postado em 05/06/2019 04:06
Neymar caiu fora de campo
Pelas estimativas contidas no Atlas da Violência elaboradas pelo (Ipea/FBSP) de 2018, temos, a cada ano, uma média que varia entre 300 mil e 500 mil casos de estupros cometidos em todo o território nacional. Esses números alarmantes e que nos colocam na dianteira mundial de episódios desse gênero são estimados, já que se sabe que os dados oficiais sobre o problema estão subestimados.
Calcula-se, segundo o Atlas, que apenas 10% a 15% dos casos são reportados, em decorrência de uma espécie de tabu, engendrado, desde sempre, pela nossa cultura patriarcal e que, de certa forma, faz com que as vítimas deixem de denunciar, por vergonha, medo ou sentimento de que o ocorrido não vá ser levado a sério por familiares ou autoridades.
Quem sofre esse tipo de crime, geralmente, se cala para sempre e leva consigo as cicatrizes na alma, dessa que é, ao lado da pedofilia, uma das maiores vilanias que um ser humano pode cometer contra outro. Acabar com sevícias dessa natureza, enraizada há séculos na cultura de uma nação, não é tarefa simples, nem pode ser levada a cabo no espaço de uma geração. Trata-se de um esforço que também exigiria o empenho de cada um dos brasileiros, a começar pelas autoridades e por todos que detêm o poder político, de forma a fazer valer o peso das leis sobre esses criminosos.
É justamente nesse ponto que parecem ocorrer as principais falhas no combate ao estupro. A legislação, como de resto a própria justiça, só é aplicada, de fato, ou quando o caso ganha dimensões nacionais por ação da imprensa, ou quando o criminoso não pertence ao andar de cima, onde as leis são mais elásticas e benevolentes. Oficialmente, são 135 casos de estupros por dia em todo o país. Fossem registrados todos os casos, a cada dia, teríamos uma média entre 822 a 1.370 estupros em todo o Brasil.
Diante de um quadro desses, qualquer atitude por parte da Justiça, das autoridades e da própria população, demonstrando desdém por esses episódios, só faz assegurar que essa é uma realidade já assentada na tradição nacional, contra a qual não adianta agir. Muito mais ainda quando acontecimentos dessa natureza envolvem personalidades acima de qualquer suspeitas, e sobre as quais as leis não têm poder algum.
A frase que não foi pronunciada
;Pior são os que conseguem escutar, mas não ouvem a voz do povo.;
Deficiente auditivo pensando enquanto lê as notícias.
Geólogos
; Contagiados pela paixão do professor da UnB Luiz José H D;el-Rey Silva, alunos de geologia estrutural desbravavam o solo em frente ao piscinão do Lago Norte. A geologia precisa de investimentos, divulga o professor e dá o caminho das pedras. Com a invasão tecnológica, os metais de baterias e níquel estão em alta.
$ do contribuinte
; Em nota, a Controladoria-Geral do Distrito Federal divulga que pretende acelerar os trâmites para recuperar verbas desviadas da administração pública. Aldemario Araújo Castro, controlador-geral do DF, denuncia que há uma diferença monumental entre os débitos apurados e o efetivo ressarcimento aos cofres públicos. ;Colocando em grandes números, só a CGDF apurou R$ 300 milhões a serem ressarcidos, e o efetivo ingresso de recursos nos cofres públicos dessas Tomadas de Contas Especiais foi na casa de R$ 20 a R$ 50 mil;.
Ineficiência
; Aos poucos, vans e transporte pirata vão chegando aos pontos de ônibus, certos de que não serão incomodados. Os passageiros só se arriscam porque a espera é longa. Principalmente, nos fins de semana.
Simples assim
; Alunos de um colégio paulista em Carapicuíba (SP) resolveram agredir a professora e quebrar a mobília da escola. A professora relutou, mas saiu da sala. Depois, ela e a direção listaram os estragos, chamaram a polícia e o Conselho Tutelar. Os pais serão obrigados a pagar os prejuízos, e os alunos foram expulsos.
Credibilidade
; No Plenário do Senado, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre, tranquilizou os Bombeiros Militares do DF sobre um projeto de Lei de que a classe aguarda aprovação há algum tempo. Alcolumbre prometeu uma saída honrosa com a assinatura de todos os partidos políticos a favor da causa. A redação da matéria e das emendas precisa ser refeita.
Vontade política
; Por falar em Corpo de Bombeiros, o governador ainda não chamou a turma do concurso de 2017. Mesmo tendo 42% de defasagem no quadro efetivo, nada de nomeações. O risco é de que o prazo vença e seja necessário novo contrato de nova banca para outro certame, gastando milhões desnecessariamente. Nem capacitação pode ser feita no atual quadro, extremamente defasado. A verba é do Fundo Constitucional. A seca vem aí.
História de Brasília
Falta, na Estação Rodoviária, uma camada de asfalto. Com isso, seriam evitados os baques que os carros sofrem naquele local, e seriam cobertos os pontos altos que já causaram um desastre com o carro do sr. Quintanilha Ribeiro. (Publicado em 22/11/1961)