postado em 23/06/2019 04:17
Cabral, o primeiro invasor
É fato demonstrado pela história que todo e qualquer governo que almeja ser respeitado e acatado, em seus atos, por toda a sociedade e mesmo pelas oposições, necessita conduzir suas decisões políticas pelo caminho do meio, onde o equilíbrio de seus projetos tem maior possibilidade de atingir a todos indistintamente e lhe permite estar numa posição de árbitro, capaz de enxergar a justiça em ambos os lados.
Não se trata de uma situação fácil e cômoda para muitos. Ainda mais quando se observa, hoje, os extremos e radicalismos adotados pelas oposições e por muitos que abertamente e sem princípios éticos atacam o governo, visando apenas angariar simpatias etéreas. Num país, onde praticamente não tem existido, em tempo algum, uma política de consenso nacional ou uma espécie de ;concertación; em nome da República, fica difícil para um presidente seguir um caminho que não seja aquele adotado por seu ego e seu faro político do momento.
Tem sido assim, desde sempre, o nosso modelo de governo e, com isso, vamos, mais e mais nos prendendo em ciclos fechados e sistêmicos de crises institucionais. Incapazes de enxergar outro método que não seja conduzir seguidos governos ao labirinto das crises, nossos políticos não se intimidam em pôr em risco o futuro da nação se isso for, de alguma forma vantajoso para seus interesses. Com isso, pode-se perceber que na raiz de todas as nossas crises está o individualismo político e egoísta.
Levamos para a política a máxima de que é preciso levar vantagem em tudo. Mesmo à custa de muitos. É desse ciclo fechado de problemas que se repetem que o novo governo deve se libertar, o quanto antes. A melhor e talvez a única rota seja a adoção do caminho do meio. É nesse sentido, por exemplo, que o governo Bolsonaro deve adotar uma política de conciliação no caso dos seculares e sensíveis problemas indígenas, assumindo uma posição baseada estritamente no que almejam esses povos, livres das amarras de grupos internos e mesmo de ONGs que possuem interesses escusos nesses casos.
Trata-se de uma situação delicadíssima e que, mais uma vez, ganha viés ideológicos e de pressões de poderosos grupos do agronegócio nacional e estrangeiro. Afirmações, como a feita recentemente pelo presidente ;quem demarca terra indígena sou eu; ou que os ;índios têm terras demais; ou ainda que os ;índios são como nós, querem televisão, internet e cinema; e outras platitudes, em nada ajudam o governo e ainda contribuem para levar o tema para o terreno árido das discussões, onde sempre predomina o interesse do homem branco e indiferente à questão.
A teimosia em transferir a questão da demarcação das terras indígenas para a pasta da Agricultura, levando a Funai para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, contrariando os próprios povos indígenas, é um exemplo de ação política que despreza o caminho do consenso e só ajuda na radicalização da questão, adiando um problema que não foi criado pelos índios, mas que surgiu em 1500, quando Pedro Álvares Cabral, o primeiro invasor branco, ocupou suas terras.
A frase que foi pronunciada
A frase que foi pronunciada
;Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades,
mas se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.;
mas se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder.;
Abraham Lincoln,
16; presidente dos Estados Unidos, empossado em 1861
História de Brasília
GDF estacionado
; Existe forma mais barata de ganhar dinheiro? Estacionamentos não têm rede de esgoto, ligações de água, não precisam de muitos funcionários, não cumprem papel social algum. Alguns estacionamentos estampam, sem pudor, que não se responsabilizam por objetos de valor deixados nos carros. Privatizar apenas para encher as burras de uns poucos?
Absurdo total
; Começam a se estender as invasões entre as quadras e o comércio. Mas é óbvio! Sem fiscalização, tudo ficou mais fácil. Na 105 Sul, a invasão é escandalosa. E tudo continua igual, mesmo que os que pagam os impostos continuem protestando.
Malemolência
; E continua. Na capital federal, a área pública é tratada como particular até em prédios. Os que estão localizados perto de comércio com muito movimento deram um jeitinho brasileiro. Inventaram uma lei que não existe e colocaram uma plaquinha justificando, falsamente, a razão da proibição de carros estranhos nas vagas do prédio.
Na onda
; Uma pílula francesa está deixando mulheres de todo o mundo em alerta. Trata-se de um medicamento que promete queimar a gordura abdominal, mantendo o colesterol e a pressão sanguínea em níveis saudáveis. Na composição não há produtos químicos, apenas ingredientes naturais e não há estimulantes. Trata-se do Oxi-Trim.
Sonhar
; Por falar em medicamentos, na entrevista sobre o assunto, um consumidor contava que parou de tomar Rivotril. A razão foi peculiar. O produto não o deixava mais sonhar. Antes de administrar o produto, o pouco sono que tinha, vinha com sonhos. Interrompeu aos poucos a prescrição, com o auxílio médico. Preferiu manter os sonhos, que dia a dia foram estendidos.
História de Brasília
Será fácil, entretanto, moralizar, considerando-se que na telefônica fica registrado o número do aparelho para onde foi feita a ligação. (Publicado em 23/11/1961)