postado em 05/08/2019 04:04
Golpe
Em 20 junho de 2008, entrei com o ajuizamento da ação Execução do Auxílio-Alimentação, que se tornou um processo. Em 30 de agosto, o Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) comunicou-me que o referido processo, referente ao Vale-Alimentação, interposto pela Secretaria de Assuntos Jurídicos, Trabalhista e Socioeconômico do sindicato, logrou êxito e que do processo supramencionado foi expedido Precatório. No dia 22 de julho de 2019, recebi um telefonema de uma senhora, se dizendo do Sinpro, informando que eu tinha sido agraciado com o Vale-Alimentação e que um determinado doutor faria contato comigo para acertar os detalhes para o recebimento da citada verba. Logo em seguida, recebi uma ligação de uma pessoa que se identificou como sendo o doutor que trabalhava no Tribunal de Contas do DF, me informando dos meus direitos a um valor bem acima do que já tinha tido conhecimento. Logo em seguida, disse-me que, para receber a citada verba, teria que fazer um depósito de um determinado valor, que assim fiz. Porém, a conversa continuou tentando outros depósitos. Notei que era golpe e, por essa razão, estou escrevendo essas palavras com o fim de alertar aos professores e às professoras que não se deixem levar por esse ato criminoso.
; Jeferson Fonseca de Mello, João Pessoa (PB)
Alta Corte
O Supremo Tribunal Federal (STF) é uma corte imperfeita. Ninguém desconhece que seus ministros falam demais, assumem protagonismo indevido em certas questões nacionais e, numa demonstração de que não tem nada de supremos ; já trocaram ofensas de botequim diante das câmeras da TV Justiça. A própria Corte tem defeitos evidentes. Deveria ser um tribunal encarregado de lidar apenas com questões constitucionais, mas acaba julgando até furto de sabonete em supermercado. Ao saber de sua crise de identidade, comporta-se ora como tribunal político, ora como um tribunal técnico. Embora o STF seja a mais alta instância da Justiça brasileira, obviamente seus integrantes não estão acima da lei. Podem e devem ser investigados como qualquer cidadão. Podem perder o cargo. Podem ser condenados. Podem ser presos. Tudo isso é sabido. Outra coisa, bem diferente, é apontar os defeitos do STF, seja sobre o papel da Corte, seja sobre o comportamento de seus magistrados, apenas para degradar a instituição, fragilizá-la, com o objetivo oculto de subordiná-la a interesses políticos, corporativos ou ideológicos. Isso não pode. Na atual onda de ataques e ameaças que o Supremo vem sofrendo, sobretudo de políticos e procuradores, que acabam por atrair parcelas expressivas da opinião pública, há quem esteja jogando esse jogo espúrio. Um jogo que costuma ser o primeiro passo de autocracias e ditaduras de esquerda ou de direita. A sociedade almeja uma Justiça independente, pois a liberdade de decisão dos juízes formam um pilar fundamental do regime democrático. Devemos distinguir entre aqueles que defendem, honestamente, um papel mais eficaz do STF no combate à corrupção e aqueles que, usando a bandeira da ética, estão empenhados mesmo em manietar a Corte e orientar politicamente suas decisões, do mesmo modo que é praticado na Venezuela.
; Renato Mendes Prestes, Águas Claras
Água
Privatizar os sistemas de saneamento e abastecimento, como quer o governador Ibaneis e o ministro Paulo Guedes, deveria ser considerado crime, pois a água é vida. O tratamento da água traz saúde à população e tem que ser uma responsabilidade dos governantes. O Estado deve apenas terceirizar alguns serviços, fazendo, então, uma parceria com o setor privado, mas mantendo o controle do abastecimento e do saneamento nas cidades brasileiras!
; Washington Luiz Souza Costa, Samambaia
; Por que os governantes não entendem a água como mineral estratégico? Entre os muitos minérios existentes, ela é a mais estratégica para a humanidade, pois tem relação intrínseca com a vida de qualquer pessoa, inclusive daqueles que eventualmente estão no comando de um município, estado ou União. No governo passado, tomou corpo nas redes sociais a informação de que o então presidente pretendia negociar com uma multinacional o Aquífero Guarani, uma das importantes reservas de água potável do país. O presidente da empresa transnacional declarou, sem cerimônia, que acesso à água é para quem pode. Sinalizava, sem o menor pudor, que, se a negociata se consumasse, muita gente, sobretudo os segmentos mais pobres e miseráveis, teriam a vida abreviada, pois não teriam condições de comprar o líquido da vida. Hoje, pagamos caro para ter água em casa e suprir as necessidades humanas. O poder público tem a responsabilidade de distribuir água para todos e, por isso, cobra. A sociedade paga pela captação e distribuição da água. Mas as estatais não pagam aos cofres do Estado pela exploração do mineral água. Privatizar a Caesb, como pretende o governo local, é dar um filão para uma empresa que, provavelmente, não terá a mesma responsabilidade da Caesb com a sociedade. Para reduzir o custo operacional da companhia, basta uma intervenção séria, que enquadre os salários dos diretores e funcionários, tendo como parâmetro o que é pago no mercado ou mesmo no órgãos da administração direta do Executivo. O Estado não deveria abrir mão de uma empresa estratégica para a vida dos cidadãos.
; Ricardo Afonso de Oliveira, Jardim Botânico