postado em 18/07/2019 04:05
Arrependimento
Perdoe-me, Senhor. Eu acreditei que Jair Bolsonaro fosse diferente e votei nele para presidente. Ele disse em alto e bom som, durante a sua campanha, que poria fim à velha política e que nós brasileiros iríamos viver novos tempos. Mas agora, ele encasquetou que pode indicar o filho Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos da América, afirma que não é nepotismo e que não vê nenhum absurdo nisso. O Brasil inteiro está perplexo com a coragem dele. Parece-me que ele não está disposto a desistir desse desejo. Estou com vergonha. Eu pedi voto para ele, convenci parentes e amigos, inclusive petistas, que o homem era porreta e que teríamos um grande estadista. Estou arrependido. Apesar de saber que é prerrogativa do presidente da República indicar embaixadores, e que pode ser buscado fora da carreira diplomática, não fica bem para o presidente indicar um filho. O ideal seria premiar quem passou pelo Instituto Rio Branco. Torçamos para que no Senado, caso ocorra a indicação, haja resistência ao nome. Já que falei do Senado, vou falar também da Câmara dos Deputados: Parabéns deputado Rodrigo Maia pela forma como vem conduzindo a reforma da Previdência. Para que haja mudança é preciso atitude, e o senhor tem.
; Jeovah Ferreira,
Taquari
Amazônia
O professor Cristovam Buarque discordando do general Augusto Heleno, hoje ministro da GSI, alegando que ele quer queimar o Amazonas, publicou o artigo A lição de Tião Salgado (16/7, pág. 11). Entre outros distúrbios mentais afirma que o Amazonas pode ser internacionalizado se também foram internacionalizados ;todos os poços de petróleo, as armas nucleares, os mísseis, as cidades históricas, tudo de importante para a humanidade, inclusive as crianças pobres;. O fotógrafo Tião Salgado, segundo ele, discordou da ideia, sob o pretexto de que ;se não formos capazes de cuidar dos patrimônios da humanidade que estão no nosso território não merecemos tê-los só para nós;. Ora, o que transparece é que os dois, Cristovam e o fotógrafo são dois intregristas e precisam estudar história, geografia, dentro dessas o meio ambiente, Os Sertões, de Euclides da Cunha, e os estudos dele sobre a Amazonas. Vale alertá-los que o fato de uma região ser patrimônio da humanidade não significa que o país, no caso o Brasil, não possa explorá-la. O general está corretíssimo. A Amazônia constituída por nove estados ( Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão) abrange uma área de 4.088.902.380 Km;, quase a metade do território brasileiro, tem que ser explorado, em tudo. E isso em nada ofende o meio ambiente. O antigo governador de São Paulo, Paulo Maluf tentou explorar petróleo na região, mas não obteve resultado positivo. Ora, se essas riquezas estão ali encravadas, ninguém pode impedir que se colham os seus frutos. O professor Cristovam está andando fora dos eixos.
; José Lineu de Freitas,
Asa Sul
; Entre os muitos artigos que leio do ex-senador Cristovam Buarque, ex- reitor e professor emérito da Universidade de Brasília, reputo como um dos mais interessantes o intitulado A lição de Tião Salgado (CB, 16/7), em que aborda a controversa proposta de exploração da Amazônia, um patrimônio da humanidade. A lição de Sebastião Salgado, premiadíssimo fotógrafo e que muito nos orgulha pelo seu trabalho em defesa do meio ambiente e engajamento nas causas humanitárias, não é apenas expressão de sabedoria, mas lição incompatível com as políticas atualmente vigentes no país. Há muito se fala que o ganho financeiro do Brasil não está na derrubada das florestas, mas na conservação delas. A ação predatória do agronegócio na região pode, a curto prazo, trazer muitas divisas ao país, mas a médio e longo prazos os danos serão irreversíveis, sobretudo ante a escassez de água e as mudanças climáticas. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) garante que o país tem um estoque de terras que podem ser destinadas à agricultura e à pecuária, sem que seja desmatar um centímetro a mais de áreas. Mas agrobusiness tem visão estreita e entende que destruir a Amazônia é o caminho correto, numa inversão plena da lógica planetária. Aliás, o atual governo tem uma lógica equivocada e uma visão maniqueísta, que o leva a trafegar na contramão do que há de mais moderno no mundo. Lamento que tanto as palavras do ex-senador Cristovam quanto os ensinamentos de Tião Salgado não tenham eco na atual conjuntura, absolutamente adversa para o meio ambiente e para as questões sociais, que afligem os povos da floresta.
; Guadalupe Gonzaga,
Park Way
Moro
Sérgio Moro não assusta ninguém. Está perdendo a realeza de paladino do Brasil. Bobagem vociferar contra a imprensa. Tiro no pé. Precisa deixar de ser arrogante e dono do monopólio da verdade. Moro tem a obrigação e o dever de esclarecer o oceano de denúncias contra si e procuradores da Lava-Jato.
; Vicente Limongi Netto,
Lago Norte