Opinião

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Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 13/10/2019 04:14

Sistema S


Esclarecedor, sensato e oportuno o excelente artigo ;Pequenos negócios, muito além dos números; (9/10, pág. 13), de Carlos Melles, presidente do Sebrae. O artigo mostrou que, em agosto, de cada 10 empregos gerados no país, oito estavam nos pequenos negócios. E disse acreditar que o setor pode ajudar a enfrentar a crise. Ele está certíssimo. Realmente, o contexto atual de oligopolização da economia, de recessão econômica e desemprego crônico, tende para a destruição do trabalho assalariado (público ou privado). O trabalho assalariado vem sendo cada vez mais precarizado, seus direitos, limitados e seu poder de compra, comprometido. O que resta é a informalidade anticivilizatória e desumana de um exército de desempregados. A grande esperança, a grande alternativa contra essa barbárie está no micro, pequeno e médio empreendimento. Melles tem razão. Diante da falência do Estado investidor e provedor, o empreendedorismo é alternativa possível, eficiente e está fortemente apoiado pela excelência do sistema que existe há muito: o chamado Sistema ;S; (ao qual o Sebrae pertence) na formação, na capacitação e no apoio técnico dados aos micro, pequenos e médios empresários. Fiquemos ligados, pois se falou em mexer no Sistema ;S;. Aí seria realmente o fim... Canja de galinha e olhos bem abertos não fazem mal a ninguém...

; Said Barbosa Dib, Jardim Botânico


Jesus

Um Jesus chegou trazendo alegrias e bons ventos para o futebol brasileiro. Falta aparecer um Jesus para tirar a política da indigência mental, do ódio, da ineficiência e da decepção.

; Vicente Limongi Netto, Lago Norte


Cordel

E agora quero lhe apresentar / aqui em nosso bom lugar: / é nossa República no cordel / e são tantas rodas-vivas nesse carrocel... / E nem pensemos que seja assim fácil - / tem que ser mesmo uma Equipe bem hábil! / Imaginemos e são problemas de toda ordem, / e uns remam ainda pela desordem?/ O cordel da República quer o melhor! / Hoje, há as ;;fake news;; navegando ao pior.../ os crimes vão nascendo até da mínima faísca / haja fogo, nas matas, que estraga e muito fisga. / E os problemas vão virando assustadores monstros;/ há gargalhos que nem tristes antros. / E quero lhe apresentar / aqui em nosso bom lugar; / é nossa República no cordel / e são tantas rodas vivas nesse carrossel... / E vêm delações que tremem tudo(...) / são coisas criminosas de quem sabe o endereço e o sobretudo? / Casos e casos entram em fortes cenas; / são coisas estranhas ficando em fileiras das centenas./ Nosso Brasil precisa experimentar o passar a limpo; / são atos e fatos demonstrados do centro, indo até ao limbo. / E nesse cordel de nosso Brasil... / cantou, acolá, o amazônico peitoril! / E assim outros pássaros ainda fazem o coral; / a Mãe natureza quer se livrar desse desvastador vendaval! / E quero assim lhe apresentar / aqui em nosso bom lugar: / é nossa República dando o passo no cordel; / e são tantas rodadas fortes nesse carrossel(...)!

; Antônio Carlos Sampaio Machado, Águas Claras


Justiça

Os ministros do Supremo não chegaram a um consenso sobre as regras para anular condenações por delação premiada, se o delatado não apresentar as considerações finais. Ao rigor da lei, é necessário que o suspeito seja ouvido, mas ocorre que ele vai continuar negando as acusações mesmo mediante claras evidências de irregularidades. E os julgadores? Eles justificarão suas decisões, de acordo com a sua consciência ideológica. Resultado: perda de tempo para uma entidade sobrecarregada de processos, com alto custo de manutenção e o risco de os contumazes corruptos serem libertados, para confirmar a máxima de que no Brasil, o crime compensa.

; Celso Benini, Asa Norte


Reformas

A reforma administrativa que Congresso e Executivo estão gestando busca depreciar os servidores do Executivo. É algo absurdo, que nos remete ao velho ditado popular: ;Macaco nunca olha o próprio rabo;. Se há excesso de servidores, há, igualmente, excesso de assessores nos gabinetes dos parlamentares e no Judiciário, sobretudo no Supremo Tribunal Federal. As mordomias concedidas aos parlamentares e aos ministros do STF não existem nem nos países mais ricos do mundo. São aviltantes, diante de uma realidade nacional, em que impera a desigualdade social e econômica. Sobre esses gastos astronômicos, para dar boa vida a ministros, magistrados e juízes, bem como a deputados e senadores, que têm salários e benefícios inimagináveis ninguém fala. Os representantes do povo deveriam ter vergonha dos gastos que representam para um país com mais de 5 milhões de famintos e outros tantos milhões na corda bamba entre a pobreza absoluta e a miséria. Mas isso é exigir demais, para quem aprova leis que favorecem a corrupção, como a recente lei que engorda o Fundo Eleitoral, ou seja, retira dinheiro de setores essenciais para eleger mais corruptos. Então, vamos atacar o Executivo e estabelecer regras para reduzir salários e demitir servidores. Com quase 13 milhões de desempregados, o país não precisa de mais gente para expandir esse contingente. O que falta no poder público é gerenciamento adequado para alocar os profissionais em setores que necessitam de mão de obra, em Brasília e em outras unidades da Federação. O país se ressente mesmo é de gente séria, que conheça as necessidades da população e trabalhe com honestidade para que todos os cidadãos vivam com dignidade.

; Paulo Henrique Evans, Jardim Botânico

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