destaca a casa de leilões.

Desde sua concepção, em 2017, o tríptico vendido entre 800 mil e 1,2 milhão de libras (entre 878.000 e 1,3 milhão de euros), foi exibido no hotel "The Walled Off" de Belém, aberto pelo próprio artista, cujos quartos dão diretamente no muro erguido por Israel, na Cisjordânia ocupada.

Banksy anunciou que doaria o dinheiro do leilão ao hospital BASR de Belém, para financiar uma nova unidade de cuidados para acidente vascular cerebral (AVC) e comprar equipamentos de reabilitação para as crianças

O artista contemporâneo aborda frequentemente a questão da crise migratória. Em 2015, pintou um retrato de Steve Jobs, co-fundador da Apple e filho de um imigrante sírio nos EUA, em uma parede de um campo de refugiados em Calais (norte da França).

Também realizou em 2019, na Bienal de Veneza, uma obra de um menino vestindo um colete salva-vidas e segurando uma chama de socorro rosa.

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