Opinião

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postado em 18/08/2019 04:11
Segurança

A polêmica a respeito da extinção dos Postos Comunitários de Segurança (ou Postos de Conversa de Soldados, como alguns os apelidaram) é uma questão de ciência e tecnologia. Apesar de ter forte visão mercadológica, que passa uma pequena sensação de segurança (apenas veem os postos), não sobrevive aos aspectos táticos. Os policiais a pé, de motos ou de viaturas, com seus aparelhos de rápida comunicação e filmagem são mais rápidos e têm o efeito surpresa, principal meio de coibir os delitos. Essa mobilidade é o caráter técnico que não foi ainda evidenciado para o povo. Os delinquentes olham, veem o número de policiais militares no local e, se for o caso, cometem o crime, sem nenhuma cerimônia. O tempo que alguém leva para ir ao posto reclamar de um crime qualquer, o delinquente sumiu no mundo. O efetivo nunca foi suficiente para cobrir os postos que se tornam, cada vez mais, vulneráveis a ataques de criminosos, como aconteceram muitos. Lembro das Rocans, em que os policiais chegavam em um carro (Kombi), faziam as rondas a pé e coletavam as necessidades de segurança de todos as pessoas que circulavam pelas quadras, como os síndicos, vigias, moradores, comerciantes etc., que serviam para direcionar melhor o policiamento. Isto sim, é segurança!
João Coelho Vítola, Asa Norte


Passarinho

O ex-senador, ex-governador, ministro de quatro ex-presidentes da República, o falecido coronel Jarbas Passarinho enfatizou à época: ;Não pude suportar Bolsonaro;. Grudou-se ao então deputado federal de extrema direita Jair Bolsonaro, o mito que representava a alma das Forças Armadas. Passarinho teve com Bolsonaro aborrecimentos sérios. Sem muitos rodeios, o ex-senador exaltava que o congressista era um radical e o coronel não suportava radicais, inclusive os radicais da direita. Ex- ministro do Trabalho, da Educação e da Previdência no regime militar, além de ocupar o Ministério da Justiça no governo democrático de Fernando Collor, Jarbas Passarinho presidiu o Congresso Nacional e personalizou uma parcela dos militares moderados. Era conhecido por sua habilidade para o diálogo com a esquerda e a direita na ditadura. Hoje, temos no comando do país o capitão, um intrigante e insistente nas suas metáforas e declarações desastrosas e impróprias para um chefe de Estado. O presidente Bolsonaro é um provocador profissional. Fez sua carreira provocando e, em boa medida, foi eleito pelas provocações. Provoca quando afirma que não houve ditadura e que o nazismo foi de esquerda. Quem morde a isca ajuda a aplainar o campo de tensão em que ele prefere jogar o seu jogo. A questão é: vai ser assim por quatro anos? Citei, inicialmente o ilustre Jarbas Passarinho, pois quem sabe o presidente Bolsonaro faça uma reflexão mais apurada nos seus atos e absorva alguns predicados da soberba trajetória do honrado e patriota Passarinho e insira como força motora no seu governo a ponderação e o diálogo. Observação: Fui eleitor do Bolsonaro.
Renato Mendes Prestes, Águas Claras


Supremo

Está na hora de certos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) relerem a Carta Magna para se informarem quais são suas atribuições, como membros da mais alta Corte da Justiça. Certamente, não vão encontrar respaldo para se constituírem em defensores de indiciados pela Justiça. Tal encargo cabe a competentes advogados, regiamente recompensados com o dinheiro do povo, supostamente, surrupiados dos cofres públicos.
Elizio Nilo Caliman, Lago Norte


Afogamento

A morte do cacique da tribo Wajãpi provocou exagerada repercussão na mídia internacional e em determinada mídia nacional. Seu corpo foi encontrado em um córrego próximo a sua aldeia, por membros da tribo, que atribuíram a morte a garimpeiros que, supostamente, rondavam a reserva indígena. Alegaram que o corpo apresentava perfurações, o que, dias depois, corrigiram para facadas. Alguns órgãos da mídia estamparam uma foto que supostamente mostrava vestígios de garimpagem. Acionados, o Ministério Público e a Polícia Federal se deslocaram imediatamente para a região, não tendo constatado nada de irregular, nem indícios da presença de garimpeiros, nem corte de árvores ou escavações de lavra. Mesmo não havendo certeza se teria ocorrido ou não homicídio, líderes europeus, a mídia internacional e parte da mídia brasileira se apressaram em condenar o Brasil e o presidente da República como responsáveis pelo atentado aos indígenas e à preservação da Floresta Amazônica. Em um país em que são assassinadas 160 pessoas por dia, a grande maioria jovens das periferias das grandes cidades, é surpreendente que a morte, violenta ou não, de um cidadão comum, como o cacique, possa provocar tanto alarido. Naquela ocasião, como pairavam dúvidas sobre a ocorrência de assassinato, foi promovida a exumação do corpo. Na sexta-feira, transcorridos 16 dias, o laudo pericial concluiu que o cacique faleceu em consequência de afogamento e que seu corpo não apresenta sinais de violência, nem corte, nem perfurações. Fica evidente que por trás dessa repercussão está a intenção de alguns países ricos em desmoralizar a capacidade de o Brasil administrar a Amazônia, com vistas motivar a sua futura internacionalização, o que implicaria a perda de 40% do território nacional.
Cid Lopes, Lago Sul

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