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Correio Braziliense
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postado em 06/07/2019 04:20
Uma reforma muito xôxa

Pelo que se pode apreender, até o momento, com a aprovação da reforma da Previdência na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, é que as mudanças introduzidas no texto, no que diz respeito especificamente aos professores, ainda são tímidas, para dizer o mínimo. O que parece ter predominado, na queda de braço entre o governo e as diversas categorias profissionais do país, foi a pressão de grupos corporativos e o forte lobby desse pessoal presente ao longo de todo o processo de discussões desse projeto.

Quem fala mais alto e ameaça mais com retaliações de todo o tipo tem mais chance de ser contemplado com benesses no texto final. A eliminação de privilégios está na raiz do problema e demonstra as injustiças e as desigualdades entre as diversas profissões, praticamente, permaneceu inalterada. Nada foi modificado substancialmente em relação à aposentadoria de políticos, de juízes e de outras categorias situadas no topo do funcionalismo. Para esses, até o presidente da República atuou para manter os privilégios.

Diante do que ficou posto no texto do relator e, de acordo com o que foi visto até aqui, foram justamente as categorias mais privilegiadas, aquelas que pressionaram no sentido de fazer da reforma um texto anódino e até insignificante. De fato, o que se pode constatar, de forma melancólica, é que a montanha pariu um rato com o mesmo aspecto feio daquele gestado pelo legislativo no pacote anticrime.

Notícia pior é que esse texto pode, durante as votações nos plenários da Câmara e do Senado, ser alterado a tal ponto que, da proposta original, encaminhada ao Legislativo, restará somente o título do projeto ;Reforma da Previdência;, escrito na capa.

Com relação aos professores, o pouco poder de lobby e de pressão desses profissionais resultou numa proposta morna, que não chega a alterar em profundidade o sistema que aí está e que poderia ser melhorado, de forma a garantir melhor proteção à categoria tanto na ativa quanto na aposentadoria. Não se trata aqui de privilégio, quando se verifica que essa é a categoria profissional com melhor tratamento por parte do Estado na grande maioria dos países desenvolvidos. E por uma razão básica: a educação é, seguramente, o alicerce do desenvolvimento. Não existe país algum que logrou se desenvolver sem a correta preparação intelectual e técnica de sua população.

Uma reforma que viesse a amparar adequadamente os professores poderia não apenas devolver o prestígio ao exercício do magistério, tornando-o, para os mais jovens, uma carreira promissora, mas, sobretudo garantir que as próximas gerações fossem libertas das correntes das desigualdades sociais por meio de uma educação de alta qualidade, desenvolvida por profissionais com segurança e proteção trabalhista.

A frase que foi pronunciada

;Eu tenho muita desconfiança dessa CPI. Ela não me agrada, a princípio. Eu não confio na motivação por trás dela. Acho que pode ser uma ameaça à liberdade de expressão;.
Bia Kicis, deputada pelo DF, sobre a CPI de notícias falsas.

Só?
  • Cancún, Cidade do Panamá, Buenos Aires, Lisboa, Miami e Punta Cana. Isso é tudo o que o aeroporto Internacional de Brasília tem a oferecer de viagens internacionais na capital da República. Não há concorrência suficiente, por isso os preços estão nas nuvens.

Tornado
  • Um caminhão recolheu tudo o que via do lado de fora da feira dos importados. Foi um rebuliço, mas não houve quem impedisse a operação DF Legal. Do lado de dentro, tudo certo.

163 anos
  • Bombeiros do DF comemoraram de forma diferente o aniversário da corporação. Fizeram uma campanha para recolher doações e levaram no Lar dos Velhinhos, amenizando a preocupação dos dirigentes da instituição. O capitão Wilson de Souza não escondia a emoção de ver a participação da comunidade em ajudar.

Equilíbrio
  • Casos de excessos no TJDFT devem ser apurados internamente. Para a ouvidoria, não há novidade quanto ao número de reclamações em relação ao atendimento ao público. A atitude esperada é a apuração. Já os casos de elogios, que são muitos, não chamam a mesma atenção.

Necessidade
  • Com a expansão desenfreada das habitações e a quantidade de carros extrapolando a capacidade das pistas do Paranoá, do Varjão e da Ponte do Bragueto, o projeto da ponte do Lago Norte volta à tona. Ou deveria voltar. O problema é que terrenos desapropriados para esse fim estão misteriosamente ocupados.

História de Brasília
O Caduceu e a cobra, que representam o emblema médico, sofreram alteração no desenho da ambulância do Senado. Parecem um cifrão de uma perna só.(Publicado em 24/11/1961)

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