Correio Braziliense
postado em 02/08/2020 04:16
Alguns relatos de caso têm sugerido reinfecção pelo Sars-CoV-2. É cedo para saber se esse é um risco real?
A hipótese da reinfecção pelo Sars-CoV-2 ainda não foi confirmada pela ciência. Existem alguns relatos pelo mundo, inclusive no Brasil, que levantam essa possibilidade, mas existem outras hipóteses para pacientes que, aparentemente, pegaram a doença mais de uma vez nesse curto período de tempo. Certamente, uma parte dos relatos pode ser explicada por exames falso-positivos. Outros casos, por RT-PCR persistentemente positivo (o material genético do vírus pode permanecer por alguns meses no trato respiratório do paciente após a infecção, não significando doença ativa). De qualquer modo, é importante salientar que, ainda que se confirme a possibilidade de reinfecção, é bastante provável que essa seja uma situação de exceção, uma raridade dentro do total de casos da doença.
Mesmo se não houver reinfecção, por que alguns pacientes desenvolvem os mesmos sintomas mais de uma vez?
Descartando a possibilidade de reinfecção, outra possibilidade é uma infecção por outro vírus respiratório, como influenza, parainfluenza e outros coronavírus. Por isso, é importante que essas hipóteses diagnósticas sejam consideradas e, se necessário, investigadas em todo paciente que apresente quadro sugestivo de infecção pelo Sars-CoV-2, pois tratam-se de diagnósticos diferenciais da doença.
Depois de curado, quanto tempo o paciente permanece com imunidade?
Dentro do que se sabe hoje sobre a covid-19, o que temos de mais consistente é que a infecção forneça imunidade para o indivíduo por um período de, pelo menos, três meses após a doença, mas ainda carecemos de estudos que determinem com mais acurácia o grau e o tempo de proteção que a covid-19 confere contra novas infecções pelo novo coronavírus. Com mais tempo de estudo e observação da doença, que é nova para a ciência e para a humanidade, essas respostas certamente chegarão. (PO)
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