postado em 08/06/2019 04:06
Plano Nacional de Educação aplicado a passos de tartarugaPrevisto pela Lei N; 13.005, de 2014, o Plano Nacional de Educação está completando cinco anos de vigência e não decolou, conforme previam todos aqueles que participaram ativamente de sua elaboração. Das 20 metas estipuladas, visando aperfeiçoar o modelo de educação no país, só quatro experimentaram avanços tímidos. Diante dessa realidade, os objetivos traçados para a efetivação total do PNE, previstos para fins de 2024, ficam cada vez mais distantes e incertos. A avaliação preliminar foi feita pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação, uma organização não governamental, criada em 1999 pela sociedade civil, a partir do Fórum Mundial de Educação, que luta para que todo brasileiro tenha educação pública de qualidade, inclusiva e laica.
Esse atraso ocorre devido aos que acreditam ser uma clara limitação econômica que obstrui a realização do PNE, iniciado em 2014, em decorrência da forte recessão, que se estendeu pelos anos seguintes. Os dados apresentados recentemente pela ONG dão conta de que as metas e estratégias contidas no plano correm o risco de nunca serem cumpridas, principalmente devido ao não investimento em educação e ao pouco caso demonstrado pelas autoridades que, sistematicamente, lançam para escanteio as metas previstas na agenda. Depois de três anos de um longo debate, o PNE aprovado teve apenas algumas etapas preliminares cumpridas, o que pode ser aferido pelos avanços observados tanto nas notas das crianças matriculadas nos primeiros anos do ensino fundamental quanto na melhoria, ainda tímida, na formação de docentes.
Na opinião de muitos especialistas no problema, pelo ritmo atual de desenvolvimento das metas, dificilmente o PNE será concluído em 2024. Até o ;Custo Aluno-Qualidade Inicial e Custo Aluno-Qualidade (CAQi/CAQ) sofre com os seguidos descumprimentos, ao mesmo tempo em que é atacado por todos aqueles que defendem a lógica da privatização dos recursos para a educação.
Nesse sentido, os integrantes da ONG apontam a Emenda Constitucional n; 95/2016, do governo Temer e seguida pelo atual governo, prevendo fortes cortes na economia, como o principal fator que impede o pleno prosseguimento do PNE, dificulta a universalização do acesso à educação de qualidade em todo o país e que, com certeza, impactará também um possível plano subsequente, previsto para o período de 2024 a 2034. O item mais prejudicado, afirmam os especialistas, são as metas 1, 2 e 3 referentes à universalização do acesso à educação básica. Com isso, todos os anos milhares de crianças continuam fora das creches, da pré-escola e dos ensinos fundamental e médio
Com relação à necessidade de diminuição das desigualdades regionais e de classes sociais, conforme previstas pela Meta 8 do Plano, os avanços têm sido medíocres. Quanto à educação superior e que foi tema dos protestos estudantis em 15 e 30 de maio, apesar de alguns avanço, como no caso de atingir a meta de 60 mil brasileiros com mestrado, a formação específica de professores na área em que atuam ainda é uma realidade distante.
A frase que foi pronunciada
;O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele.;
Immanuel Kant, filósofo prussiano do século 18.
Tech
; Amanhã é dia de Feira de Tecnologia da UnB. No Eixão do Lazer, na altura da 402 Sul. Veja todos os detalhes no Blog do Ari Cunha.
Com ou sem
; De um lado, alguns pais acham um absurdo o presidente Bolsonaro afrouxar a punição para os pais que não usam nos automóveis as cadeirinhas para os filhos; de outro, pais preferem que o Estado não interfira nas decisões de família. Palmada, cadeirinha, educação, sexualidade. Para essa corrente, isso é problema particular.
Uma pena
; Calçadas desiguais, buracos por toda a parte, marquises sem manutenção. A W3 que foi a queridinha de Brasília passa por total desleixo, sujeira e falta de conservação.
Realidade
; Parece que o governador Ibaneis quer mesmo melhorar o atendimento da saúde à população. Hora de criar um ;disque saúde denúncia; para mapear com precisão os problemas enfrentados pelos pacientes no DF.
História de Brasília
O dr. Quintanilha disse à imprensa que o Brasil sem Jânio é um Santos sem Pelé. O Arapuã respondeu em cima da bucha: ;Há uma pequena diferença: Pelé nunca tentou golpe sujo, e jamais fugiu à luta;. (Publicado em 22/11/1961)