Opinião

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postado em 05/09/2019 04:06
Amazônia

Hoje, celebra-se o Dia da Amazônia. A data faz referência ao 5 de setembro de 1850, quando D. Pedro II assinou o Decreto de Criação da Província do Amazonas, atual estado do Amazonas. Passados 169 anos, a data não é de muita comemoração e, sim, de preocupação, diante do quadro que estamos vivenciando. O progresso trazido para a Amazônia, sem planejamento, sem a devida estrutura de controle e fiscalização, tem transformado drasticamente a região num processo de destruição e reconfigurações territoriais nem sempre condizentes com o papel de vital importância que a região ocupa no planeta. Na parte introdutória da Encíclica Laudato Si (2015), o papa Francisco afirma que ;esquecemo-nos de que nós mesmos somos terra;. O nosso corpo é constituído pelos elementos do planeta, o seu ar nos permite respirar, e a sua água vivifica-nos e restaura-nos;. Nessa exortação, o papa Francisco chama a atenção de toda a sociedade para a comunhão universal para a interligação entre tudo e todos na grande casa chamada ;planeta;. O antigo preceito dos povos indígenas na Região Amazônica, antes da chegada dos colonizadores, expressava uma interrrelação e interdependência entre os seres humanos e a natureza, numa permanente atitude de responsabilidade, de cuidado e de proteção da sociobiodiversidade, em função de uma civilização justa, solidária e sustentável, totalmente diversa do atual progresso que visa só o lucro. Dessa maneira, ou destruímos a ecologia e nos afundamos com ela, ou a salvamos, por meio de uma nova forma de relação em que a vida dos seres humanos e de toda a ecologia esteja em primeiro lugar e dê prioridade à sustentabilidade. Portanto, celebrar o Dia da Amazônia é reconhecer o seu potencial, incentivar e conscientizar as pessoas e os órgãos governamentais a fazer uma reflexão responsável sobre a importância da região para o meio ambiente.
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras

Educação

Nos últimos dias, assisti a várias reportagem sobre os impactos da decisão do governo de suspender, até o fim deste ano, a concessão ou renovação de bolsas a alunos de pós-graduação. Os valores pagos são ínfimos: entre R$ 400 e R$ 2.200. Estudantes precisam dessa ajuda, pois passam o dia inteiro dentro da universidade, ora na sala de aula, ora no laboratório de pesquisas. Muitos estão na reta final de concluir os projetos, a maioria deles voltada ao bem-estar das pessoas. O governo alega falta absoluta de recursos financeiros. Por que uma solução não sai do Congresso Nacional? Os parlamentares desperdiçam dinheiro demais. O que justifica uma verba mensal de mais de R$ 100 mil por gabinete para sustentar os cabos eleitorais? O Congresso tem técnicos para produzir projetos sobre quaisquer temas, o que torna ainda mais inútil gabinetes lotados de assessor faz-nada. E o Judiciário, por que não dá uma contribuição substantiva à educação, em vez de fazer licitação de bilhão de reais para a compra de vinhos importados, caviar e outros acepipes, em franca afronta à miséria que se espalha pelo país? O Executivo também tem como colaborar com a ciência e a tecnolgia ; aliás, esse é um dos seus deveres. Para isso, basta reduzir o número de cargos comissionados, fazer cumprir o mandamento constitucional de que ninguém pode ter salário superior ao teto, e dar um basta às mordomias: cartão corportativo sem limite de gastos, fim dos carros oficiais, viagens na primeira classe para assessores e ministros e muitos outros gastos supérfluos. Se o volume de dinheiro desperdiçado com extravagância e vaidades fosse direcionado à ciência e tecnologia, não haveria necessidade de cortes tão bruscos em um setor tão essencial aos jovens que estão nas universidades públicas.
; Mário Henrique Duarte,
Park Way


Diplomacia

É chato ser famoso. Eduardo Bolsonaro não sai do noticiário. O candidato a embaixador foi à Casa Branca como pingente da audiência solicitada pelo ministro das Relações Exteriores. O pai dele, capitão Bolsonaro, vibrou, fazendo leitura vesga e equivocada do encontro. Acredita que o fato atrairá votos dos senadores. Não é o que pensa perto de 60% dos entrevistados em nova pesquisa Datafolha. Para eles, Bolsonaro erra em insistir indicar o filho embaixador nos Estados Unidos. Nesse sentido, valho-me de trecho do artigo de Mathias Alencastro, doutor em ciência política pela Universidade de Oxford, Inglaterra, publicado na Folha de S. Paulo: ; Se a votação da reforma da Previdência era decisiva para dar um mínimo de credibilidade ao país no mercado financeiro, o veto à indicação de Eduardo Bolsonaro se tornou indispensável para salvar o que resta da credibilidade do Brasil na arena internacional;.
; Vicente Limongi Netto,
Lago Norte

Transporte

Não à toa, o sistema de transporte urbano do Distrito Federal é considerado um dos piores do Brasil. O modelo está tecnologicamente atrasado. Visando aperfeiçoá-lo, sugiro que todos os ônibus tenham ar-condicionado e câmbio automático para evitar os solavancos nas arrancadas. Isso é o mínimo de conforto que o sistema deve oferecer aos passageiros. No mundo de alta tecnologia, a exemplo do Uber, o Governo do DF deveria implantar com urgência um aplicativo que mostre no celular dos usuários a linha desejada se movimentando num mapa e informando a previsão de horário de chegada no ponto de ônibus desejado. Outra ação que poderia propiciar maior conforto é a implantação dos terminais Asa Sul (abandonado às moscas) e Asa Norte (a construir) de forma que haveria apenas uma linha de ônibus circulando no Plano Piloto e todos os ônibus desembarcariam os passageiros nesses terminais, de forma que os passageiros embarcariam em outro ônibus para seus destinos finais. Esses terminais seriam seguros e limpos evitando que os usuários fiquem expostos em pontos de ônibus inseguros e sem cobertura para períodos chuvosos.
; Carlos Guerra,
Brasília



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