postado em 12/06/2019 04:16
Estado-babá
Imaginemos uma sociedade onde as pessoas fossem obrigadas a escovar os dentes por lei, sob pena de multa. Um dia, o governante decidiu que não mais aplicaria penalidades para quem não escovasse os dentes. A sociedade se revoltou, pois os dentes apodreceriam. Essa é a síntese do Estado-babá, que, de tão enraizado em nosso país, sequer percebemos a anomalia de sua força. O brasileiro critica a intervenção estatal, mas não vive sem ela. Critica os políticos, mas adora quando nos dizem o que é certo e errado. Quando esse cuidado anômalo é retirado, a sociedade se revolta. Francamente, precisamos de lei para dizer que é absurdo deixarmos nossos filhos menores soltos no banco de trás do carro, sem cadeirinha? O mesmo raciocínio vale para a Lei Seca e a tolerância zero ou, segundo Millôr Fernandes, ;intolerância 100;. O Brasil é um dos poucos países que tem tolerância zero para álcool e direção, pois a maioria segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere limites de até 0,5 g/L no sangue para motoristas em geral, levando em conta critérios exclusivamente clínicos. E isso não significa que as vias brasileiras estão seguras; aliás, muito pelo contrário. Tanto no caso da cadeirinha de bebê quanto da ;intolerância 100;, não é o temor da punição que fará com que os irresponsáveis mudem de conduta. Eles continuam nas ruas, pouco se lixando. Como escrevi nesse espaço algumas missivas atrás, não precisamos de Estado-babá, mas sim de liberdade com responsabilidade e autoconsciência ; em suma, educação.
; Ricardo Santoro, Lago Sul
Paulo Guedes
É inaceitável, deplorável, repulsivo, que elementos da quadrilha do presidiário, achincalhem um ministro de Estado, como ocorreu na audiência sobre a reforma da Previdência, na Câmara Federal. Termos como cretino, mentiroso e outros, foram usados contra Sua Excelência. Nem o presidente da Mesa nem o da Casa moveram uma palha contra tais despautérios. Detratação jamais se justifica, mormente quando parte de pessoas sem qualquer moral. Tais atos vêm de depreciar mais e mais aquela Casa, que se configura abominável pela parte boa da sociedade.
; Jivanil Caetano de Farias, Águas Claras
Neymar
Prossegue a pantomima Nedja-Neymar. Os capítulos são longos e emocionantes. A desgraça alheia tem público certo. A mídia se esmera na cobertura. Deixou de lado Lula, Bolsonaro, Queirós, enrolados na Lava-Jato e na Previdência. A modelo franzina chegou andando para depor e saiu carregada pelo corpulento advogado, que mais parece segurança de boate. É o script da farsa. Tadinha. Neymar é violentado dentro de campo. Apanha mais do que Judas no poste. Todo quebrado, ainda tem fôlego para levar tapas e chutes da amada magoada e nervosa, que gravou o espetáculo, no ninho de amor no hotel parisiense. Neymar é de boa família. Passou da hora de saber com quem anda.
; Vicente Limongi Netto, Lago Norte
Wagner Moura
Segundo noticiado no Correio Braziliense (9/6), Wagner Moura declarou a um jornal que tem receio de retornar ao Brasil por estar em perigo. Em perigo estamos nós pelo retorno de um indivíduo que enaltece um guerrilheiro cuja meta era implantar uma ditadura comunista no Brasil. Mariguella nunca foi um democrata, era um militante comunista que trouxe para nosso país uma guerra sangrenta, contrária à índole do brasileiro. Melhor para o Brasil se Wagner ficar onde está atualmente, ou melhor, se ele se mudar para um paraíso comunista como Cuba, Venezuela ou Coreia do Norte. Os verdadeiros brasileiros agradecerão.
; Marcus A. Minervino, Lago Sul
Agências
Seria muito bom para o consumidor que as linhas da combalida Avianca fossem vendidas para uma nova empresa no mercado. Não se pode mais permitir a cartelização e concentração do setor. GOL e TAM têm as mesmas tarifas e as mesmas práticas indecorosas. Até a cobrança imoral de assentos e malas são praticamente iguais. Isso tudo se deve à inércia e à falta de compromisso da agência reguladora (problema grave em todas elas) com os consumidores e na busca da concorrência. Além de liberar a cobrança das bagagens, sem a necessária, como esperada, redução no preço das passagens, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) assiste passivamente à cobrança pela marcação de assentos e emite normas que agridem as leis e prejudicam o consumidor. O Código de Defesa do Consumidor concede sete dias do direito de desistência da compra de um produto ou serviço, em especial os realizados por telefone e pela internet, aos consumidores brasileiros. A Anac, no entanto, emitiu vergonhoso normativo que dá prazo de 24 horas. Mesmo ilegal, além de imoral, a norma que não poderia contrariar uma lei federal. E mais uma vez: o que faz o Ministério Público em defesa do consumidor brasileiro? A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autoriza e normatiza a cobrança da tarifa mínima de luz, ou seja, cobra do consumidor o que realmente não foi consumido. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) é totalmente complacente com as empresas de telefonia e tevê a cabo. E o Executivo que indica e nomeia, com aprovação do parlamento, os membros das agências reguladoras? Quando vão realmente atuar com base na lei e defender os interesses do país e dos brasileiros?
; Elio Silva Santos, Asa Norte