postado em 11/10/2019 04:14
Para salvar a W3
Esvaziada e cada vez mais agonizante, a W3 Sul poderá passar por uma grande transformação no ano que vem. O GDF anunciou a intenção de fechar o tráfego de veículos na avenida aos sábados para incentivar o comércio e o lazer na região. Para a proposta virar realidade, o Buriti aguarda apenas a conclusão de um estudo de viabilidade técnica, com a participação de cinco órgãos, que deve ficar pronto em 60 dias, no máximo. Ou seja, antes de 2020, o martelo estará batido.
Abordei a situação da W3 Sul neste espaço há oito sextas-feiras. Citei como é triste para o brasiliense ver uma área tão importante da cidade no estado de abandono em que se encontra, com placas de ;aluga-se e vende-se; para todos os lados e becos imundos e pichados. A falta de ;vida; na região impressiona. Por isso, vejo com bons olhos a ideia de tentar reocupar a avenida com pessoas em vez de carros e ônibus.
O problema é que a ideia ainda nem saiu do papel, mas já tem muita gente reclamando. A principal queixa é sobre como ficará a locomoção para as faculdades que têm aulas aos sábados e o acesso a clínicas do Setor Hospitalar Sul. Moradores também querem saber como vão fazer para circular das quadras 700/900 para as 100/300, e vice-versa. Calma, pessoal. O tema ainda está em estudo. Em momento nenhum foi dito que o trânsito estará completamente fechado. É provável, por exemplo, que a circulação seja interrompida apenas no sentido Sul-Norte.
O fato é que algo precisa ser feito para a W3 não morrer de vez. É impossível saber de antemão se a iniciativa dará certo. Se não der, paciência, libera para os carros novamente, mas me encanta a possibilidade de pelo menos se tentar ocupar a via com famílias passeando, pessoas caminhando e uso maior da bicicleta (e por que não os patinetes elétricos?). Outro ponto é que a maioria das lojas fecha às 13h ou às 14h aos sábados. Com mais gente na rua, não aumenta a chance de o movimento melhorar?
Sair da mesmice faz bem. Discutir a ideia e políticas públicas, também. O VLT na região é o sonho das autoridades, mas ainda parece bem distante. Enquanto ele não chega, deixar os carros um pouquinho de lado poderá fazer bem. Vamos ver.