Opinião

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postado em 01/07/2019 04:13
Meio ambiente
Não dá para entender: O presidente Bolsonaro, em quem votei para tirar o PT do poder, declarou que o seu governo primaria por escolher pessoas gabaritadas para exercerem cargos técnicos em seus Ministérios. Como se justifica, como publicou o jornal Folha de S.Paulo, um conselho gestor do ICMBio formado por cinco militares da Polícia Militar do Estado de São Paulo, é que formulará diretrizes para administrar as Unidades de Conservação em nosso país? Que capacidade técnica em meio ambiente têm esses PMs? E mais: o presidente do ICMBio, um coronel da PM de São Paulo, publicou uma portaria solicitando que se apresentassem militares policiais inativos para exercerem cargos de gestão em áreas de proteção ambiental, em detrimento de usar analistas ambientais do Ministério do Meio Ambiente, especialistas na área e altamente qualificados para exercerem essas funções. E o que dizer sobre a direção da Secretaria de Biodiversidade do MMA ser entregue a um brigadeiro-médico da Força Aérea? Onde estão as capacidades técnicas dessas pessoas? E o presidente ainda tem a capacidade de declarar que existe uma ;psicose ambiental; contra o Brasil, respondendo às críticas da primeira-ministra Ângela Merkel.
Paulo Molina Prates, Asa Norte



Dura crítica
Como leitor e assinante do Correio Braziliense há várias décadas, sinto-me no dever de contribuir para a continuidade de seu sucesso, razão pela qual não posso me omitir quando constato uma incorreção, impropriedade ou desvio, mormente quando é repetitiva. Refiro-me à reportagem ;Bolsonaro é alvo de duras críticas; (28/6). A começar pela própria manchete, que não corresponde ao conteúdo da matéria, além de distorcida e exagerada. Em determinado trecho, refere-se ao presidente da República como o ;capitão reformado;, o que revela má vontade e imprecisão. Ignora que o presidente se elegeu quando era deputado federal, cargo que exerceu por 28 anos. Assim, por uma questão de coerência, deveria também se referir à primeira-ministra Angela Merkel como a ;pesquisadora de física quântica; e integrante do partido de centro-direita União Democrática Cristã. Ou se referir ao presidente Emmanuel Macron como o ex-banqueiro, sócio de Rothschild e líder do partido socialista francês. A inclusão da questão da apreensão da cocaína é totalmente despropositada, pois ocorreu em Sevilha, enquanto que o presidente do Brasil estava em Tóquio, a 12 mil quilômetros de distância, e nada tem a ver com o tema da reportagem, que trata da reunião do G20. Enfim, a reportagem é claramente tendenciosa, enquanto que o leitor esperava que fosse apenas fiel e não está interessado na posição política de quem a escreve.
Cid Lopes, Lago Sul



; Ao ler no CB (29/06) a crítica do deputado federal Alessandro Molon (PSB/RJ) ; que muda mais de partido do que eu troco de camisa ;, sobre o presidente Jair Bolsonaro, chamando-o de certa forma de incompetente para o cargo, o que tem a dizer sobre o acordo comercial firmado entre o Mercosul (sem a ;amiga; Venezuela) e a União Europeia, e que, conforme os economistas, trarão grande fluxo de capitais para o Brasil?
Joanir Serafim Weirich, Asa Sul



Pesadelos
A cada queda de popularidade, os asseclas do capitão convocam uma manifestação de apoio ao seu governo. Tentam, dessa forma, mostrar que as pesquisas de opinião são inverídicas. Tudo não passa de maquiagem, com uma massa de manobra, formada por fundamentalistas, xiitas e direitistas radicais, que sempre sobreviveram e fizeram riqueza com a exploração dos menos favorecidos, sem contar com aqueles que são belicistas, homofóbicos, xenófobos, misóginos, racistas, além dos que pouco ou nada sabem da história deste país e estão longe de ter educação política. Ainda que não queiram, a popularidade do capitão está descendo ladeira abaixo. O nível da administração federal está extremamente rasteiro. Conquistas sociais estão sendo eliminadas, assim como trabalhistas e há, sem dúvida alguma, uma proposta de reforma da Previdência que suprime direitos dos trabalhadores para favorecer empresários e o capital financeiro. O alvo da reforma é o trabalhador da iniciativa privada. Não haverá a equidade dita por Paulo Guedes. A educação, se estava ruim, caminha para o caos. A saúde pública respira com ajuda de aparelhos e são claros os sinais de falência múltipla das unidades de atendimento. A política de segurança pública consiste em liberar a venda de armas e munição, e que cada brasileiro cuide da própria integridade física e patrimonial, pois o Estado, constitucionalmente responsável por isso, confessa não ter capacidade para tanto. O governo se opõe a criminalização da homofobia, dando sinais de que oprimir, discriminar, agredir e até abater um homossexual não é problema. Vivemos tempos de insanidade obscurantista e salve-se quem puder. Seis meses de pesadelos diários.
José Ricardo de Almeida, Jardim Botânico

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