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Com 200 mil mortos, América Latina é 2ª região mais afetada pela covid-19

Correio Braziliense
postado em 03/08/2020 07:23
A América Latina e o Caribe atingiram a cifra de mais de 200 mil mortos por coronavírus no fim de semana, tornando-se a segunda região mais afetada pelo novo vírus, atrás apenas da Europa. Brasil e México puxam a lista e concentram, juntos, três quartos das mortes da região, segundo dados da Universidade John Hopkins. Com um total de 200.212 mortos e 4.919.054 de casos confirmados, América Latina e Caribe viram uma explosão de contágios na última semana em diversos países. Na quarta-feira, o Brasil havia registrado o recorde diário de 1.595 mortes e a Colômbia, 380. Na quinta-feira, foi a vez de a Argentina registrar o recorde diário de 153 mortos. Agora, os óbitos em razão da covid-19 na América Latina e no Caribe representam cerca de um terço do total mundial: 685.780 mortos e 17.868.148 pessoas infectadas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). A Europa, região com mais mortes pela doença, registra 210.435 óbitos e 3.189.322 infecções. No dia 28 de abril, a América Latina e o Caribe tinham superado a marca de 10 mil mortos. No dia 23 de junho, a região chegou aos 100 mil mortos. Pouco mais de um mês depois, os casos dobraram, superando os 200 mil mortos, uma aceleração que se intensificou em julho, chegando a uma média diária de 2.610 óbitos. O pior é que o pico da curva não parece estar perto para países como o México, que no sábado registrou 9.556 novos casos e 764 mortes, segundo dados da secretaria de Saúde federal. E alguns especialistas estimam que o número de mortos oficialmente declarado na região está subestimado. Brasil e México lideram a lista dos países latino-americanos mais afetados pelo novo coronavírus, com 93.563 e 47.472 mortos, respectivamente. Em seguida estão Peru (19.408), Colômbia (10.330) e Chile (9.533). A covid-19 voltou a ganhar força no Peru um mês após o levantamento oficial da quarentena em grande parte do país, ao fechar o mês de julho com um recorde de 7.448 novos casos em 24 horas. O sétimo país do mundo e o terceiro da América Latina com mais casos de covid-19, o Peru soma 407.492 contágios e 19.408 mortes desde 6 de março, quando foi detectado o primeiro caso. A última semana foi especialmente crítica, pois a propagação do vírus voltou a acelerar um mês após o governo levantar as restrições em 18 das 25 regiões do país e duas semanas após a retomada do transporte regular entre as províncias. No início de julho, os contágios diários estavam diminuindo lentamente, com números abaixo de 3 mil casos por dia. Mas agora estão sendo registradas mais de 7 mil infecções diárias, como nos últimos três dias. O número de casos confirmados na América Latina e no Caribe se aproxima dos 5 milhões. As Américas registram 9,47 milhões de infectados. Deles, mais da metade está situada no Brasil (mais de 2,7 milhões de casos oficialmente declarados), o que o torna o segundo país com mais casos no mundo, atrás dos Estados Unidos (mais de 4,6 milhões de casos). Os EUA, que registraram em 24 horas mais de 61 mil casos e 1.051 mortes, é o país mais afetado no mundo pela pandemia com mais de 154.449 mortos e mais de 4,6 milhões de casos. Perigo longo A Organização Mundial de Saúde (OMS) advertiu que a pandemia provavelmente será "muito longa", em meio a uma intensa corrida em busca de uma vacina contra o vírus. Seis meses após declarar emergência internacional, a OMS destacou que "continua avaliando em muito elevado o nível de perigo global pela covid-19". Enquanto a América Latina, os EUA, a Europa e outras regiões do mundo sofrem com recessões econômicas históricas, a OMS advertiu sobre "o risco de afrouxar a resposta (à covid-19) em um contexto de pressões socioeconômicas". A fronteira dos EUA está fechada a viagens não essenciais desde 21 de março e permanecerá assim até o dia 20 de agosto. Medidas que também se aplicam a outros países, como o Canadá, que anunciou nova prorrogação no fechamento de suas fronteiras, exceto para os americanos, até 31 de agosto. A Argentina também freou a flexibilização das medidas por ao menos duas semanas em razão do aumento de contágios. (Com agências internacionais) As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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