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Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 13/06/2019 04:16
Letras

A Academia Taguatinguense de Letras (ATL) prestou homenagem especial ao renomado escritor goiano-brasiliense Olímpio Pereira Neto, acadêmico, pesquisador, jornalista, historiador e genealogista, diplomado pelo conjunto da obra. A solenidade foi um dos momentos de destaque na 35; Feira do Livro de Brasília, na Esplanada dos Ministérios. A cerimônia ocorreu no Espaço Felib Independente, com sarau poético-musical e encontro com autores, com a participação especial dos escritores Emanuel Lima e Maria Félix Fontele. Compuseram a mesa Gustavo Dourado, presidente da ATL, o embaixador Raul de Taunay, o subsecretário de Cultura, Pedro Paulo de Oliveira, a advogada Raimunda Ceará Serra Azul. Na ocasião, foram empossados à mesa, o escritor e empresário Carlos Aguiar, diretor da Fecomércio, e a escritora Dalvina Macedo. Receberam o título honorário o artista plástico André Cerino, o produtor cultural Thelmo Ribeiro Martins, coordenador-geral da Feira do Livro. Foi um encontro memorável da literatura brasiliense.
; Eloísa Pereira Rocha,
Park Way



Moro

Ouso discordar do sempre certeiro autor do artigo ;Jornalismo é incomodar; (11/6). Não se faz jornalismo com prática criminosa. A divulgação de supostas conversas entre Moro e Dallagnol, em episódio de crime cibernético, aconteceu com violação aos artigos 153, 154-A do CP. Quanto aos diálogos revelados, não se podendo aferir até agora se autênticos ou fidedignos, trata-se de conversas sobre a ordem processual e não de direcionamento do processo para condenar ou absolver. No Brasil quase todas as provas produzidas no inquérito devem ser renovadas no processo. O juiz que julga, além de destinatário da prova, acumula a função de juiz de instrução, que faz a colheita das provas. Em um caso de grande envergadura, ainda mais com investigação a cargo de uma força-tarefa, é imprescindível haver coordenação entre o Ministério Público e o juiz que vai julgar o caso. Ademais, não vamos inverter os valores. O Judiciário mandou para a cadeia ladrões de dinheiro público. No mais, o que se tem é conversa informal.
; Carlos Frederico,
Asa Norte



; Ah! Agora eu entendi. Quer dizer que o crime organizado pode se comunicar entre si, mas o poder Judiciário e o Ministério Público, não? Muito justa essa interpretação da lei. Então, vamos soltar todos os bandidos e prender os juízes! É só neste país mesmo!
; Sylvana Machado Ribeiro,
Lago Sul



; Por mais ilegal que seja a invasão dos telefones da equipe de procuradores da Operação Lava-Jato e do então juiz Sérgio Moro, há de se convir que os diálogos revelados pelo site The Intercept apimentam as suspeitas de que nem todas as convicções se assentaram sobre provas incontestes. Muita coisa teria sido ;combinada; para conduzir o ex-presidente Lula à prisão. Tenho convicção de que Lula não é nenhum santo ; quem tem como aliados os partidos que deram sustentação aos governos petistas pode ser tudo o que bem entender, menos santo. Mas os detalhes que vieram à tona mostram também que corrupção tem mais faces do que supõe a nossa vã filosofia, e não está alicerçada somente no desvio de dinheiro público. Ela se expressa também quando a ideologia fala mais alta e passa a ser orientadora das ações dos operadores do direito e dos julgadores. Assim, é preciso concordar com o ministro Gilmar Mendes, do STF: ainda que as informações tenham sido obtidas pela atuação ilegal de hacker, elas precisam ser apuradas.Não basta chegar aos infratores, mas cotejar as informações com os fatos e avaliar a legalidade e a decência de muitas decisões, evitando que a politização da Justiça e do Ministério do Público não seja o fiel da balança no julgamento de quem quer que seja, inclusive daqueles que têm um viés ideológico divergente dos dos que têm o martelo da sentença em suas mãos.
; Ricardo Mesquita,
Jardim Botânico



; Na volta para casa, ouvindo o rádio, a propósito da campanha contra o Sérgio Moro e o Delton Dallagnol, veio-me à mente dois pensamentos. O primeiro foi de que há 25 anos, em 22 de maio, o juiz Giovanni Falcone foi morto com a detonação de uma carga enorme de dinamite, colocada embaixo de uma ponte na estrada onde passava esse herói italiano. Na mesma época, o procurador Paolo Borsellino foi também executado pela máfia italiana.O segundo, em maio de 2016, um senador da república, líder de todos os últimos governos, declarava que precisava acabar com essa sangria que era a Lava-Jato. Pelo menos, os métodos brasileiros de eliminar aqueles que se opõem à corrupção mafiosa no governo brasileiro são menos letais. Mas o resultado será o mesmo: os corruptos serão perdoados e os que ousaram enfrentá-los serão condenados. Infelizmente é a nossa cultura de leniência com o crime.
; Luiz Augusto Casulari Roxo da Motta,
Lago Norte




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