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Ao menos 16 funcionários do porto de Beirute são detidos por explosões

Tratam-se de funcionários do conselho de administração do porto de Beirute e da administração de alfândegas e encarregados de trabalhos de manutenção e (operários) que realizaram trabalhos no armazém

Correio Braziliense
postado em 06/08/2020 18:14
Tratam-se de funcionários do conselho de administração do porto de Beirute e da administração de alfândegas e encarregados de trabalhos de manutenção e (operários) que realizaram trabalhos no armazémAo menos 16 funcionários do porto de Beirute e autoridades alfandegárias foram detidos no âmbito da investigação sobre as explosões devastadoras e mortais de terça-feira de um depósito com toneladas de nitrato de amônio, informou nesta quinta-feira (6) um promotor militar.

Tratam-se de funcionários "do conselho de administração do porto de Beirute e da administração de alfândegas e encarregados de trabalhos de manutenção e (operários) que realizaram trabalhos no armazém" onde era guardado o nitrato de amônio, informou o promotor militar Fadi Akiki em um comunicado.

"Dezesseis pessoas estão detidas no âmbito da investigação", acrescentou o comunicado sem informar a data de sua detenção, sua identidade ou as acusações contra. Segundo uma fonte ligada à investigação as detenções ocorreram na quarta ou na quinta-feira.

Saiba Mais

A explosão desta terça no porto de Beirute deixou ao menos 137 mortos, dezenas de desaparecidos e 5.000 feridos e devastou bairros inteiros.

Segundo as autoridades, originou-se no depósito onde eram armazenadas 2.700 toneladas de nitrato de amônio há seis anos "sem medidas de precaução" necessárias, segundo o primeiro-ministro, Hassan Diab.

As autoridades portuárias, os serviços de alfândega e alguns serviços de segurança eram conscientes de que ali eram armazenadas substâncias químicas perigosas, mas se responsabilizam mutuamente.

Em junho de 2019, foi feita uma investigação após queixas reiteradas sobre o mau cheiro que emanava do armazém e determinou-se que havia "materiais perigosos que deviam ser transferidos" e que as paredes do armazém estavam danificadas.

A direção do porto, que estava a par da periculosidade dos materiais, enviou há alguns dias os operários para fechar as brechas do armazém. Estas obras, segundo as fontes de segurança, teriam sido a origem da tragédia.

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