postado em 03/08/2019 04:05
Impeachment
O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça e Coordenador da Comissão Nacional da Verdade, Gilson Dipp, em entrevista ao Correio Braziliense (1;/8, pág. 4) afirma que o presidente Jair Bolsonaro cometeu o crime de responsabilidade, previsto na lei que fundamentou o impeachment da então presidente Dilma e do agora senador Collor de Melo, ao mentir sobre a morte do ativista Fernando Santa Cruz. Mas acrescentou que, no momento, não há clima para que essa providência seja adotada. Ora, se a Constituição Federal preconiza que todos são iguais perante a lei, quando a autoridade comete o crime, é suficiente e legal para a abertura do processo. Como sempre diz e prega o ex-juiz federal Sérgio Moro: ;Ninguém está acima da lei;. O argumento serviu para prender Lula, Cabral e tantos outros. Até tentou vasculhar a vida do ministro Dias Tofolli, do STF, para prendê-lo e desmoralizar esse órgão. Contudo, o feitiço caiu sobre o feiticeiro. Agora está encalacrado para responder sobre o que fez na Lava-Jato, com possível perseguição política, em combinação com promotores para condenar autoridades ou ex-autoridades, havendo notícia de que as delações eram tomadas dos delatores sob ameaça. O caso do Léo Pinheiro é bem típico. Como ministro da Justiça, agora fica caladinho com relação à acusação que pesa sobre o filho do presidente, senador Eduardo Bolsonaro e a outras situações, como a indicação de outro filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, em típico nepotismo, para a Embaixada do Brasil nos Estados Unidos.
José Lineu de Freitas, Asa Sul
Gravações
O ministro Luiz Fux, do STF, tomou uma decisão esperada por muitos: impediu, como queria o ministro da Justiça, Sérgio Moro, a destruição das gravações das conversas entre o então juiz, cuja imparcialidade está sob suspeição, e o coordenador da Operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol. Ora, se as gravações não reproduzem a verdade, por que, então, o ministro da Justiça queria a sua destruição? Até agora, Moro e Dallagnol foram categóricos em negar a veracidade dos diálogos. Ambos estão sempre na defensiva e apontando o dedo para o hacker que trouxe à tona conversas inimagináveis. Princípios basilares que devem ser respeitados pelos operadores da lei foram jogados no lixo, pisoteados e queimados. O que muitos suspeitavam parece que se confirmou. O espetacular avanço das investigações, com velozes condenações e prisões, ;nunca antes visto neste país;, teria sido resultado de uma combinação, em busca de fama, projeção nacional e internacional. Destruir todas as gravações seria um dano à história do Brasil, semelhante ao incêndio do Museu Nacional do Brasil, que causou perdas inestimáveis. Todas as suspeitas e dúvidas da sociedade precisam de respostas. Espera-se que o ministro Fux seja cada vez mais assertivo em suas decisões e traga ao país informações bem precisas sobre o significado das gravações que Moro queria ver destruídas.
Afonso Guimarães, Noroeste
Desenvolvimento
Ao ler o texto de autoria do governador Ibaneis Rocha (31/7), tive a sincera sensação de que valeu e esperamos que valerá muito a pena ter votado no primeiro e no segundo turnos na chapa encabeçada por ele e vice, Paco Brito. Apesar do território do Distrito Federal ter ficado bem aquém dos 14 mil km; , inicialmente, programado na demarcação constitucional, antes de 1988, para ser a área desta unidade da Federação, quando na realidade ficaram apenas 5.802 km; ; a menor do Brasil. E desde quando aqui vim morar, há 22 anos, presenciava as iniciativas empreendedoras. Contudo, no texto ;;Ponte para o Desenvolvimento;; e nesse primeiro semestre do mandato, podemos até imaginar quantas boas intenções têm o governador, o vice e a equipe para decolarem em território candango rumo ao desenvolvimento do DF e da área que abrange a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (Ride).
Antônio Carlos Sampaio Machado, Águas Claras
Transporte
A série de reportagens, intitulada Fora dos Trilhos, traz uma triste realidade sobre os transportes públicos da cidade. Os gestores deveriam anotar e tentar mudar urgentemente a mentalidade rodoviária individual que se apossou de nossa população. Cada vez mais cidades inteligentes no mundo estão dando exemplos de que podemos mudar para melhor, com opções sensatas de mobilidade urbana e, consequente, melhoria na qualidade de vida. Orçamentos para rodovias são exemplos de gastos públicos com poucos resultados positivos para as cidades, levando a aumento da poluição e a desordens habitacionais crescentes. Brasília do século 21 pede a extensão do metrô ou do VLT para a região norte do Distrito Federal e para o leste, até Luziânia, aproveitando a linha férrea existente.
Cláudio Luiz Viegas, Brasília