Opinião

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postado em 05/10/2019 04:13




Livre-comércio


O acordo comercial entre Mercosul e União Europeia ficou para 2021. O nosso Brasil, na qualidade do segundo maior produtor de alimentos do mundo, não tem porque se preocupar com acordo. Quem tem que se preocupar são eles. Se temos uma Embrapa e outras, deveremos nos preocupar em fazer silos e outras maneiras para estocar os nossos produtos para exportação na hora certa. Sabe por quê? As pessoas não se alimentam de ferro-velho nem bens manufaturados. Essa hora vai chegar e os nossos produtos serão vitoriosos e valorizados como devem ser. É hora de deixarmos de ser o bobo da corte.
; José B. R.,
Cruzeiro Novo


Exemplo peruano

O que está acontecendo no Peru é muito salutar e deve servir de exemplo para nós. O presidente daquele país dissolveu o parlamento corrupto, tanto quanto o nosso, não para implantar uma ditadura, mas para mudar a forma de escolher os membros da Suprema Corte, tanto que marcou eleições para o ano que vem, encurtando os mandatos dos parlamentares e o seu também em um ano. Aqui, também temos o mesmo sistema de escolha dos membros do Supremo Tribunal Federal (STF) feito pelo presidente da República e covalidado pelo Congresso Nacional, o que, de certa forma, coloca os magistrados numa situação um tanto quanto constrangedora, quanto às funções constitucionais. Seria a hora de também se pensar num novo modelo de escolha dos ministros do STF, para que eles não ficassem devendo favores aos outros poderes da República, aí sim teríamos os Três Poderes independentes e harmônicos entre si, como prega a Constituição.
; Olival Machado De Souza,
Granja do Torto


Aposentadorias


Se na proposta da reforma da Previdência declara-se respeitar direitos adquiridos, na vida real isso não acontece. Milhares de funcionários aposentados de estatais, como o Banco do Brasil, idosos e que pagaram o plano de saúde há décadas, agora se veem diante de propostas de aumentar a contribuição, pagar pelo cônjuge, aumento da coparticipação e outras alterações que comprometem os minguados salários da aposentadoria. O empregador que prometeu assistência médica em edital do concurso e que garantiu a assistência como claúsula trabalhista e previdenciária, após décadas não quer mais se responsabilizar em garantir a assistência à saúde de seus ex-empregados, responsáveis por erguer essa grande empresa, orgulho de todos os brasileiros. Isso vem desde 1998, quando começaram a se retirar direitos e, agora, sob a proteção da Justiça, a alterar o estatuto, sempre com ameaças e terrorismo com quem não tem para onde correr, pois com mais de 60 anos não consegue abrigo em nenhum plano do mercado. Esperamos que o governo reveja a situação e que o Ministério Público intervenha a fim de garantir não só direitos, mas a vida e a sobrevivência de milhares de idosos que confiaram nessas empresas e que teriam um fim de vida digno e por elas amparados.
; Elaine Maria Dias,
Asa Norte


Vida

Como a vida não é uma dissertação de mestrado, nem tese de doutorado, nem um livro sendo escrito, embora eu ache, respeitando o contraditório, muito a gente decide e escolhe. A vida é uma batalha que nem sempre se vence, e não adianta, às vezes, querer algo inalcançável. Não dá para fazer correções dos erros que cometemos na vida. É preciso contar com o perdão dos outros e a anistia da gente. Desejar é melhor do que conservar. Uma descoberta real, que produz considerável angústia e temor, é que ninguém pode persuadir outra pessoa a mudar. Aqueles que não conseguem colocar em prática as próprias ações libertadoras se sentem reféns e coagidos, por décadas de convívio. Centralizadas e atreladas, em relação às pessoas que lhes estão próximas no cotidiano, relutam em aceitar outras opções de vida. O medo impede de inovar e arriscar mudanças. Optam pela simples ilusão e uma imaginária transformação. Prolonga-se o desconforto dentro da relação, por comodismo e dependência, mesmo, sabendo que está colocando em risco sua integridade física e uma harmonia ilusória e fantasiosa. É provável que o amanhã traga surpresas excitantes, assustadoras, decepcionantes e até cataclismo. Nossos conceitos para possíveis mudanças estão atolados no denso materialismo, o abastado capitalismo e o dualismo corpo-sexo. Não é que o mundo das aparências está errado. É que penetrar e olhar o universo da vida, chega-se a uma realidade diferente, como forma de encarar a nossa consciência. Talvez, possam descobrir as regras, para entrar em sintonia com a vida, valorizando o seu próprio ;eu;. A interação na vida, ao lado do íntimo e pessoal, requer alterações na contemporaneidade. A vida continua sendo o espaço nas relações, onde acontece e se resolvem os conflitos, as negociações, os direitos, os deveres, os limites e outros. Dessa maneira, temos o ato e a postura de se socializar e aprender a prática do respeito e a harmonia.
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras





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