postado em 19/09/2019 04:05
Estatais
As mordomias e benefícios concedidos aos servidores das estatais do Distrito Federal, como Caesb e CEB, que implicam exorbitantes valores no custo operacional das companhias, explicam os imponderáveis reajustes das tarifas dos serviços prestados. É o contribuinte, achacado pela maior carga tributária do planeta, que paga a conta. A situação é absurda, como bem mostrou a reportagem do site do Correio. Privatizar parece ser o caminho mais lógico diante dos fatos mostrados. Os trabalhadores merecem ser bem remunerados e ter assistência médica-hospitalar de excelente qualidade, além de acesso a cursos de atualização da sua capacitação para o trabalho. Mas essa não é uma regra geral no país, onde milhões de brasileiros vivem na miséria nem na capital da República, onde está abrigada a maior favela da América Latina quando se soma as populações do Sol Nascente e Pôr do Sol. Esses guetos habitacionais são uma vergonha para a capital do país. No Brasil de hoje, não cabem mais mordomias que o fazem semelhante às ditaduras de países africanos subdesenvolvidos. O país exige equidade de bem-estar para todas as camadas da sociedade. Isso é desenvolvimento.
; João Ariel Lima,
Sobradinho
Judiciário
O ministro Gilmar Mendes do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou na terça-feira, que não vai aguardar a decisão do plenário sobre a manutenção ou revogação da possibilidade de prisão após condenação confirmada em segunda instância da Justiça, tema que deve ser levado ao plenário em outubro. Ele salientou que, até novembro, deverá levar a julgamento o pedido da defesa de Luiz Inácio Lula da Silva para anular os atos do ex-juiz e atual ministro da Justiça, Sérgio Moro, nos processos contra o ex-presidente. Causa muita estranheza a proximidade de datas do julgamento dessas duas questões jurídicas, ainda mais, a informação sendo oriunda, com meus respeitos, do magistrado Gilmar Mendes, membro da 2; Turma, considerada o clã garantista de benesses aos locupletadores do erário. Convém lembrar, o ministro Gilmar Mendes, em 2016, votou pela possibilidade da execução da pena em segunda instância e, em 2018, votou pela impossibilidade. O STF fica abarrotado de recursos, porém, com a devida vênia, são meramente protelatórios e que visam alcançar a prescrição muitas das vezes de alguns. Seria preciso na ótica dos magistrados frear isso. Mas, evidentemente, isso não pode ser feito ao arrepio da Constituição. Nestes tempos difíceis em que vivemos, rasga-se a Constituição, e os ministros pretendem avocar para si a soberania das decisões. O estado inconstitucional de coisas não é só do sistema carcerário brasileiro, mas também do modus operandi do Poder Judiciário brasileiro na figura da sua Corte máxima. Isso é o mais grave, pois como apontou magistralmente Rui Barbosa: ;A pior ditadura é a do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer;. Diante isso, a sociedade espera que o STF julgue com comedimento e transparência, buscando temperança e decisões que mantenham o núcleo da Lei Maior. Uma Corte constitucional não pode representar o arrogante arbítrio de poucos!
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras
Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro está prestes a perder o título (se é que não perdeu) de Cidade Maravilhosa para receber a alcunha de capital do crime. Lá se vai mais de um ano e meio dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes, e a competência da polícia fluminense não conseguiu chegar aos mandantes e ainda há dúvidas quanto os executores. Só agora, na despedida do cargo de procuradora-geral da República, Raquel Dodge decidiu pedir ao Supremo Tribunal Federal a federalização da apuração do horrendo crime. Obviamente, o governo do Estado se coloca contrário ao repasse da apuração para a Polícia Federal, pois seria uma admissão tácita da ;competência; do contingente policial do Rio de Janeiro, não raramente envolvido com graves crimes. O ex- conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Domingos Brazão conseguiu, apesar de todas as acusações por falcatruas no exercício do cargo, ele ainda influencia a instituição a ponto de ter conseguido a nomeação de um afilhado, Luciano Silva de Souza, para o cargo de subdiretor da TV da Assembleia Legislativa. Luciano era assistente de câmeramen. Nessa atividade, ele fez toda a campanha do PSL, partido dos Bolsonaro, nas últimas eleições. Brazão está ainda entre os suspeitos de envolvimento no assassinato de Marielle. Como se vê, o Rio de Janeiro é um dos redutos de facções criminosas, muitas capitaneadas por policiais militares e ex-PMs, as chamadas milícias, algumas, inclusive, homenageadas por ex-deputados estaduais que, hoje, ocupam cadeiras no Congresso Nacional. É a degradação plena do Estado e a sua substituição do estado paralelo, constituído por traficantes de armas, drogas e milicianos.
; Benjamim Costa,
Sudoeste
Fantasmas
Os ex-governadores nunca se preocuparam em fazer o recadastramento de aposentados e pensionistas do Distrito Federal. Agora, o Iprev descobriu quase 2 mil mortos recebendo o benefício. O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) precisa pedir a prisão dos familiares que receberam indevidamente.
; Sebastião Machado Aragão,
Asa Sul