postado em 06/07/2019 04:20
A corrupção não é um vocábulo de hoje, mas uma realidade social de sempre. A utilização dos bens do Estado não a serviço de todos os cidadãos, mas em proveito de poucos. Vocábulo que adquiriu larga difusão em nossos dias, particularmente em nosso país.
O uso dos bens públicos não em benefício de todos, mas de poucos. Pecado não só dos políticos, mas de empresários e cidadãos. Especialmente, o uso dos recursos públicos para financiar campanhas eleitorais, corromper funcionários e proveito pessoal.
Este mal hoje generalizado não se restringe às relações comerciais, mas até o desporto. É a grande chaga de nossa sociedade. Sem dúvida, uma das mais graves crises, por que passa o regime democrático, como o nosso, é a praga da corrupção. Especialmente a corrupção política. Em consequência, a desconfiança dos cidadãos em seus representantes no parlamento e no governo.
São consequências da corrupção o aumento da miséria e da violência. A falência de instituições que deveriam estar a serviço do povo, como escolas, hospitais, postos de saúde... A propósito, nota o papa Francisco, referindo-se à corrupção: ;Este é um dos flagelos mais dilacerantes do tecido social, porque o prejudica gravemente, tanto no plano ético quanto no econômico: com a ilusão de lucros rápidos e fáceis, na realidade empobrece a todos, fazendo perder a confiança, a transparência e a credibilidade em todo o sistema. A corrupção avilta a dignidade do indivíduo e fragmenta todos os ideais bons e bonitos. A sociedade no seu conjunto é chamada a se comprometer concretamente para enfrentar o câncer da corrupção nas suas várias formas;.
Nota ainda: ;A corrupção é como esses pântanos que te sugam. Quem quer sair dele dá um passo e entra mais ainda. É um terreno pantanoso. É a destruição da pessoa;. A corrupção não é só um mal da sociedade, mas também da Igreja. Deve ser combatida por todos, pois ;é mais desastrosa do que a lepra; (papa Francisco). Porque substitui o bem comum por interesses particulares. ;É a pior chaga social, porque gera gravíssimos problemas e crimes que envolvem a todos; (papa Francisco).
Não é só mal de nosso país, mas ;avança por toda a parte; (papa Francisco). Não basta denunciar a corrupção, é preciso erradicar as raízes do problema, no coração de cada cidadão, na vida política e social, na administração pública. Combater a corrupção é dever não só do Estado, mas de cada cidadão. Fazê-lo é restituir o equilíbrio natural entre os cidadãos, a fraternidade e a justiça, não só na vida quotidiana, mas especialmente no mundo da política.
A cultura da honestidade começa na família, onde se aprende a verdade, e não a mentira e o engano. A família deve ser a primeira escola da honestidade, a qual deve se estender à escola, à empresa, à vida pública, aos partidos políticos. O papa convida a todos a irem ao encontro dos excluídos, dos descartados do convívio social, vítimas da corrupção, para integrá-los à vida social.