postado em 02/06/2019 04:25
Futuro áridoNo intuito de querer agradar à chamada bancada ruralista, obter maior apoio no Parlamento e em atendimento ao poderoso lobby do agronegócio, o atual governo vai, aos poucos, se emaranhando na questão ambiental pela porta dos fundos, repetindo o mantra e as estratégias desse setor que, de maneira duvidosa, coloca a questão da preservação e do respeito ao meio ambiente como entrave a ser vencido para o pleno desenvolvimento desse setor.
Ao apontar a manutenção do riquíssimo e delicado bioma nacional como inimiga a ser derrotada para a plena expansão do agronegócio, seus autores vão não só capturando o governo para esse enredo trágico, como colocando em sério risco todo esse patrimônio natural de forma irreversível.
Pelo que se tem observado em todo o planeta em decorrência das alterações climáticas severas, não será exagerado supor que, mais adiante, esse governo e outros com a mesma tendência em relação às questões de preservação venham a se sentar no banco dos réus, acusados de crimes graves contra o meio ambiente.
A miopia que faz com que os ruralistas e grandes produtores não enxerguem a possibilidade da coexistência pacífica e harmoniosa entre agronegócio e a preservação do meio ambiente pode vir a antecipar a decadência e a ruína desse importante setor da nossa economia, colocado, perante o mundo, como agente ativo de destruição do planeta, tendo, também, seus produtos rejeitados pela comunidade de países importadores.
Nesse momento, um grupo de mais de 600 cientistas de todo o mundo está pressionando as lideranças da União Europeia para que deixem de comprar itens produzidos pelo agronegócio brasileiro que não possuam certificado válido de que foram obtidos com respeito ao meio ambiente.
O desmonte de algumas estruturas de combate e controle aos desmatamentos, assim como o afrouxamento de muitas leis de preservação, podem, em princípio, favorecer algumas estratégias políticas do atual governo, mas poderá, ao fim do processo, servir de provas de crimes que estão sendo perpetrados por gente gananciosa, pragmática e pouca ilustrada, que se move apenas em busca de lucros máximos.
Aos poucos, a bancada ruralista vem se articulando para inserir no Código Florestal mais de 30 novas emendas flexibilizando regras para permitir o aumento de desmatamento em até 5 milhões de hectares de florestas, atrasando ainda o reflorestamento de outros 4 milhões de hectares de áreas já desmatadas.
A frase que foi pronunciada
;A agricultura foi a primeira ocupação do homem e, como abrange toda a terra, é a base de todas as outras indústrias.;
Edward W. Stewart, político irlandês
Divulgação
André Sant;Anna, assessor de imprensa do Sesc no Rio de Janeiro, divulga iniciativa nacional do Sesc no combate à fome e ao desperdício de alimentos. Mesa Brasil Sesc é o nome do programa. São diferentes personagens entre os doadores e as instituições que são assistidas. Em Brasília, os números ainda são tímidos.
Pelo país
Em 2018, o projeto doou 37 mil toneladas de alimentos e atendeu 1,5 milhão de pessoas em situação de vulnerabilidade por dia em uma perspectiva de inclusão social. O Programa de Segurança Alimentar e Nutricional é baseado em ações educativas e de distribuição de alimentos excedentes. Na prática, o Mesa Brasil Sesc busca onde sobra e entrega onde falta. De um lado, contribui para a diminuição do desperdício, e, de outro, reduz a condição de insegurança alimentar de crianças, jovens, adultos e idosos. Em ambos os polos desse percurso, as estratégias de mobilização e as ações educativas incentivam a solidariedade e o desenvolvimento comunitário.
Estratégias
São duas as frentes do programa: o banco de alimentos e a colheita urbana. No primeiro, o trabalho é realizado por meio da busca de alimentos que estejam fora de padrões definidos para comercialização por produtores, supermercados, atacadistas e outros agentes. Esses produtos são armazenados em espaços próprios e distribuídos para entidades sociais. Já a colheita urbana, é feita diariamente, com a coleta de alimentos frescos, produtos hortifrutigranjeiros e alimentos industrializados, que são distribuídos de forma imediata, sem estoque, por sua característica de perecibilidade.
Conexão
Os produtos arrecadados são direcionados a aproximadamente 6 mil entidades cadastradas. Para realização desswe trabalho, o Mesa Brasil Sesc conta com a parceria de empresas doadoras, atualmente, mais de 3,3 mil, entre estabelecimentos comerciais, indústrias alimentícias e empresas de serviços. Também participam desta rede de solidariedade cerca de 380 voluntários, que atuam em atividades como seleção e armazenamento de alimentos, ações educativas e captação de recursos.
Na prática
Paralelo ao trabalho de coleta e distribuição de alimentos, o programa oferece atividades como cursos, oficinas e palestras, para difusão de conhecimentos, troca de informações e experiências junto aos profissionais, voluntários e beneficiários das entidades sociais, bem como às empresas doadoras. Tais ações educativas têm como objetivo promover a alimentação adequada, a reeducação alimentar e fortalecer as instituições assistidas.
História de Brasília
A numeração das quadras da W3 ainda não foi modificada, o que deveria ter sido feito há muito tempo. Há um plano do dr. Vasco que facilita muito a identificação das quadras, mas ainda não foi utilizado. (Publicado em 22/11/1961)