postado em 14/08/2019 04:06
Lula
Há uma vaga ideia, na elite iluminada, de que a culpa de Lula não está suficientemente demonstrada. Mas muita gente acha que está. E aí: quem resolve? Com certeza não é a torcida do Corinthians nem o Datafolha. É a justiça, e ela já resolveu, Lula, em abril deste ano, completou 1 ano na prisão, sem que tenha sido possível perceber, dessa vez, a revolução que as massas fariam para tirá-lo de lá. Nossa Justiça é ruim? É horrível, lenta e procrastinadora! É tanto que temos um presidente do STF que levou bomba duas vezes seguidas no concurso para a magistratura, não pôde ser juiz nem na comarca de Arroio dos Ratos, mas pode ser presidente da mais alta Corte do país. É preciso dizer mais alguma coisa? É inegável que se está trabalhando o tempo todo para soltar o ex-presidente, nos tribunais superiores, nos escritórios especializados em defender ladrões do Erário. O Brasil segue firme, como se viu até agora, com seu Pavilhão Nacional tremulando do norte a sul. Ninguém sentiu a falta do homem descrito como o mais importante da história política do Brasil. Lula não está preso por ser uma ;figura histórica;, ou porque pode levar o Brasil para cá ou para lá. Ele está preso porque foi considerado larápio, segundo resolveu o único organismo que pode decidir se ele é rapinante ou não, é a Justiça brasileira. Não é uma opinião. Quem diz que Lula se locupletou por meio do cargo de presidente da República são os autos, as testemunhas, a exibição de fatos e as provas apresentadas. Por que teria de ser diferente com Lula?
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Mea-culpa
Alvíssaras! Até que enfim vemos um alto prócer do lulo-petismo pedir desculpas ao povo brasileiro pelas mazelas cometidas nesse famigerado período político! O ex-governador do PT, ex-senador e ex-ministro de Lula, Cristovam Buarque, em seu artigo (13/08), faz uma verdadeira mea-culpa pelos erros cometidos no, sic, ;governo democrata progressista;. Diz ele:;Erramos ao ficar presos a ideias obsoletas da esquerda;. Verdade. ;Erramos ao preferir atender aos sindicatos do que ao povo, ao presente do que ao futuro, preferindo nos acomodar para sobreviver no poder, optamos pelo populismo;, e mais e mais. Verdade verdadeira! Oxalá que os atuais dirigentes do PT e adjacências leiam esse artigo e consigam tirar alguma lição dele.
; Paulo Molina Prates,
Asa Norte
Amazônia
A Igreja Católica não pode querer se transformar em um órgão político. Não é um partido, nem um poder que julga, como ocorria na inquisição. Em outubro próximo, em sínodo, quer discutir sobre a Amazônia, os mares e o meio ambiente. O papa Francisco é o cabeça do evento. Segundo o jornalista Leonardo Meirelles (13/8, pág. 10), o papa teria pedido aos líderes mundiais que ;salvem a Amazônia;. Esse pedido foge completamente à atividade religiosa. Ele tem que pedir é que leiam a Bíblia e orem a Deus ou cuidar para que padres não sejam pedófilos e,para acabar com o celibato. Líderes mundiais não mandam no Brasil. Qualquer sugestão teria que ser feita ao presidente da República, ao Legislativo e ao Judiciário
; José Lineu de Freitas,
Asa Sul
Insanidade
As cepas dos diferentes graus de insanidade dos bolsonaristas estão se espalhando pelo país. O foco da doença está na Praça dos Três Poderes. Não há outra explicação plausível para a indagação de um leitor, que diz não saber o que as Forças Armadas estão esperando para fechar o Supremo Tribunal Federal (Correio, 13/8, pág. 10). Talvez o caríssimo leitor ainda não entendeu que temos a Constituição de 1988, que reafirma os princípios democráticos do Estado de direito. Talvez ele não tenha lembrança do que ocorreu entre 1964 e 1985. Foram 21 anos de regime de exceção, ou melhor, de ditadura sangrenta. Nesse período, milhares de brasileiros foram torturados e mortos. Muitos não tiveram o corpo devolvido à família. Muitos ainda estão desaparecidos. Fechar o Suprema Corte significa sinal verde para supressão das liberdades, a volta dos julgamentos sumários, que condena à pena capital. Fechar o Supremo é rasgar a Carta Magna, e voltar ao tempo de terror e pânico. É a supressão de todos os direitos, que permitem o exercício da cidadania. Será que é isso que nós, brasileiros, realmente desejamos?
; Fernando Moreira,
Águas Claras
Homenagem
Mais do que justa a homenagem prestada pelo Senado ao general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, ex- comandante do Exército. Trata-se, reconhecidamente, de um notável, digno e honrado militar que, no transcorrer do tempo, marcou sua trajetória de atuação com elogiável patriotismo, grandeza de espírito e fidelidade aos ideais democráticos. As Forças Armadas e o Brasil, como um todo, se orgulham de tão brilhante personalidade.
; Francisco Fernando de Souza,
Asa Norte