postado em 14/10/2019 04:14
O Brasil continua ocupando posição vergonhosa no ranking de competitividade global, como aponta recente levantamento do Fórum Econômico Mundial. Mesmo subindo um degrau na lista de 141 países pesquisados, o Brasil ocupa a 71; posição no levantamento da entidade sediada na Suíça. O dado mostra a urgência de se discutir, com profundidade, o pacto federativo, do qual a reforma administrativa faz parte. A boa notícia é que o projeto para mudanças no setor de administração pública está sendo formatado pela equipe econômica do governo federal e deve ser colocado em discussão, no Congresso Nacional, depois da aprovação da reforma da Previdência.
As medidas previstas na reforma administrativa, como o fim da estabilidade em determinadas carreiras e cargos para os novos servidores públicos e avaliação por desempenho, são essenciais para a recuperação da combalida economia brasileira, que não consegue atingir taxas de crescimento adequadas. Também vão contribuir para a modernização do país e para o aumento de sua competitividade, num mercado global cada vez mais disputado.
Apesar das dificuldades econômicas atuais e da necessidade de o governo fazer os ajustes fiscais para o equilíbrio das contas públicas, a expectativa é de que, até 2022, o país esteja entre as 50 economias mais competitivas do mundo. A previsão é de que o avanço seja mostrado em 2023, quando será divulgado o Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial referente ao ano anterior. E isso só será possível com a remoção de entraves existentes hoje. Exemplos não faltam, como o modelo de administração do governo em vigor, o intrincado sistema tributário e a burocracia que emperra os negócios e afugenta novos investimentos, fundamentais para a retomada da economia.
O próprio secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa, reconhece que o Brasil não deveria estar no meio da pesquisa da entidade internacional. ;Não faz sentido o Brasil ficar atrás de 70 países que são nossos competidores. Temos de melhorar nossa posição.; Pelo seu tamanho e peso na América Latina, não se pode aceitar que fique em oitava colocação na região, atrás de Panamá, Peru, Costa Rica, Colômbia, Uruguai e México. A melhor posição entre os latino-americanos cabe ao Chile, cuja economia é a mais aberta da América do Sul.
A pesquisa registra alguns avanços do Brasil, como dinamismo de negócios. Mas falta muito para que o país alcance patamar aceitável em competitividade global. E isso só será possível por meio da moderrnização das relações eonômicas, que depende da aprovação de reformas como a previdenciária, a tributária e a administrativa.