Opinião

>> Sr. Redator

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 22/09/2019 04:05

Poluição

Entre as muitas preocupações ambientais com o destino do planeta, estão o aquecimento global e a crise hídrica. No Brasil, a distribuição de água é tão injusta quanto a de renda. Mas é de São Paulo, o estado mais rico do país, que vem um dos piores exemplos de descaso com a água. A poluição do Rio Tietê aumentou e atinge 160km do curso de água. Faltam ao estado coleta de esgoto, fim das emissões de poluentes pela indústria e educação ambiental que conscientize a população de que o rio não é a lixeira de seus rejeitos. É lamentável que São Paulo deixe um importante rio, como o Tietê, ser mortificado por falta de uma política séria e efetiva de despoluição. Podemos fazer um paralelo com o Rio Sena, na França. Na década de 1960, o Sena foi considerado biologicamente morto. Os franceses decidiram ressuscitar aquele curso d;água e investiram milhões de euros. Hoje, o Rio Sena é fonte de água límpida e potável. No Brasil, raríssimas são as tragédias que não estejam associadas ao descaso dos gestores públicos ou à corrupção. O que está ocorrendo com o Tietê é, provavelmente, resultado da combinação desses dois fatores.
; João Ariel Lima,
Sobradinho



Fundo Eleitoral

A política, termo de origem grega, é definida como ;ciência da governança de um Estado e arte de negociação para compatibilizar interesses;. Embora tenha um significado abrangente, a política, em geral, está associada ao que diz respeito ao espaço público e ao bem dos cidadãos. No Brasil, a política virou a arte da negociata e da indiferença com o bem-estar das pessoas. Os eleitos para cuidar dos interesses da sociedade se fecharam e passam o tempo armando negociatas para atender aos seus interesses. A mudança nas regras eleitorais e o aumento escandaloso do fundo de financiamento de campanhas eleitorais são provas contundentes do quanto a Câmara dos Deputados está de costas para os interesses dos cidadãos. Quando se fala em política no Brasil, a palavra seguinte que conceitua o termo é ;corrupção;. As pessoas não confiam na classe política e com toda razão. A cada dia, deputados e senadores dão provas de que não merecem o apreço e o respeito da sociedade. Legislam em interesse próprio. Ignoram as necessidades primárias da sociedade e tratam com descaso a penúria das universidades, das pequisas e da tecnologia. Pouco se importam com os mais de 5 milhões de brasileiros em situação de miséria e fome. Prever o uso de dinheiro do contribuinte para custear advogados de candidatos é confissão prévia de que os corruptos serão candidatos privilegiados pelos partidos políticos. Aliás, os pequenos partidos viraram sinônimo de grandes negócios. A solução passa pelo envolvimento de todas as pessoas com a política, sendo críticas daqueles que se apresentam como candidatos a cargo eletivo, evitando dar brechas aos hipócritas que ambicionam uma cadeira no Legislativo, desde as câmaras de vereadores, passando pelas assembleias legislativas até o Congresso Nacional. O voto para essa gente não pode caber na urna.
; Joaquim Gomes Silveira,
Taguatinga


Vergonha alheia


Desde a crise econômica de 2014, durante o governo Dilma Rousseff, apontado como responsável por todas as tragédias que tomaram conta do Brasil, a começar pelo crescente aumento do desemprego, que hoje atordoa quase 13 milhões de brasileiros, o ódio ainda é sentimento que divide o país. Incrível a reação dos antipetistas aos assessores do Partido dos Trabalhadores que ganharam o prêmio da Mega-Sena. Na maioria das críticas debochadas, envolvidas de muita inveja, ninguém imaginou que os assessores são trabalhadores como quaisquer outros, que, em sua maioria, todas as semanas fazem a sua ;fezinha; na esperança de ganhar um bom prêmio e dar um conserto geral na vida: pagar as dívidas, comprar uma casa, trocar o carro, ajudar parentes em dificuldades e realizar outros sonhos. As postagens do ministro da Educação no Twitter foram desconsertantes, próprias de pessoas com níveis moral e educacional extremamente rasteiros, além de expressar um ódio absurdo. Um comportamento incompatível com alguém que ocupa um cargo tão importante ; ministro da Educação ; no país. Aliás, a cada postagem do ministro e de outras autoridades e aliados do governo, o sentimento de ;vergonha alheia; toma conta das pessoas contrárias à disseminação do ódio, de todas as formas de preconceito, de discriminação e de violência.
; Paula Vicente,
Lago Sul

>> Erramos

O Governo do Distrito Federal quer autonomia no uso dos recursos do Fundo Constitucional, que cobre as despesas com saúde, educação e segurança, e não no Fundo do Centro-Oeste (FCO), como informou o jornal em sua primeira página, na edição de sábado, 21 de setembro.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação