Opinião

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Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 05/07/2019 04:21
Moro

Von Liszt define o bem jurídico e que é tutelado pelo direito como tudo aquilo que possa satisfazer uma necessidade humana. E a sociedade num estado democrático de direito, como o nosso, garante a honra, a imagem e a dignidade da pessoa, como um bem jurídico impostergável (uma necessidade humana), inclusive, assegurando indenização a quem é ofendido. Na Comissão Mista da Câmara, o ministro Sérgio Moro foi atacado e violado nesse sagrado direito, sem justificativa. Embora esteja sendo questionado sobre ter sido parcial em julgamentos, como juiz da Lava-Jato, ele foi à Câmara espontaneamente para dar sua versão. E não merecia os ataques. O ministro Paulo Guedes, que tem pavio curto, não aguentaria a baixaria e os impropérios e provavelmente partiria para o contra-ataque sem dó, devolvendo tudo na mesma moeda ou pior. Ninguém tem sangue de barata para se comportar como Moro. Erasmo de Roterdam, no seu livro O elogio à loucura, classificou essas pessoas como os loucos sem cura, dos quais os bons de juízo devem ter piedade. Não estou defendendo o ministro, mas ninguém pode ficar calado com tanta insensatez e desrespeito a uma autoridade que apenas explicava uma questão acusatória ainda não apurada.
; José Lineu de Freitas,
Asa Sul


Flechadas

A pior reprimenda que existe, para mim, é quando alguém me adverte dizendo: ;Eu não disse?;. Faço esse introito para dar ;a mão à palmatória; às afirmações ditas por um amigo, que me alertava que as diatribes de Carlos Bolsonaro teriam o respaldo do pai, o presidente Jair Bolsonaro, em quem votei com a finalidade de tirar o PT do poder. Cheguei a essa conclusão ao ler nos jornais de hoje que ;o meu Pitbul;, como o presidente se refere ao filho Carlos, virou suas baterias contra o general Augusto Heleno, um dos mais probos e respeitados no meio militar e civil. Onde esse garoto quer chegar? Já não basta ter derrubado dois ministros (Bebiano e General Santos Cruz)? No mínimo, é uma tremenda falta de consideração a um general que tem respeito e fidelidade ao governo Jair Bolsonaro. Por isso que chego à conclusão de que o meu amigo tem razão ao desconfiar que essas flechadas desferidas por Carlos Bolsonaro são a mando de alguém.
; Paulo Molina Prates,
Asa Norte


Iluminação

A comunidade do SCLRN 715 agradece penhoradamente ao GDF e à CEB pela iluminação pública recém-colocada na praça da quadra, adjacente à via W-3, reivindicação de mais de 30 anos dos moradores. Além de tudo, por terem respeitado as árvores plantadas pelos cidadãos, sem mutilar uma sequer. Agora, falta a Novacap urbanizar a área, em conformidade com a vontade dos moradores, expressa no planejamento urbanístico feito em conjunto com a UnB e disponível para a empresa. Também recuperar o Posto Policial, incendiado por vândalos há dois meses.
; Humberto Pellizzaro,
Asa Norte


Relação on-line

Vivemos na era da conexão, e não do diálogo. Estar conectado é acessar uma infinidade de pessoas e informações. O ambiente tecnológico faz com que estejamos sempre nos comunicando. Receber 30 ou mais mensagens pode até transmitir uma sensação de pertencimento devido à quantidade de interações ocorridas com tão pouco esforço. A comunicação, dessa forma, não precisa ter sentido nem transmitir informações. Basta estabelecer uma conexão. É um erro. Estamos claramente misturando quantidade com qualidade. Pesquisas mostram que aqueles que mais usam as mídias sociais tem dificuldades em compreender as emoções humanas, inclusive as próprias. A interação on-line conduz à perda de empatia e à diminuição da capacidade de reflexão. O contato visual olho no olho é o mais poderoso caminho para estabelecer conexões humanas e criar empatia com o outro. A comunicação on-line não permite o uso da linguagem não verbal (linguagem corporal e facial), do tom de voz e de outros aspectos essenciais para uma comunicação efetiva. Se as tecnologias de comunicação continuarem desumanizando, despersonalizando e coletivizando a interação humana, correremos o risco de replicar as mesmas ideologias destrutivas do último século que levaram a ondas incontáveis de violência. Temos de refletir seriamente sobre criar códigos de conduta ou regras de etiqueta capazes de amenizar esses efeitos nocivos e colaterais, para o bem das relações humanas, da ética na política e, principalmente, da democracia.
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras


Sexo

Torce, retorce, não sei se era pulga ou se era percevejo. Viram-se e reviram-se revistas e jornais, está na moda, como sempre esteve, o assunto sexo, transformando-o em fonte de puro prazer. Por mais que se o tenha como o dom mais sublime concedido aos seres vivos pela natureza para participarem da obra da criação por meio da perpetuação das espécies, o fato de vir associado a indizível grau de prazer, tal finalidade é esquecida no entrelaçar de corpos em busca do prazer pelo prazer. Se fosse um mal, o seria por culpa da própria natureza que assim o dispôs, sem acrescentar-lhe qualquer limitação expressa, apenas com a indicação do ;crescei e multiplicai-vos;, como conselho. Se assim não fosse, não haveria como explicar o homossexual, consumido por incontrolável desejo do prazer pelo prazer, sem condições de ir além.
; Elizio Nilo Caliman,
SHIN




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