postado em 28/05/2019 04:07
Manifestações
As manifestações pró ;Bolsonaro, que ocorreram no domingo (26/05), ficaram aquém do esperado. Não foram expressivas a ponto de ;meter medo; nos parlamentares inconformados com o desmame do toma lá dá cá. É bem provável que, a partir de agora, o presidente tenha mais dificuldade para dialogar com o Congresso. Estou com medo de que fiquemos quatro anos assistindo a intrigas entre os poderes Executivo e Legislativo e vendo o Brasil caminhar cada vez mais rumo ao abismo. Há quem diga que o presidente ainda tem ;bala;, só que, se não tiver habilidade, pode haver desperdício de bala com ;tiro; saindo pela culatra. Já tem gente fazendo cada projeção para 2022 que chega a me causar arrepio.
; Jeovah Ferreira,
Taquari
; As manifestações a favor do presidente Bolsonaro foram pífias, não alcançaram em todo o Brasil, um milhão de pessoas, segundo a PM. Para quem teve 57 milhões de votos, vale dizer que não chegou a 1% dos eleitores, indicando séria rejeição à administração do executivo. Ao contrário, as manifestações sobre os cortes na educação foram de grande vulto. A sociedade em peso compareceu contra as medidas. Só é contra o Judiciário e o Poder Legislativo quem nunca sofreu uma ditadura, ou quem quer decidir de sopetão ou impor a sua vontade.
; José Lineu de Freitas,
Asa Sul
Feminicídio
Cumprimento o Correio pela campanha educativa sobre a prevenção do feminicídio, com o objetivo de alertar as mulheres e seus parentes em relação ao risco a que estariam sujeitas. As excelentes reportagens dos dias 21 e 22 são um alerta sobre essa ameaça às mulheres. Lamentavelmente o feminicídio tem aumentado. Neste ano, no DF, já ocorreram 13 feminicídios, dos quais seis foram cometidos a facadas. Mesmo no país que mais se mata no mundo, a quantidade de feminicídios é assustadora. O feminicídio é um crime previsível, anunciado com antecedência, com berros, xingamentos, ofensas e humilhações. Desde o primeiro soco, a atual ou ex-namorada, noiva, esposa ou companheira está marcada para morrer. A Lei Maria da Penha não tem se revelado eficiente. Já se constatou que aumentar a punição não desestimula as agressões. As medidas protetivas também não surtiram efeito. O feminicida não é um criminoso comum. Não é um bandido. Também não é uma ameaça para outras pessoas. É ameaça somente para a companheira e, eventualmente, para os filhos. Na realidade, é um doente mental. Mata também os filhos que estiverem no local e suicida em seguida. Diante dessa realidade, há que se pensar em uma estratégia mais adequada. Ao ocorrer a primeira agressão, o agressor deveria ser preso preventivamente, submetido a perícia médica e internamento compulsório para tratamento. Para isso, haverá necessidade de aprovação de lei que autorize a prisão preventiva e o internamento compulsório. Tenho a convicção de que esse procedimento reduzirá bastante os casos fatais. Não culpem as armas de fogo. O feminicida é doente mental e, se não tiver uma arma, mata com uma facada, como tem feito.
; Cid Lopes,
Lago Sul
Contradições
O governo Bolsonaro, pelo qual votei e fiz campanha, infelizmente vem se caracterizando por medidas contraditórias: criticou as passeatas que protestaram contra os cortes orçamentários para as universidades brasileiras, mas incentivou os movimentos a favor de seu governo no último domingo (26/05); a ministra da Agricultura, após liberar 169 novos agrotóxicos só neste início de ano, faz um convite para a cerimônia de lançamento da campanha de promoção do ;Produto orgânico melhor para a vida;! Parece piada. Para completar, só falta o ministro da Saúde, um fumante inveterado, lançar uma campanha nacional contra a produção do tabaco.
; Paulo Molina Prates,
Asa Norte
Supremo
O ativismo judicial está a todo vapor. O STF decidiu que homofobia é crime, sem previsão legal, em escancarada violação ao princípio da legalidade penal, mesmo com ofício do Senado esclarecendo que havia aprovado dois projetos sobre o tema. Remontamos ao período anterior à Revolução Francesa. Poderia, a partir de agora, o presidente criar tipos penais através de medida provisória? A grande quantidade de políticos envolvidos em crimes da competência privativa do STF impede a reação do Congresso? Não para por aí, em liminar ; decisão monocrática ;, um ministro da Corte concedeu habeas corpus coletivo, sem identificação dos beneficiários, o que não é a primeira vez, beneficiando menores infratores internados para que cumpram, pasmem, ;internação domiciliar;. E as vítimas, como ficam? O individualismo da jurisprudência em matéria penal não encontra parâmetro em nenhum lugar do mundo. Os exemplos são inúmeros de ativismo que se espaira por todo o judiciário em todos os temas. A segurança jurídica esvai-se. E mais, o STF é o Pleno, as Turmas e os seus ministros individualmente. É preciso um movimento nacional para se criar a Corte Constitucional, somente funcionando em plenário e com mandato para seus integrantes.
; Carlos Frederico,
Asa Norte