postado em 15/07/2019 04:23
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Mulheres
Você sabia que a população brasileira é dividida quase igualitariamente entre homens e mulheres? No mundo do trabalho, embora sua participação percentual tenha aumentado, as mulheres continuam não alcançando cargos mais elevados nas empresas ou nas instituições privadas ou públicas. A explicação comum é que elas não se interessam pelo espaço público e ou que suas carreiras são interrompidas pela maternidade. Tal situação é construída socialmente e gera discriminação e segregação, pois há mecanismos que permitem, ou não, a entrada das mulheres em nichos profissionais historicamente reservados aos homens. É incrível acreditar que em pleno século 21, a visão machista ainda esteja presente no mundo do trabalho. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), empresas com mulheres em postos de liderança têm melhor desempenho nos negócios, o que vem ocorrendo também no Brasil. As ações e iniciativas em favor da diversidade de gênero contribuem para melhorar o rendimento nos negócios. Temos em Brasília, como exemplo e orgulho, o Laboratório Sabin de Análises Clínicas, fundado há 35 anos por duas mulheres. Empresa que tem no seu quadro funcional 5,2 colaboradores, sendo que 77% são mulheres, enfatizando que de três a cada quatro postos de liderança são ocupados por elas. Constata-se esse viés na gestão do Sabin, que tem como propósito maior a inserção de ações como base principal a deferência às pessoas. Para tanto, a empresa proporciona cursos para funcionários mulheres e homens, que possam, num futuro promissor, galgar cargos de liderança. O crescimento de uma empresa está inegavelmente atrelado ao compromisso dos seus líderes em implantar e sedimentar um ambiente de equidade para seus colaboradores.
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
; Quero parabenizar o editorial do Correio que chamou a atenção para a ascensão das mulheres no mundo. O Banco Europeu e a Comissão Europeia serão comandados por profissionais do sexo feminino. O fato ainda causa estranheza. Daí ter sido notícia mundo afora. Mas o tempo se encarregará de mudar a percepção da sociedade. Será tão natural vê-las em postos de comando que, ao falar na escolha, o comentário será sobre a competência e o preparo da pessoa, sem referência a sexo. Quem viver verá.
; Teresa Flores,
Ceilândia
Diplomacia
Indicação de Bolsonaro para o filho Eduardo vir a ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos é um atentado ao bom senso e um colossal desrespeito aos valorosos, experientes, estudiosos, respeitados e competentes diplomatas de carreira. Melancólica e profunda patetice. Mais absurdo ainda que o ministro das Relações Exteriores não proteste contra a decisão insana do chefe da Nação. O cientista político Paulo Kramer tem razão: ;O Brasil é invisível perante o mundo;. Consegue sair da obscuridade quando seus governantes metem os pés pelas mãos com destemperos e sandices. Bolsonaro insiste em tornar o Brasil um país de galhofeiros e motivo de chacotas no exterior. Deveria completar a pantomima. Indique o filho Carlos para ser embaixador na Itália e o filho Flávio para embaixador na França. Apequenaria mais ainda o Brasil aos olhos do mundo. Seria a glória dos deuses para a família Bolsonaro. A sabatina no Senado para aprovar ou rejeitar o nome do poliglota deputado Eduardo Bolsonaro, amigo de infância dos filhos de Trump, tem o dever de atuar com isenção, firmeza e independência. Os senadores não podem dobrar a espinha e engolir pela goela abaixo mais uma diatribe do chefe do governo que depõe contra o Brasil.
; Vicente Limongi Netto,
Lago Norte
Eu também quero
Sempre ouvi dizer que o Instituto Rio Branco não é para qualquer um. Frequentar a escola que forma diplomatas exige qualificação sofisticada. Além do domínio de línguas estrangeiras, excelente nível de português, conhecimento profundo de geografia e história, familiaridade com as relações internacionais e, claro, requinte no trato e no comportamento. Realmente, como dizia minha sábia vovozinha, não era para o meu bico. Mas, como quem fica parado é poste, as coisas mudaram. Hoje, fritar hambúrguer nos Estados Unidos vale pontos no currículo. E quantos! Ultrapassa os anos de Rio Branco e os de carreira em postos C e D. Vou correr atrás. Vamos?
; Paulo Silva,
Guará
Férias
Vão longe os tempos em que férias eram sinônimo de viagem. A gente terminava as provas, fazia as malas e embarcava para as praias do Nordeste ou para o Rio. Passar umas semanas nos Estados Unidos e na Europa estava ao alcance das classes não tão privilegiadas. Aos poucos, viajar tornou-se um luxo. As passagens de avião estão pela hora da morte. As de ônibus, mais em conta, expõem os passageiros a assaltos frequentes. O que aconteceu? Andamos pra trás.
; Marcos Souza,
Lago Sul