Opinião

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postado em 13/08/2019 04:05
Retrocessos

Há algum tempo, os seguidores do Jair Messias pararam de pedir o fechamento do Supremo Tribunal Federal. Mas as ofensivas contra a Corte seguem. Muitas delas são bem merecidas. Porém, é possível perceber que os ataques têm propósito extremamente perigoso para a democracia. Nos idos anos 1960, a extrema direita, aglutinada no movimento Tradição, Família e Propriedade, depreciou as instituições, o que fortaleceu a ideia de golpe militar, gestada nas casernas. Nesta semana, o Le Monde, alerta que o fantasma do nazismo assombra o governo do Messias. Pode até parecer exagero, mas a conclusão não é de toda improcedente. As declarações do Messias convergem para um dos mais tenebrosos períodos da história da humanidade, o nazismo, quando ele ; a exemplo de Hitler tinha um discurso de ódio contra os judeus ; discrimina as populações indígenas, os negros, a parcela LGBT e todos que, a seu ver, são minorias ou não são brancos. Eu e milhões de brasileiros tememos que os retrocessos bastante visíveis cheguem ao cúmulo de privar o país de ter uma Suprema Corte, que dê a palavra final e a truculência bolsonariana ganhe mais espaço na atual conjuntura, por demais adversa aos que divergem do Messias.
José Ricardo de Almeida, Jardim Botânico


Pressão

A ministra Cármen Lúcia comentou que o Supremo Tribunal Federal não pode julgar sob pressão popular. Mas, engraçado, sempre que aparece um habeas corpus do presidiário Lula da Silva, os magistrados correm para colocar em pauta urgentíssima. Pois bem, ministra, a senhora pode informar o porquê dessas prioridades nos pedidos no presidiário? É, ou não, pressão.?
Edílio Carlos de Camargo, Núcleo Bandeirante


Gastos

São a construção de hospital bilionário, os gastos com auxílio-moradia para policiais militares que têm casa no DF, pagamento de licenças-prêmio milionárias, tudo isso com o nosso dinheiro. Essa verba toda que vai para a PM-DF tinha que ser auditada por algum órgão externo! Aliás, o Fundo Constitucional do DF deveria ser dividido igualitariamente entre saúde, educação e segurança. Falta algum deputado federal com coragem para mudar isso e moralizar esses gastos, que são uma verdadeira caixa-preta na capital federal.
Washington Luiz Souza Costa, Samambaia DF


Pardais

Bolsonaro tem razão, há um exagero de pardais no DF. São 979: um escândalo! A EPTG e o Eixão que o digam! Mas a roubalheira grassa por outras cidades. Em Caldas Novas, a Avenida Santo Amaro é plena de hotéis de lazer, tem várias faixas para veículos, mas sua velocidade máxima é de 50 km/h. Perfeito para pegar turistas! Sugestão: se insistirem com os pardais, que 100% das multas por velocidade vão para o governo federal (Resolução Contran 638/2016), ficando para os estados apenas as multas por desobediência a semáforo e aquelas registradas por guardas de trânsito.
Marcos Paulino, Vicente Pires


; Primeiro foram liberação de armas, inclusive fuzis, munição, com a deliberada inteção de acabar com o Estatuto do Desarmamento, num país onde, por ano, mais de 64 mil pessoas são vítimas de homício por armas de fogo. Depois, o capitão Messias quis deformar o Código Nacional de Trânsito, sugerindo que é preciso acabar com as autoescolas, isentar de multa que transporta crianças sem cadeirinha e outras sandices. Mas ele não desiste. Agora, quer o fim dos pardais, que controlam a velocidade nas vias do Distrito Federal. Ninguém ficará surpreso se ele quiser acabar com o respeito às faixas de pedestres. É uma sandice atrás da outra. Tudo que ele propõe conspira contra a integridade física e contra a vida das pessoas. Os dados do Detran mostram que, no DF, os índices por morte no trânsito têm diminuido, devido aos redutores de velocidade e a tradição de respeito ao pedestre. Mudar o que está dando certo é apostar no aumento das tragédias ou elevar o custo do Estado com a contratação de guardas de trânsito, quando precisa-se de força policial para conter a violência dos bandidos.
Mário Henrique Duarte, Park Way


Vaza-Jato

O Ministério Público Federal de Brasília entrou com ação civil pública na Justiça Federal para barrar a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro para o cargo de embaixador nos Estados Unidos. Inclusive entrou errado, pois a ação deveria ter sido proposta perante o Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, omite e prevarica em relação ao The Intercept e ao blogueiro Glenn Greenwald, que incidiram no crime de receptação qualificada, tipificado no art. 180, ;1; do Código Penal, nestes termos: ;Adquirir, receber (...), ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime;. Não se tem notícia, sequer, da instauração de um simples inquérito civil ou investigação criminal. Algum problema?
Milton Córdova Júnior, Vicente Pires

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