Espaço dedicado ao esquecimento
Quando o Governo do Distrito Federal (GDF) e a Secretaria de Cultura anunciaram, há poucos dias, a reabertura do Espaço Oscar Niemeyer, situado em frente ao Palácio do Planalto, a comunidade ligada a arte, arquitetura e história de Brasília foi tomada de agradável surpresa. Afinal esse é, ao lado do Memorial JK, também situado no Eixo Monumental, um dos mais importantes espaços ligados à memória de Brasília que, inexplicavelmente, se encontrava fechado havia alguns anos.
A importância desse arquiteto na concepção dos principais monumentos da cidade é tão significativa e sui generis que, graças à sua inventividade e ao gênio do urbanista Lucio Costa, Brasília passou a ser considerada Patrimônio Cultural da Humanidade, conforme manifestação de reconhecimento feita pela Unesco. Essa espécie de honraria iguala a figura desse artista e arquiteto aos grandes gênios da humanidade.
No entanto, como assegura o ditado, ninguém é profeta em sua terra natal. Para a decepção geral daqueles que lá estiveram no evento de reabertura, o Espaço Oscar Niemeyer foi, oficial e estranhamente, reinaugurado sem sequer parte de seus mais de 10 mil documentos arquitetônicos catalogados, como plantas, croquis, desenhos técnicos, documentação textual, sem parte de sua coleção de mais de 8 mil fotografias, além de seu reconhecido trabalho em mobiliário, esculturas, maquetes e prêmios, recebidos em muitos países pelo mundo afora.
Em seu lugar, foram exibidos trabalhos recentes do pintor e ativista goiano Siron Franco. Com isso e no que pese a importância do artista Siron Franco para a pintura moderna brasileira, todo o acervo de Oscar Niemeyer, fundamental para entender grande parte do processo de criação e construção de Brasília, permanecerá no Rio de Janeiro, longe dos brasilienses.
Não importa aqui entrar nos detalhes que levaram ao desentendimento entre o GDF, Secretaria de Cultura e a Fundação Oscar Niemeyer (FON), responsável e guardiã da memória do arquiteto. O fato é que a sociedade brasiliense, que arcou com os custos diretos dessa construção, erigida em homenagem ao principal arquiteto da cidade, foi excluída da discussão assim como os diretores da FON.
Também não significa que o espaço não deva, eventualmente, receber a exposições de outros artistas nacionais e internacionais ligados à arquitetura, mas ao desconsiderar, por completo, o detalhe de que aquele é um espaço específico voltado à memória do arquiteto e de Brasília, os atuais administradores com assento no Buriti e anexos mostraram que não conhecem a história de Brasília, nem a importância desses personagens na construção da nova capital. Uma pena.
- A frase que foi pronunciada
;Uma vez Vira Vida, para sempre Vira Vida!”
Frase repetida pelos professores egressos do Sesi São João XXIII, no Gama
Morangos
; Hélio Roberto Lopes, gerente da Emater-DF em Alexandre de Gusmão, dá os primeiros sinais para a população se preparar para a nova safra de morangos que está chegando. Brazlândia é a rainha do morango. Em 2018, a safra foi de 5,6 mil toneladas. Para este ano, a expectativa é de 6 toneladas.
Humanizada
; Quem precisa da UPA de São Sebastião sempre elogia o atendimento. Os funcionários mostram que gostam do que fazem. Esse é o primeiro passo para se trabalhar com gentileza. Registro feito.
Reconhecimento
; Por falar em UPA, vale o elogio para o Instituto Hospital de Base. Não fosse a demanda tão alta, estaria tudo a contento. Novos cômodos para abrigar novos equipamentos de PetScan e tomografia, remédios nas prateleiras, inclusive os caríssimos contra o câncer. Foi muita coragem do ex-governador Rollemberg dar esse passo. A população ganhou com a ousadia.
Em frente, Brasil
; Esse é o programa lançado pelo presidente Bolsonaro, no Palácio do Planalto, sobre segurança pública. Tecnologia e estratégias de inteligência aplicadas, além da instalação de monitoramento em mais cinco cidades brasileiras: Goiânia (GO), Ananindeua (PA), Cariacica (ES), Paulista (PE) e São José dos Pinhais (PR).
Doce dos deuses
; Sucesso completo. Dona Maria José Teixeira Torres resolveu voltar no tempo e usar seu tacho de cobre. Mexe devagar. Sem pressa e sem olhar para o celular. É assim que faz a ambrosia mais gostosa do DF. Morou muitos anos em Goiás Velho. Segue a escola Cora Coralina de doces. Veja os detalhes no Blog do Ari Cunha.
- História de Brasília
E por último, é uma lástima a atitude do sr. Breno da Silveira. Ele conhece bem a cidade, seus problemas, sua população, suas dificuldades. Não há razão para uma atitude contrária aos benefícios que adviriam para esse mesmo povo que é seu amigo, que confia nele, que o admira. (Publicado em 29/11/1961)