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Congresso do Peru nega confiança ao premiê e gabinete deve renunciar

O fato obriga todos os ministros a renunciarem, criando uma crise política em meio à pandemia de coronavírus

Correio Braziliense
postado em 04/08/2020 11:39
Esta foto divulgada pela Presidência peruana mostra congressistas que participam do discurso anual do Presidente Martin Vizcarra no edifício do Congresso em Lima, como parte dos procedimentos do Dia Nacional em Lima em 28 de julho de 2020.O Congresso peruano negou, nesta terça-feira (4/8), um voto de confiança ao novo presidente do Conselho de Ministros, Pedro Cateriano, o que obriga todos os ministros a renunciarem, criando uma crise política em meio à severa emergência sanitária pela pandemia.

"Não foi aprovada a moção de confiança solicitada. O resultado é 37 votos a favor, 54, contra, e 34 abstenções", anunciou o presidente do Congresso, Manuel Merino, depois de uma sessão parlamentar de mais de 20 horas.

Cateriano precisava de 66 votos, de um total de 130, para obter a ratificação de seu gabinete por parte do Congresso. A Casa é controlada por uma coalizão de quatro partidos populistas de centro direita e de esquerda.

A rejeição implica a renúncia de Cateriano e dos 18 ministros do gabinete nomeado pelo presidente do país, Martín Vizcarra, em 15 de julho.

A votação é uma dura derrota política para Vizcarra, que governa sozinho desde março de 2018, já que não tem partido e bancada próprios no Parlamento. 

Vizcarra terá de apontar um novo presidente do Conselho de Ministros nos próximos dias e reformar seu gabinete, sem a presença de Cateriano.

"Foi uma coisa insólita: um gabinete que começa não recebe voto de confiança, em meio à pior crise do Peru por causa da pandemia", comentou o analista Fernando Rospigliosi, em entrevista ao canal N de televisão.

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