Opinião

>> Sr. Redator

postado em 17/09/2019 04:05

Entrevistas

O Correio prestou relevante serviço ao país ao divulgar na íntegra, em suas edições de sábado e domingo (14 e 15/9), as entrevistas com duas das mais importantes personalidades públicas brasileiras da atualidade, o vice presidente da República Hamilton Mourão, e o subprocurador;geral Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa do Ministério Público na Operação Lava-Jato. Embora em ângulos diferentes, ambos os depoimentos tecem valiosas considerações sobre o momento histórico que o país está atravessando. As bem-elaboradas questões formuladas pelas equipes de jornalistas, abordando pontos da gestão pública, da economia e da Justiça, ensejaram que os ilustres entrevistados prestassem esclarecimentos e valiosas informações sobre o combate à corrupção, que grassa de modo endêmico nas instituições públicas, bem como sobre as principais diretrizes políticas e administrativas que norteiam o governo brasileiro. Nessas entrevistas, o leitor tem a oportunidade de melhor conhecer os problemas, as ações, os resultados esperados e os alcançados, em que se ressalta a clareza, a franqueza e a precisão da informação. Dallagnol revela-se um profissional, culto e competente, probo e determinado a defender o império da Justiça, o que não constituiu surpresa para ninguém. A bela surpresa foi Mourão, revelando-se um político hábil, além de sua conhecida habilidade, fácil diálogo, cultura e conhecimento da realidade brasileira. Ambos saíram-se muito bem, demonstrando maturidade e bom senso. Parabéns aos entrevistadores, liderados pela diretora de redação Ana Dubeux.
; Cid Lopes,
Lago Sul

; A respeito da entrevista com um procurador da República (14/9, págs. 2 e 3), gostaria de saber como é possível haver o entendimento de que palestras são atividade docente, tendo em vista o estabelecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Palestra pode ser dada por qualquer um, a docência exige formação específica. No mais, o sucesso da Lava-Jato deve ser colocado em termos. Parece haver uma afobação para obtenção de resultados: mais discrição, com menos exposição à mídia contribui para o bom andamento da operação. É fundamental também a observância de que um acusado é apenas isso; se é culpado, quem decide é o Poder Judiciário.
; Marcos Paulino,
Taguatinga
; Excelente e esclarecedora a entrevista de Deltan Dallagnol, tanto pelas bem formuladas perguntas dos entrevistadores quantos pelas ponderadas e objetivas respostas do entrevistado. Ao leitor bem alfabetizado e avisado, terão ficado bem claros os pingos nos is no discurso de ;os tubarões que atacam a Lava-Jato abertamente;. A importância da Lava-Jato pode ser medida pelo número de corruptos presos, mais de 150, e a devolução dos bilhões surrupiados dos cofres públicos. Dados esses a serem emparelhados à esdrúxula eficiência do Supremo Tribunal Federal (STF) que, em poucos meses, conseguiu soltar dezenas deles, cabendo ao superministro Gilmar Mendes o galardão de 21 solturas.
; Elizio Nilo Caliman
Lago Norte

; Não conheço pessoalmente o ex-juiz e hoje ministro Sérgio Moro e nenhum dos procuradores federais que atuam ou operaram na Operação Lava-Jato, mas tenho discernimento suficiente para entender que nos estados, quando criminosos do naipe de Fernandinho Beira-mar, Marcola e tantos outros foram presos ou quando têm suas regalias cerceadas, respondem com ataques brutais e destruidores, sejam eles partindo de dentro dos cárceres, sejam de comparsas ainda não alcançados pelo braço da lei. Se na Operação Lava-Jato não houve morte de nenhum dos operadores da Justiça, como a do juiz italiano Giovanne Falcone, no Brasil, alguns esquecidos, cujas condenações foram confirmadas em todas as instâncias, tentam assassinar a honra daqueles que são ou foram responsáveis pelas investigações, prisões e condenações de muitos tubarões do crime. Na Câmara dos Deputados, está havendo uma coleta de assinaturas para tentar enlamear a honra daqueles que puseram fim ou inseriram uma pausa na atuação criminosa de colarinhos-brancos. É da natureza animal: ratos acuados se unem e atacam.
; Elias Honorio da Silva
Águas Claras

; A brilhante e irretocável entrevista com o chefe da Lava-Jato, procurador Deltan Dallagnol, nos enche de esperança na busca da construção de um país decente. Devemo-nos aliar a esses dignos brasileiros, indo às últimas consequências, com o fito de debelar o terrível mal da corrupção, que dizima milhões de vidas, seja pela falta de saúde, falta de educação, estradas intransitáveis, seja por outros motivos, além de depresciar nossa imagem perante o mundo civilizado.
; Jivanil Caetano de Farias
Águas Claras

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