postado em 18/09/2019 04:15
Fake news, o texto e o contextoEm tempos de fake news, encontrar a verdade dos fatos equivale, nos ditados antigos, a procurar agulha no palheiro. Quando esse tipo de notícia incide sobre determinados bens de consumo, essa situação pode extrapolar o patamar de racionalidade provocando ou um pânico no mercado com o aumento irrazoável da demanda ou, pelo contrário, afugentar os consumidores, forçando, assim, uma baixa nos preços desse produto.
A inseminação estratégica de fatos inverídicos dentro do mercado, em que oferta e procura travam uma luta justa pela fixação dos preços, possui o dom de desestabilizar e induzir a formação de preços irreais, para cima ou para baixo, prejudicando consumidores. Trata-se de estratégias presentes hoje em boa parte dos mercados nacionais e internacionais.
A luta desleal promovida pelos especuladores visa derrubar alguns mercados e produtos em benefício de outros. Esse jogo desonesto, e cada vez mais recorrente, dado o nível de concorrência estabelecida na maioria dos mercados, vem aumentando à medida que foi facilitada a difusão de falsas notícias ou de meias-verdades pelas redes de computadores em tempo real.
Filtrar esses falsos alarmes não é tarefa fácil, ainda mais quando o que está em jogo é uma enorme quantidade de dinheiro. Por outro lado, é sabido que, onde há grande e rápida circulação de fortunas, valores como a ética e honradez ficam deslocados e postos de lado para não prejudicarem os negócios. No caso do mercado de petróleo, que no Brasil nos foi apresentado pelos episódios revelados pela Lava-Jato, dentro do chamado escândalo do Petrolão, o que os brasileiros sabem é que nesse nicho, dependendo do governo de plantão, os bilhões voam de um lugar para outro com uma velocidade digna de prestidigitadores que escondem o caroço de feijão sob três tampinhas de refrigerantes.
Em se tratando do mercado internacional do produto, o pouco que o público sabe é que ele é dominado por uma casta de bilionários e gananciosos xeiques árabes disposta a tudo para impor sempre os mais altos preços para seus produtos. Dessa forma, o que se pode presumir é que esse ambiente não é composto por pessoas, digamos, sensibilizadas por questões como a ética humana. Nesse sentido, todo o cuidado é pouco, toda a precaução não é demasiada. Trata-se de um terreno instável onde poucos caminham.
É portanto, necessário que se apure, com rigor, o caso dos ataques às instalações petrolíferas da Arábia Saudita, ocorridos no sábado último, interrompendo a produção de cerca de 5,7 milhões de barris ou 5% da produção diária consumida no planeta. De cara, esse pretenso ataque alterou os preços do produto em todo o mundo numa média de 15%. Tão logo foi anunciado o fato, os postos de todo o país não perderam tempo e aplicaram aumentos significativos nas bombas de combustível.
Em Brasília, os preços da gasolina saltaram da noite para o dia, numa demonstração de que o cartel dos combustíveis está mais vivo do que nunca. Dessa maneira, fica comprovado que nesse setor quem manda são os espertalhões e os especuladores de sempre. Que venham, pois, os carros elétricos, para sabermos logo quem serão os próximos especuladores do novo mercado.
A frase que foi pronunciada
;A literatura é o sonho acordado das civilizações.;
Antônio Candido, sociólogo, crítico literário e professor universitário brasileiro.
Excesso
; Tem gente alimentando pombos na 613 Sul, sempre depois das 13h. Quem não está gostando dos quase 200 ;ratos voadores; é o pessoal dos hospitais ao redor. Parece que a meningite fúngica é uma ameaça constante por ali.
Consulta pública já
; Quando é que os administradores das regiões administrativas vão ocupar o cargo depois de concurso público? A gestão pública está mudando e Brasília está fingindo não ver.
Deus
; Vale dar uma espiada no Blog do Ari Cunha para assistir à entrevista de Anne Graham sobre o 11 de Setembro.
Faixas
; Últimos dias antes das chuvas para reforçar as faixas de pedestres. Estão apagadas e durante o período das águas será um risco atravessar por elas.
História de Brasília
A cidade estava toda esburacada, mas na sua chegada já estará um tapete, o nosso asfalto. O dr. Ataualpa comandou a ;operação tapa-buraco; num ritmo que dava gosto a gente ver. (Publicado em 30/11/1961)