Opinião

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postado em 09/06/2019 04:05

Violência

Li as reportagens e o artigo da jornalista Cida Barbosa sobre os quatro irmãos espancados pelos tios, em Planaltina de Goiás ; um deles morreu. Eram crianças com menos de 10 anos de idade. Como escreveu a articulista, é um caso para levar qualquer um às lágrimas. A violência e a covardia dos tios são revoltantes. Mas também é revoltante ; e inaceitável ;, a omissão das autoridades constituídas, regiamente pagas pelo contribuinte. Justiça, conselhos tutelares e polícia, todos falharam na proteção dessas crianças. Uma falha que deveria levar a muitas demissões e processos. Mas, como se sabe, o corporativismo impedirá qualquer demissão. Restará apenas a revolta e a compaixão pelas crianças.

; Maria de Lurdes Pinto, Grande Colorado


Trânsito


Ao contrário do que algumas pessoas afirmam, sem qualquer fundamento, o projeto de lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro, encaminhado pelo presidente da República ao Congresso Nacional, não dispensa as crianças do uso de ;dispositivos de retenção adaptados ao peso e idade;, as cadeirinhas, nem transformam em ;penas leves; motoristas irresponsáveis que matam pessoas. Em relação às cadeirinhas, o art. 64 do projeto exige, com base em estudos técnicos, o uso do referido equipamento para crianças de até 7 anos e meio de idade e, para crianças de até 10 anos, estabelece que sejam transportadas no banco traseiro presas em cinto de segurança. Também não altera nenhuma punição de qualquer infração de trânsito. Com fundamento em estatísticas, modifica de 20 para 40 pontos o limite de infrações que determinam a suspensão da carteira de motorista amador, e de 14 para 30 pontos, quando se tratar de motorista profissional. Considera-se que um taxista ou um caminhoneiro, cuja jornada de trabalho é contínua e quase sempre excede as oito horas tradicionais, corre o risco de cometer pequenas faltas, que somadas atingem rapidamente o atual limite de 14 pontos. Daí a dilatação desse parâmetro. A norma proposta não deixa de punir as infrações, apenas dilata o período de acumulação de pontos negativos por infração. As elevadas multas permanecem as mesmas, sem qualquer alteração. A mudança é justa, principalmente para o profissional do transporte, cuja carteira de habilitação equivale à carteira do trabalho. A sua suspensão por seis meses impede o ganho de renda para o sustento próprio e o da sua família. Fere, assim, os direitos humanos, pois o trabalho não é somente o único meio de vida. É um direito. Em relação aos irresponsáveis, que dirigem a 140km/h ou alcoolizados, drogados ou que apostam corrida em via pública, as punições não serão alteradas e constam também da legislação penal.

; Cid Lopes, Lago Sul


Educação

Em alusão a Hamlet, de William Shakespeare (1564-1616): ;ser; porque ;não ser; deixa ;algo de podre no reino da Dinamarca;. Autonomia, sim; opressão, não! ; todos pela educação. O conhecimento representa a luz do debate fundamental contra o obscurantismo do combate fundamentalista. Saber é curtir o sabor múltiplo das experiências que confirmam a diversidade como valor essencial. Pensar significa abrir a janela de oportunidades para o mel do melhor chegar a todos nós. Sentir revela a manifestação do afeto por excelência; são as emoções que afirmam o compromisso do homem com a vida em plenitude, qualificando nosso empenho racional em bases humildes e generosas. Pelas causas sociais, renovamos a esperança de que ;outro mundo é possível;, viabilizando realizações solidárias que dignificam a humanidade e sua participação construtiva no processo de integração respeitosa entre as energias naturais e culturais. Uma civilização do amor jamais será conquista de espíritos belicistas. Já dizia o poeta Nathan Kacowicz, em A pomba branca (Azul, 1975): ;A pomba branca/só voará/quando seu sangue for universal/ a pomba branca/ só cruzará espaços sem fronteiras/ quando sair voando/ do coração de cada um/ a pomba branca/só pousará/quando todos os homens/formarem um só/quando todos os homens/se tornarem pombas;.

; Marcos Fabrício Lopes da Silva, Asa Norte


Aparência

Com a introdução no mercado do delivery de bikes, entregadores de bicicletas dominam as ruas de Brasília. No entanto, os dirigentes dos aplicativos não devem se preocupar só com a documentação exigida, mas também com a apresentação dos entregadores. Constata-se que muitos se apresentam com total desleixo nos seus trajes, com aparências físicas desagradáveis, o que denota falta de asseio. Uma boa apresentação mostra o quanto uma pessoa se preocupa consigo mesma e, provavelmente, pela atividade profissional desempenhada, bem como pela imagem da empresa a qual representa. A aparência bem cuidada transmite o que fazemos. À vista disso, é fundamental que os gestores dos aplicativos se atenham e cobrem bons hábitos e costumes dos seus colaboradores. Caso contrário, a imagem dos aplicativos, assim como dos comércios conveniados para entregas dos produtos alimentícios em domicílio, colocará em suspeição a qualidade dos comestíveis e a reputação dos estabelecimentos.

; Renato Mendes Prestes, Águas Claras

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