Opinião

>> Sr. Redator

Cartas ao Sr. Redator devem ter no máximo 10 linhas e incluir nome e endereço completo, fotocópia de identidade e telefone para contato.

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 14/06/2019 04:17
Reformas

Vai-se o semestre e entram em campo as lições dos mestres! Observamos que as intenções boas, nas gestões, continuam em oposição às atitudes dos que torcem pelo retrocesso ou estagnação. Vai-se o semestre e entram no solo fértil as sementes das messes. Aos que se elegeram ou se reelegeram e ficam no marasmo, na vida pública, podem carecer da verdadeira vocação à vida pública. Vai-se o semestre; entram em campo o jogo duro das campanhas com o fardo pesado das promessas. Há o jogo sadio e desafiador do empreendedorismo, que motiva e reeduca novos aprendizados e ensinamentos. Vai-se o semestre; entram em campo o fator dicotômico ; de um lado, há a minoria que ganhou muito dinheiro; do outro, temos a maioria que ficou sobrecarregada com salários minguados e vítimas de impostos altos, que vêm as sufocando há anos. Vai-se o semestre e entra em campo o fator pressão popular pelas reformas. De nada valerá baterem, de frente, em janelas ou portas(...), a economia e o social não podem esperar por mais um semestre; e, portanto, entram em campo os conselhos dos mestres! Desejamos que além da Previdência, outras reformas entrem no palco com boa frequência. Vai-se o semestre e nosso país precisa, logo, abraçar o desempregado.
; Antônio Carlos Sampaio Machado,
Águas Claras

Promessas


Governador Ibaneis devolva o meu voto, a pior decepção de um ser humano é quando ele percebe que foi enganado, e não pode fazer nada para reverter a situação. Digo isso porque, assim como eu a maioria dos servidores públicos, e centenas de milhares de outros eleitores nas últimas eleições votamos no senhor para governador. Acreditamos nas promessas feitas durante a campanha: ;Eu sou o novo na política, e se eu for eleito pagarei nos primeiros meses de minha gestão a última parcela dos salários das 32 categorias dos servidores públicos concedida no governo Agnelo.; Isso sem falar nas demais promessas, como: uma saúde pública de qualidade para quem dela precisar, melhorias no transporte, educação e na área de segurança pública. Quase nada melhorou nesses quase seis meses de gestão, governador. Nós trabalhamos 12 meses, sendo seis desses só para pagarmos impostos, continuamos sendo negligenciados dos nossos direitos constitucionais. Para os servidores públicos, o senhor disse: ;Não darei aumento a ninguém enquanto não aumentar a arrecadação no DF;. Mas também não disse quando vai nos pagar. Será que teremos mais quatro anos de enganação como fez o ex governador Rodrigo Rollemberg?
; Evanildo Sales Santos,
Gama

Lava-Jato


Sérgio Moro faz pouco-caso, ;nada demais;. Janaína Paschoal desdenha: ;Só espuma;. O governo blinda Moro com a camisa do Flamengo. Não é nada. Não é nada mesmo. Aliados de Bolsonaro fazem juras de amor à Lava-Jato. Moro terá que mostrar fortes argumentos e ter couro duro nas explicações aos senadores. Caso repita o samba da nota só ;nada demais;, sentirá na pele o que é adversário com sangue nos olhos. Nenhum cartão vermelho impedirá o clima tenso. Fechará o tempo. De todo jeito, a memorável e eficiente Lava-Jato chamuscou-se. E a ;espuma;, exaltada pela falante Janaína, poderá virá lama.
; Vicente Limongi Netto,
Lago Norte

Previdência

Não tenho certeza se a palavra deprimente qualifica, com a propriedade devida, o debate na Comissão Especial da Reforma da Previdência. Na sessão de leitura do substitutivo ao projeto apresentado pelo Executivo, os discursos de vários integrantes da suposta bancada do governo estimularam o sentimento ;vergonha alheia; pelo nível tão rasteiro dos deputados. Se alguém tinha alguma dúvida, agora tem convicção de que aquela turma terá competência para tornar muito pior a reforma defendida pela equipe econômica bolsonarista. Os debates mostraram, com muita clareza, que boa parte dos integrantes da comissão não tem noção do papel que deve desempenhar no Congresso, exceto o de ganhar um salário invejável e se exibir de forma ridícula para a opinião pública. Se a reforma de Executivo é uma excrescência na sua versão original, o pior ainda estar por vir.
; Adriano Freitas,
Sudoeste

Justiça


Vivemos no paraíso da impunidade dos colarinhos- brancos. A pena da corrupção no Brasil é uma piada de mau gosto. Embora a pena máxima, de 12 anos, impressione, a tradição nacional orienta que a punição fique próxima à mínima, que é de dois anos. Além de ser baixa, a pena raramente é aplicada contra colarinhos-brancos. Ela prescreve. Advogados habilidosos, contratados a peso de ouro, do nosso ouro, desviado dos cofres públicos, manejam petições e recursos protelatórios sucessivos até alcançarem a prescrição e, consequentemente, a completa impunidade dos réus. O sistema estimula a barrigada. Somos o único país com quatro instâncias de julgamento, que abrem suas portas à bem manejada técnica recursal. Dentro de cada uma, são possíveis novos recursos, alguns dos quais se repetem sem-fim. Muitos juristas se apegam a formalismos e esquecem que o direito deve ser utilizado como um instrumento gerador de justiça social. Entretanto, o que juristas buscam na execução da pena é algo utópico, pois as melhoras que eles sugerem, são penas brandas, que para a maior parte da sociedade significa benevolência com o meliante. Em nome da preservação do Estado democrático de direito muitas, impunidades são concretizadas pelas mãos daqueles que deveriam zelar pelo respeito dos direitos coletivos. Essas impunidades são ainda mais exacerbadas quando os criminosos são do colarinho-branco. A sociedade almeja não estabelecer um sistema penal de horror, mas, sim, fazer com que a Justiça volte a ter credibilidade e confiabilidade. Dessa forma, volte a ter esperanças que o Brasil vai ser um país com menos impunidade, menos violência e menos corrupção.
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras



Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação