Mundo

Primeiro-ministro pede que franceses 'não baixem a guarda' contra a covid

O discurso das autoridades francesas mudou ao longo das semanas (e com a divulgação de dados científicos). O uso da máscara passou de 'inútil para quem está na rua' a obrigatório em locais públicos fechados desde 20 de julho e agora em algumas áreas abertas

Correio Braziliense
postado em 03/08/2020 15:12
O discurso das autoridades francesas mudou ao longo das semanas (e com a divulgação de dados científicos). O uso da máscara passou de 'inútil para quem está na rua' a obrigatório em locais públicos fechados desde 20 de julho e agora em algumas áreas abertasO primeiro-ministro francês, Jean Castex, apelou nesta segunda-feira(03) à população e ao Estado para "não baixarem a guarda" diante da COVID-19, a fim de evitar um "reconfinamento total", e pediu que todos usem máscaras em locais públicos.

Castex destacou que "todos os franceses devem permanecer atentos", durante visita a Lille - onde o uso da máscara passou a ser obrigatório em alguns locais públicos abertos - assim como em Roubaix, ambos no norte e perto da fronteira belga.

"O vírus não está de férias e nem nós. Precisamos nos proteger contra esse vírus, principalmente sem interromper a vida econômica e social, ou seja, evitando a perspectiva de reconfinamento geral", explicou. 

Em algumas regiões francesas, "há um aumento nos números da epidemia que deve nos deixar mais vigilantes do que nunca", disse Castex, que não respondeu a nenhuma pergunta. 

Na agência regional de saúde, o Dr. Patrick Goldstein, chefe do departamento de emergência regional e do departamento de emergência, enfatizou que "a dinâmica é muito perturbadora, deve ser 'caçada' absolutamente".


- Máscaras gratuitas? -

Saiba Mais

O discurso das autoridades francesas mudou ao longo das semanas (e com a divulgação de dados científicos). O uso da máscara passou de "inútil para quem está na rua" a obrigatório em locais públicos fechados desde 20 de julho e agora em algumas áreas abertas. 

O primeiro-ministro caminhou pelo centro da cidade. Abordado várias vezes, não falou com pedestres, mas conversou com comerciantes e policiais. 

"Vamos fazer isso! É responsabilidade de todos. Vamos vencer!", disse à polícia.

"É do interesse de todos, não é para perturbá-los. Também será necessário demonstrar um pouco de firmeza aos que se recusam a entender", acrescentou, antes de visitar um centro de testes de COVID-19 e uma fábrica de máscaras. 

Entre a oposição de esquerda, a senadora do Europe Ecology Los Verdes (EELV) Esther Benbassa criticou "as mensagens contraditórias" do Executivo. 

Na sua opinião, ao delegar medidas às autoridades locais, o governo evita a "questão espinhosa" das máscaras gratuitas. 

"Sim à máscara obrigatória e sim às máscaras gratuitas, para torná-las acessíveis a todos", tuitou o secretário nacional do Partido Comunista Francês (PCF), Fabien Roussel. 

O uso da máscara é obrigatório em várias regiões do país, da região dos Alpes, como Chamonix, à costa atlântica como Biarritz e Saint-Malo. No interior, cidades como Tours e no Mediterrâneo, Nice, se preparam para aplicar a medida.

O novo coronavírus causou mais de 30.200 mortes na França.

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Tags