postado em 24/05/2019 04:27
Ponto de inflexãoIndependentemente do que possa vir a ocorrer neste domingo, com as manifestações de rua convocadas por apoiadores do atual governo pelas redes sociais, é certo que essa data marcará um ponto de inflexão no recentíssimo mandato de presidente de Jair Bolsonaro. Fazer apostas sobre sucesso ou fracasso dessas manifestações, mostrando a adesão da maioria da população às teses do governo ou, o que é pior, a apatia dos brasileiros ante a crise por demais anunciada, pouco importa.
Na realidade, desde o retorno da democracia plena em 1985, os brasileiros têm experimentado seguidas crises políticas e econômicas que acabaram por contaminar e tornar calamitosas a situação social do país, com desemprego de milhões de trabalhadores, violência altíssima, com mais de 60 mil mortes a cada ano e outras tragédias que têm arrastado o país para a rabeira de todos os índices internacionais de desenvolvimento humano. Essa situação permanente de crise foi agravada ainda pelo período em que a esquerda pretendeu transformar ideologicamente as estruturas do país e suas instituições num modelo de socialismo revisitado pós-queda do muro de Berlim.
É justamente o resultado dessa aventura recente e das que as antecederam, que levaram o país à situação atual incontornável. Para os que torcem pelo pior, com o país pegando fogo, com olho, obviamente no retorno do esquema petista nas próximas eleições, quando mais radicais forem as arruaças, melhor para as oposições. Do alto do muro do oportunismo, o bloco do Centrão, com os representantes do atraso e das prebendas do Estado, miram essas manifestações com receio e apreensão, já que estão na alça de mira dos protestantes.
À semelhança das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), todos sabem como esses movimentos começam , mas não têm a menor ideia de como podem terminar. De todo modo, após este domingo, os Poderes da República, mais precisamente seus atuais ocupantes, terão que rever seus comportamentos, muitos dos quais claramente reprováveis, se desejam evitar que a crise acabe descambando para uma revolta popular de consequências imprevisíveis dado o enorme desgaste e o baixo prestígio das instituições do Estado junto à população.
O povo na rua sinaliza, muito além das propaladas benesses da liberdade e da democracia, que algo no ordenamento do Estado não está bem, vai contra a vontade soberana da nação e, portanto, precisa ser imediatamente corrigido.
A frase que foi pronunciada
;Tomara que esse esforço de controlar o deficit nas contas do governo valha a pena. Já pensou se o próximo presidente for eleito por uma urna eletrônica burlável?;
Dona Dita, dona de casa enquanto ouve notícias no rádio
Divulgação
; Espaço Itaú de Cinemas do CasaPark convida a comunidade para participar amanhã, às 10h, do Cine Debate sobre adoção. Depois da exibição do filme De repente, uma família, haverá um bate-papo com os presentes sobre o assunto. A programação é coordenada pelo Grupo Aconchego, que, há duas décadas, promove a convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes em acolhimento institucional. O respaldo vem também da parceria com Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (Angaad) e com a Vara da Infância e Juventude do Distrito Federal (VIJ-DF).
Nacional
; De acordo com Soraya Pereira, psicóloga e presidente do Grupo Aconchego, várias cidades brasileiras realizam, nesta semana, atividades alusivas ao Dia Nacional da Adoção (25 de maio). ;A nossa ideia é sensibilizar a sociedade para um tema tão delicado e, ao mesmo tempo, apresentar um pouco do nosso trabalho para quem se interessa pelo assunto;, explica. Todas as atividades são franqueadas ao público. Os organizadores dão a dica: chegue cedo para poder entrar.
Inconcebível
; Depois de saber o quanto se paga de impostos, não há nada mais revoltante do que receber um documento da Fazenda do DF informando que em 65 dias o contribuinte receberá uma resposta sobre a solicitação feita. Apenas pelo sistema. E pede o favor de não responder a mensagem. Pior, em apenas alguns minutos na fila, as narrativas são de desanimar. ;Estive aqui na quinta, fui o primeiro da fila. Ao chegar no atendimento, a funcionária bem desembaraçada confessou sem corar o rosto: Ah, disso aqui eu não entendo nada. Tem que aguardar a chegada da fulana.;
Segurança
; Em Minas Gerais, a Polícia Rodoviária Federal adquiriu, para sete cidades da região, o bafômetro passivo. Apenas por estar próximo do cidadão, o equipamento acusa se houve ou não ingestão de álcool. O aparelho que precisa ser soprado pelo motorista é a segunda parte da abordagem. As saídas de festas são os locais de maior apreensão.
História de Brasília
Cogita-se, no seio do funcionalismo federal de Brasília, a fundação de uma associação que agrupe os funcionários, nos moldes da existente no estado da Guanabara. O movimento, agora, está muito mais forte, porque anunciaram que o presidente cortaria a ;dobradinha; e depois do novo horário das repartições públicas. (Publicado em 21/11/1961)