Opinião

Que elas sigam no ataque

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 06/06/2019 04:05
Diante de tantos erros e decepções que qualquer um enfrenta ao pensar e tentar colocar em prática um projeto, os acertos precisam ser comemorados. Ainda mais quando essas ideias saem do papel com um trabalho em equipe. Assim foi com a cobertura da Copa do Mundo feminina de futebol pelo blog Elas no ataque, deste Correio. Um esforço feito, principalmente, pelas repórteres Maíra Nunes e Maria Eduarda Cardim. E pensada por elas com um carinho imenso, com o objetivo de mostrar a importância da participação das mulheres no esporte %u2014 sempre relegada a um segundo plano. A começar pelo próprio blog, a razão para o Elas no ataque ter sido criado vem do fato de que os homens são sujeitos de 89% das notícias em publicações de 108 países %u2014 dado um pouco antigo, vindo do Conselho Superior de Esportes da Espanha, em 2010, mas que não mudou muito desde então. Maíra e Maria Eduarda tinham uma ideia clara: fazer com que as mulheres fossem protagonistas. Ali seria %u2014 e é %u2014 um espaço para mostrar resultados de competições femininas e histórias delas dentro do esporte, também para servir de exemplo a outras. E elas lutaram igualmente para que o jornal percebesse a importância de se mandar uma equipe para a França, durante a Copa do Mundo feminina. Assim como foi feito no ano passado, na Rússia, em um trabalho excepcional do repórter Marcos Paulo Lima, para cobrir a versão masculina do torneio. Justo. Porque uma cobertura dessas, in loco, é mais do que grandioso para um diário do porte do Correio: significa colocar Marta e cia. %u2014 e todas as outras esportistas que representam %u2014 no lugar de destaque que elas sempre mereceram. Claro, Maíra e Maria Eduarda não fizeram tudo sozinhas. Tiveram o apoio fundamental de vários setores da empresa, como marketing, financeiro, internet, rádio e TV, entre outros. O que significa muito para nós também, como parte de um trabalho de equipe. O sonho das duas foi colocado em prática, e nossa torcida é de que seja apenas o primeiro passo para que elas, as mulheres, continuem sempre no ataque.

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