Opinião

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postado em 12/10/2019 04:16




Ministério da Liberdade


Ouvi do professor de ética e filosofia política, Renato Janine Ribeiro (USP), em seu livro A boa política: ensaios sobre a democracia na era da internet (2017), a maior declaração de amor feita a uma instituição pública: ;Ser ministro da Educação é, em certo e forte sentido, ser ministro da Liberdade;. Segundo ele, ;é a educação que mais pode formar as pessoas na direção de maior liberdade e responsabilidade. [...] É o que constitui a emancipação, o trabalho pelo qual alguém que é cativo, dependente, subordinado se torna sujeito, livre, cidadão;. Em muitos países, o capitalismo mercantiliza a educação, a saúde e os demais direitos sociais, hoje apresentados como serviços privados ao alcance de quem dispõe de renda para adquiri-los. É necessário romper com a lógica do capital se quisermos contemplar a criação de uma alternativa educacional significativamente diferente. Comprometidos somente com o receituário neoliberal, os poderes centrais da República são incapazes de apresentar à sociedade contemporânea outros e novos modelos de educação e formação permanentes para que todos sejamos cidadãos criativos, críticos, éticos, livres e compromissados, essencialmente, com os destinos do país e do mundo. Na educação problematizadora e emancipatória, não cabe doutrinação mercadológica que neutralize as reflexões e as ações de uma sociedade plural, livre e democrática.
; Marcos Fabrício L. da Silva,
Asa Norte


Síria


A retirada das tropas americanas da Síria abriu caminho para a realização de um objetivo há muito almejado pelo ditador turco Recep Erdogan: empurrar os curdos para longe de sua fronteira. Será um massacre do bravo povo curdo, que lutou eficientemente contra os demônios do Estado Islâmico. Erdogan pode repetir o genocídio perpetrado por Milosevic, Karadzic e Mladic em Srebrenica, em 1995.
; Roberto Doglia Azambuja,
Asa Sul



Fundo do DF


Pelo que parece, o Fundo Constitucional do DF foi criado apenas para promover reajustes salariais aos bem-remunerados policiais da capital que, agora, querem 40% de reajuste. Ora, o que difere um policial do DF de outro do Rio de Janeiro, por exemplo? Nada, o serviço é o mesmo e se brincar os de lá devem trabalhar o dobro dos daqui. Então, não é justo conceder este aumento absurdo numa época em que o país está numa crise econômica ferrenha, com crescimento econômico quase zero. O dinheiro vem, sim, do Fundo Constitucional do DF, mas ele não foi criado para isso. O Tribunal de Contas da União (TCU) deveria intervir e barrar de imediato esse aumento. No fim das contas, quem paga isso é o povo, que sofre na fila dos hospitais sem atendimento, que sofre nas escolas públicas, onde não há nem merenda escolar adequada, que sofre sem a mínima infraestrutura nas cidades. Vamos gastar bem o dinheiro do povo e não para satisfazer apenas uma categoria !
; Washington Luiz Souza Costa,
Samambaia


Desmerecimento

Campanha para desmoralizar o Sínodo da Amazônia, está em curso. O papa Francisco é alvo de deboches grosseiros. A Igreja Católica tenta conscientizar e esclarecer que o ecossistema, precioso para a humanidade, está sendo violentamente agredido, as populações indígenas desrespeitadas, as populações pobres abandonadas à própria sorte, sob o pretexto de que o subsolo da região é riquíssimo em minerais e precisa ser explorado. Uma meia-verdade narrada com intensa propaganda. O Sínodo precisa de apoio e orações de tal forma que a paz e a solidariedade, unidas pelo amor ao próximo, ajudem o encontro do caminho do desenvolvimento humano e justo para aquele sofrido e cobiçado território. Alguns parlamentares deveriam se olhar no espelho. Afinal, apontar o dedo e criticar um suposto excesso de privilégios no Serviço Público, quando as Casas Legislativas trazem um quantitativo exacerbado de regalias, é não enxergar que, ao fazê-lo, há outros três dedos apontados para si próprio. Guerra de cocada boa na República das Bananas! Até me lembrei com saudosismo da bela canção Índios, de autoria da Legião Urbana, onde se diz ;...Nos deram espelhos, e vimos um mundo doente... Tentei chorar e não consegui!”
; Nélio Machado,
Conselheiro do Conselho Universitário (Consuni) da Universidade de Brasília





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