postado em 01/06/2019 04:05
Dançando sobre o caos
Todo mundo sabia que qualquer candidato que viesse a ocupar a Presidência da República, depois de mais de 13 anos seguidos da desastrosa gestão petista, não teria vida fácil. Exceção, é claro, do próprio pessoal de esquerda, caso viesse a vencer o pleito de 2018. Arruinado política, econômica e socialmente, o país passou a requerer dos novos gestores eleitos um esforço extra para desfazer as asneiras perpetradas por mais de uma década, desmontando armadilhas, afastando sabotadores, alocados em milhares de posições estratégicas dentro da máquina pública e com missões específicas determinadas diretamente pelo partido então no poder.
Com isso, restabelecer um mínimo de governança passou a consumir grande parte na agenda do governo. A abdução profunda das universidades públicas, de parte da imprensa interesseira e de nichos da população mais desinformada, assim como de outros setores do país, não poderia resultar em outra coisa que não fosse o que todos vemos agora. Receoso, titubeante e sem saber onde pisar, o atual governo vai consumindo seus dias entre avanços e recuos, temeroso de que o caldo entorne de vez.
Não seria exagero dizer que, nos próximos meses, o atual governo terá que continuar agindo para remontar, peça por peça e com um mínimo de eficiência, a máquina pública depauperada. O problema é que a nação tem pressa. No caso específico do setor educacional e mais propriamente nas universidades públicas, o atual governo precisará de atenção redobrada.
Nessa altura dos acontecimentos, todos suspeitaram que o Ministério da Educação e, principalmente, seu titular, não possuem qualquer poder sobre as universidades, tornadas autônomas, não só pelo que determina a lei, mas devido à forte influência exercida pelas ideologias de esquerda que dominam os câmpus e abominam tudo o que venha desse governo. De fato parece não existir, sequer, um canal de comunicação entre o MEC e as universidades públicas, descoladas das orientações do governo e ainda ligadas às pautas ditadas pelos partidos de esquerda. O pior é que o atual ocupante da pasta parece se esforçar para manter essa comunicação ainda mais precária.
A dança do ministro, com guarda-chuva, fazendo uma referência ao filme Dançando na Chuva, de 1952, reforçou as evidências de que existe entre o MEC e as universidades uma animosidade que não resultará em boa coisa, principalmente para o cidadão contribuinte que tem que arcar com essa despesa e assistir a cenas de completa decadência e falta de noção da responsabilidade do posto.
A ideia marqueteira que fez o ministro ;dançar; diante das câmeras se enquadra no mesmo rol das infâmias públicas que fizeram o então senador Eduardo Suplicy vestir uma cueca vermelha em pleno Congresso, ou a dança da então deputada Ângela Guadagnin, entre outras performances de igual bizarrice. Imagens como essas ganham o mundo em instantes e mostram um país que insiste em se mostrar sem seriedade.
A frase que foi pronunciada
História de Brasília
O IAPI não funcionou ontem. Ou melhor, funcionou mal, porque os funcionários só foram trabalhar depois que souberam da aprovação do Plano de Reclassificação. (Publicado em 22/11/1961)
A frase que foi pronunciada
;Por que os papas não envelhecem tão rápido como os políticos?;
Joãozinho, sempre filosofando.
Momento histórico
; De graça, em 4 de junho, o IDP receberá o presidente do Senado, Davi Alcolumbre; da Câmara, Rodrigo Maia; o ministro Gilmar Mendes do STF; e Paulo Guedes, ministro da Economia. O tema da mesa redonda será a Agenda de Reformas e a volta do crescimento. Veja no blog do Ari Cunha mais detalhes sobre a inscrição.
2,4D
; Comprometida, a produção de vinho no Rio Grande do Sul sofre com o agrotóxico aplicado na soja. Pela terra, pela água e pelo ar, o veneno está matando as parreiras.
Boa música
; Hamilton Ruggieri lembrou bem. Ontem, o Cantus Firmus comemorou 27 anos desde a primeira apresentação sob a batuta de Isabela Sekeff. Próxima parada: Alemanha.
Sem fiscalização
; Depois de buscar lotes vazios, casas abandona das e moradores acumuladores, focos da dengue foram identificados e eliminados. O problema é que o Hospital do Paranoá continua sem atender pacientes, inclusive com dengue. Um hospital que demora mais de 15 horas para atender na emergência realmente deve estar desativado.
Inoperância
; Leitora informa que os quiosques no aeroporto continuam. Estão agora na área de embarque. Dizem que o consumidor ganhará uma maleta de bordo. Logo depois pedem para escolher duas revistas de sua preferência. A seguir preenchem um formulário com dados do desavisado e número de cartão.
Desde 2006
; Briga de grandes sobre a Quadra 500 do Sudoeste. De um lado, o Ministério Público do DF, que quer suspender licença para construções no local. De outro, o setor imobiliário, que não para de crescer na capital.
História de Brasília
O IAPI não funcionou ontem. Ou melhor, funcionou mal, porque os funcionários só foram trabalhar depois que souberam da aprovação do Plano de Reclassificação. (Publicado em 22/11/1961)