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OMS denuncia 'nacionalismo de vacinas' incompatível com a luta contra vírus

Para ele, não se trata de ''compartilhar por compartilhar'', mas por uma necessidade, que beneficiará inclusive os países melhor equipados

Correio Braziliense
postado em 06/08/2020 15:28
Para ele, não se trata de ''compartilhar por compartilhar'', mas por uma necessidade, que beneficiará inclusive os países melhor equipadosO diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, criticou nesta quinta-feira qualquer "nacionalismo" em matéria de vacinas e pediu o compartilhamento de ferramentas para combater a COVID-19.

"O nacionalismo das vacinas não é uma coisa boa. Isso não vai nos ajudar", declarou durante o Fórum de Segurança de Aspen, três dias de debates que estão sendo realizados online este ano

"Deveria haver um consenso global para que qualquer vacina seja um bem público comum; é um compromisso político", insistiu. 

Para ele, não se trata de "compartilhar por compartilhar", mas por uma necessidade, que beneficiará inclusive os países melhor equipados: "Eles não dão caridade aos demais. Fazem por si mesmos, porque quando o resto do mundo se reestabelece e abre, eles também se beneficiam".

"Uma reativação mais rápida é uma reativação conjunta, porque vivemos em um mundo globalizado. As economias estão intimamente relacionadas". Não pode haver "alguns países seguros que se recuperam. Todos devem se recuperar juntos", enfatizou. 

"O dano causado pela COVID-19 pode ser menor quando os países que têm os meios se comprometem", insistiu. 

Cerca de 26 possíveis vacinas estão sendo testadas em diferentes fases, das quais seis estão "em um bom estágio, em ensaios clínicos", disse o diretor de emergências de saúde da OMS, Michael Ryan, que voltou a ser cauteloso. 

"Não há garantia de que uma dessas seis nos dê a resposta, e provavelmente precisaremos de mais de uma vacina para fazer esse trabalho", disse o epidemiologista, comemorando os muitos projetos em andamento no mundo. 

O novo coronavírus matou mais de 700.000 pessoas em todo o mundo e infectou mais de 18,8 milhões desde o primeiro surto na China em dezembro, segundo uma contagem da AFP baseada em fontes oficiais.

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