postado em 23/05/2019 04:08
A educação é sempre um processo políticoComo enunciado pelo título acima, o processo educativo, por suas características e natureza intrínsecas nas relações humanas, acaba sendo sempre uma ação política, queiram, ou não, os governos de plantão. Isso não quer dizer absolutamente que a educação seja uma ferramenta de doutrinação política, do ponto de vista das ideologias, como erroneamente vem sendo feito no Brasil nos últimos anos.
A verdade, e muitos podem até discordar, é que desde março de 1964, com a tomada do poder pelos militares no Brasil, rompendo a normalidade constitucional, sobretudo após o falecimento do primeiro presidente da República daquele período, Humberto Castelo Branco, as escolas públicas, especialmente as universidades, foram transformadas em espécie de trincheiras ideológicas contra o que chamavam de ;ditadura militar;. Mesmo o grande expurgo havido de professores e pesquisadores em muitas instituições de ensino superior, acusados, na ocasião, de algo vago como ;subversão;, serviu apenas para intensificar e aguçar os protestos contra o regime no poder. As invasões promovidas pela polícia política (Dops) e outras nos câmpus universitários, como ocorreu na Universidade de Brasília, ocupada por quatro vezes pela polícia, resultando na prisão de mais de uma centena de pessoas, entre alunos e professores, serviram apenas para acirrar os ânimos dos estudantes e de parte dos docentes, criando um ambiente propício para a disseminação das ideias e dos ideólogos da esquerda, nacionais e internacionais.
Com isso, o partido comunista e suas vertentes, mesmo na clandestinidade, passaram a ter suas ideias acolhidas de bom grado dentro desses estabelecimentos de ensino. Naquela ocasião, é correto afirmar que o pensamento e as doutrinações de esquerda dentro das universidades, eram correntes e não havia movimentos internos capazes de se contrapor às tendências. Estudantes e professores eram, majoritariamente, adeptos do pensamento da esquerda. Até mesmo as bibliotecas passaram a abrigar, de forma absoluta, obras de escritores e pensadores da esquerda.
Não é de todo errado afirmar que as universidades pelo país foram empurradas para essa situação, por causa da repressão. Esse processo de dominação das ideologias de esquerda nas universidades públicas é uma realidade que perdura a mais de meio século, sendo uma tendência que, de certa forma, encontra-se enraizada e estabelecida em muitos desses centros de ensino superior. Pretender acabar com essa tendência, da noite para o dia, por meio de decreto ou por orientação da burocracia com assento momentâneo no Ministério da Educação, é uma tarefa impossível a curto e médio prazos.
Na realidade, pouco adiantaria banir o pensamento de esquerda da educação brasileira, colocando seus autores, como Paulo Freire, como responsável pela decadência evidente da educação nacional, impondo uma nova metodologia mais aceita ou digerível pela direita. O problema, e muitos educadores sabem disso, não está nem a leste nem a oeste, ou seja o nó na educação do país, não é obra dessa ou de outra ideologia, mas tão somente decorrente do abandono relegado ao processo educacional, em todos os seus níveis, ao longo dessas últimas décadas, o que torna a questão muito mais complexa e trabalhosa.
A escola sem partido é, portanto, uma fantasia tola. Da mesma forma, professores que agem como doutrinadores políticos, deixando de lado o papel de educador, colaboram, ao seu modo, para formar e transformar legiões de alunos em correligionários desses partidos e não cidadãos cônscios e críticos do mundo em volta.
Doutrinação não é educação, pois ambas têm origens e finalidades distintas. Enquanto a primeira se ocupa tão somente em arregimentar massa para um objetivo determinado por uma cartilha específica; a segunda cuida dos princípios básicos e universais que movem as verdadeiras democracias de nosso mundo.
A frase que foi pronunciada
;Se você quer saber como é um homem, dê uma boa olhada em como ele trata seus inferiores, não seus iguais.;
JK Rowling, autora de Cálice de Fogo
MP 863/18
; Participação de até 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas sediadas no Brasil. Duas correntes se sobressaíram. De um lado, deputado federal gaúcho Marcel Van Hatten que defende a liberdade econômica das empresas para definir quanto cobrar e que serviço oferecer. De outro, o deputado federal Celso Russomanno que afirma que cobrança pela bagagem é uma configuração clara de ;venda casada;. Seguem no Blog do Ari Cunha e-mail e telefone dos dois deputados para você atacar ou acatar a ideia sobre cobrança de bagagem em viagens de avião.
MP 881/19
; Em contraponto, a MP 881, intitulada MP da Liberdade Econômica, assegura às empresas o direito de cobrança, reforçando as ;garantias livres de mercado;. O alcance se dá tanto no direito civil quanto empresarial. Se for aceito o preço dado, deverá ser acatado inclusive judicialmente. É o fim da intervenção.
História de Brasília
O Ministério da Agricultura, sempre o mais pobre do ;país essencialmente agrícola;, está dando uma nova demonstração de sua pobreza. É, atualmente, em Brasília, o único órgão federal que não dispõe de ônibus para a condução dos seus funcionários. (Publicado em 21/11/1961)