Opinião

Visto, lido e ouvido

postado em 29/06/2019 04:15
Educação e família
Ao longo das últimas décadas, depois de seguidas reformas em nosso modelo de educação, do ensino básico ao superior, temos que constatar, à luz do que mostram os diversos rankings internacionais de avaliação de aprendizagem em que aparecemos sempre nas derradeiras posições, que a maioria de nossos projetos para a melhoria do ensino tem fracassado.

A razão para isso é que em todos modelos impostos ao processo educativo, elaborados de cima para baixo, a maioria deles deixa de lado, ou não prioriza conforme deveria ser, a participação da família em todas as atividades. Com isso, todo o esforço de renovação e melhoria é descartado ao não considerar o grupo familiar do aluno como partícipe dessa empreitada. Dissociado da família, qualquer modelo de aperfeiçoamento do ensino torna-se capenga e não se completa.

O ciclo integral de todo o processo educativo deve ser composto por alunos, professores e pais ou responsáveis. Sem essa tríade, mesmo os mais elaborados e revolucionários programas de ensino ficam a meio caminho. Esse tem sido o calcanhar de Aquiles de todo o processo brasileiro de ensino e que revela não apenas um descompromisso no envolvimento da escola com a comunidade, mas , principalmente uma desconsideração da importância de se firmar um acordo sério entre todas as partes envolvidas nesse mecanismo.

Um fato que comprova essa tese e que demonstra, na prática, essa falha é que é comum em muitas escolas, que professores e orientadores desconheçam, por completo, quem são os pais e responsáveis da maioria de seus alunos. Não conhecem e muitas vezes não sabem, sequer em que contexto social esse e aquele aluno vivem. Sem essas informações e sem o conhecimento do meio em que vive seus alunos, seu cotidiano, suas origens, o que os pais fazem, como é a rotina da família e outros dados preciosos, qualquer modelo tende a falhar.

Ocorre que, em muitos casos, é a própria família que não deseja estreitar qualquer laço com a escola dos seus filhos. Usando esses estabelecimentos de ensino apenas para cuidar de suas crianças, alimentá-las e dar-lhes alguma segurança, enquanto se ocupam em outras tarefas. Há casos em que o pai ou a mãe cumpre pena judicial em algum presídio e a escola não toma conhecimento. Ou que pais ou responsáveis são alcoólatras ou viciados em drogas. Ou ainda lares onde essas crianças foram abusadas ou vivem sob condições de violência diária.

Sem um levantamento minucioso de todos esses dados, sem uma ficha completa que mostre o verdadeiro perfil de seus alunos, qualquer modelo de educação é inócuo. Para complicar uma situação corriqueira dramática, há ainda os recorrentes casos de violência envolvendo alunos e professores ou dos próprios pais com os professores.

Nesta semana, em Ceilândia, uma mãe desferiu um tapa no rosto de uma educadora social que presta serviço voluntário na escola, apenas porque a profissional questionou, depois de um desmaio da aluna em sala de aula, se a criança havia se alimentado direito em casa.

Casos, como esse, se repetem toda semana em muitas escolas da rede pública do Distrito Federal. Não só os pais ameaçam e agridem os professores, mas também tem se tornado comuns os casos de alunos que reproduzem esse reprovável comportamento contra os docentes e a qualquer profissional de educação dentro das escolas. Esse fenômeno tem feito com que muitos professores abandonem a profissão, o que provoca, ainda mais, um isolamento das escolas em relação ao seu entorno, e isso acaba repercutindo, negativamente, no processo de ensino. De fato, como tem sido comprovado, os professores e a escola têm medo de seus alunos e muitos sequer ousam questionar a realidade deles.

A frase que foi pronunciada
;Peço só um minuto, sr. presidente, para que eu possa formular um raciocínio. O que quer dizer isso, srs. parlamentares? Criança ; e, conforme a lei, é menor de 12 anos ; que quiser mudar o sexo vai poder fazê-lo mesmo sem o consentimento dos pais. Ora, os parlamentares que são contra a redução da maioridade penal entendem que um menor de 16, 17 anos, que pode votar, não tem concepção intelectual, amadurecimento psíquico para responder pelos seus atos, vão querer que crianças, com menos de 12 anos, conforme a lei, possam mudar o sexo, mesmo sem o consentimento dos pais? É isso que querem os nobres parlamentares. E esta Casa vai aceitar isso?;

Vitor Valim, deputado federal pelo Ceará sobre o projeto de autoria do deputado Jean Wyllys e da deputada Erika Kokay ; PL n; 5.002, que dispõe sobre o direito à identidade de gênero e altera o art. 58 da Lei n; 6.015 de 1973.


Injustiça

; Incompreensível que uma ambulância com placa que não seja do DF seja multada por usar a via BRT. Ambulância leva pacientes de emergência. É preciso revisar esse estatuto.

História de Brasília

No dia Universal de Ação de Graça, às vésperas das comemorações da intentona comunista, o Brasil reatou relações comerciais e diplomáticas com a União Soviética. (Publicado em 24/11/1961)

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