Mundo

Traçando a rota dos casos iniciais

Correio Braziliense
postado em 30/07/2020 04:06
Maioria dos primeiros diagnósticos fora da China foi de viajantes vindos de três países


Um estudo definiu onde os primeiros casos de covid-19 registrados fora da China podem ter se originado. Os autores do trabalho, publicado ontem na revista especializada The Lancet Infectious Diseases, utilizaram um banco de dados publicados na internet sobre os casos do período pré-pandêmico. Com base nos históricos, constataram que boa parte das primeiras pessoas infectadas era viajante da Itália, da China ou do Irã.

A vigilância da infecção por Sars-CoV-2 durante as primeiras 11 semanas do surto, entre 31 de dezembro de 2019  e 10 de março de 2020, revelou que três quartos (75/99) dos países afetados fora da China continental relataram seu primeiro caso da enfermidade em pessoas que haviam feito viagens recentemente, sendo que quase dois terços desses primeiros casos estavam relacionados a estadias em Itália (27%), China ( 22%) ou Irã (11%)

“Nossas descobertas sugerem que viagens de apenas alguns países com transmissão substancial de Sars-CoV-2 podem ter gerado surtos adicionais em todo o mundo antes da caracterização da covid-19 como uma pandemia, em 11 de março de 2020”, detalha, em comunicado, Fatimah Dawood, pesquisadora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos, e uma das autoras do trabalho.

Durante as análises dos casos registrados antes do período de pandemia, os cientistas também encontraram taxas altas de transmissão em locais específicos, como templos e hospitais. “Tivemos grandes surtos em ambientes religiosos, destacando a necessidade de parceria com essas organizações ao projetar e implementar esforços de mitigação da comunidade (…) Muitos casos foram registrados na área médica também, ressaltando a necessidade de práticas rigorosas de prevenção e monitoramento dos profissionais de saúde quanto a sinais de doença”, relata Philip Ricks, também autor do estudo.



Rússia prevê vacinas a partir de setembro
A Rússia espera ter condições de começar a produção industrial de duas vacinas contra o coronavírus em pouco mais de um mês, segundo a vice-primeira-ministra, Tatiana Golikova. As duas fórmulas são “muito promissoras” e estão em etapas de desenvolvimento parecidas. Uma delas, criada pelo Ministério da Defesa e pelo Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleia, é testada em humano. “O lançamento de sua produção industrial está previsto para setembro, após uma certificação e testes clínicos adicionais em 1.600 pessoas”, diz Golikova. A outra, criada pelo Centro de Pesquisas Véktor, na Sibéria, também deve ser certificada no mesmo mês. As primeiras doses podem ficar prontas em outubro.
 
 
 
 
 



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