postado em 18/10/2019 04:06
Bloqueio de bens
A Justiça determinou o bloqueio de ativos financeiros do ex-senador e empresário Luiz Estevão, condenado pelo desvio de dinheiro público nas obras do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo (TRT-SP). Estevão não conseguiu o parcelamento do débito. Decisão semelhante deveria ser aplicada a todos os corruptos deste país. No episódio da Petrobras, os integrantes da diretoria da empresa, que formavam uma quadrilha com os empresários que prestavam serviço à estatal, conseguiram a prisão perfeita. Foram condenados à prisão domiciliar, o que lhes permitiu desfrutar das magníficas mansões, construídas com dinheiro roubado da estatal, ou melhor, dos trabalhadores brasileiros que, honestamente, recolhem os impostos cobrados pelo Estado. A decisão da juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, é exemplar e deveria se tornar modelo a ser seguido pelo Judiciário. Nada de dar boa vida a corrupto. Além de passar um bom tempo na cadeia para refletir sobre os danos que a corrupção causa ao cidadão de bem, os ladrões do erário deveriam ter os bens obtidos com a roubalheira confiscados. Os brasileiros estão cansados de ser lesados pelos espertalhões, do tipo Estevão, e ser mal atendidos em suas necessidades essenciais, como saúde, educação e segurança, devido aos desvios do dinheiro público.
; Emiliano Gonzaga Lopez,
Vicente Pires
Segunda instância
Há uma confusão sem precedentes e deixa os leigos ou até juristas curiosos e de porta de botiquins envenenados a vociferar contra o Supremo Tribunal Federal (STF), quando escutam notícias sobre a confirmação da prisão decretada em primeiro grau, pelo Tribunal (2; grau), que, ipso facto, autorizaria o encarceramento do condenado. E, cuja medida em vigor, pode ser revogada pela referida Corte Suprema. Ora, tudo tem o seu tempo. A Constituição estabelece que ;ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença condenatória;. A lei é clara. Ora, se ninguém pode ser considerado culpado até o trânsito em julgado da sentença condenatória penal, e, se assim mesmo, confirmada a sentença em segundo grau, continua o condenado considerado inocente, como determinar a prisão? As filigranas, mentiras e ofensas aos ministros só desservem à Justiça e ao Poder Judiciário. Há até autoriedade fazendo ameaças e citando Rui Barbosa, de outros tempos. Antes de cuidar de prisões apressadas melhor seria cuidar dos presídios infectos e superlotados.
; Evilázio Viana,
Asa Sul
Manobras
Acorda, Congresso Nacional! A dois meses para o fim do primeiro ano do governo Bolsonaro, as traições e as manobras políticas começam a surgir dentro e fora do Congresso Nacional, visando às eleições municipais próximas e às estaduais e à presidencial de 2022. E, se não bastasse, os velhos políticos fazerem esse tipo de manobras ainda somos obrigados a presenciar as mesmas atitudes acontecerem com os deputados e senadores novatos que nós, eleitores brasileiros, elegemos na esperança que eles mudassem a cara do Congresso Nacional, trabalhando em conjunto com Executivo com o objetivo de aprovarem os projetos que são importantes para o crescimento econômico e financeiro do Brasil. Infelizmente, são atitudes egoístas como a de alguns deputados e senadores que só contribuem para a desmoralização da classe política em nosso país. Só queremos lembrar a esses políticos que nós, eleitores, não somos massa de manobra de um deles e, nas próximas eleições, com os nossos votos, daremos as respostas nas urnas., Aguardem!
; Evanildo Sales Santos
Gama
Reality show
A sociedade contemporânea tem a marca da complexidade. Fenômenos positivos e negativos se entrelaçam, produzindo a globalização a um tempo do bem e do mal. De um lado, há a rede mundial de computadores, o aumento do comércio internacional e o maior acesso aos meios de transporte intercontinentais, potencializando as relações entre pessoas, empresas e países. De outro, mazelas como o tráfico de drogas e de armas, o terrorismo e a multiplicação de conflitos internos e regionais, consumindo vidas, sonhos e projetos de um mundo melhor. Uma era desencantada, em que a civilização do desperdício, do imediatismo e da superficialidade convive com outra, feita de bolsões de pobreza, desemprego, fome e violência. Paradoxalmente, houve avanço da democracia e dos direitos humanos em muitas partes do globo, com redução da mortalidade infantil e aumento da expectativa de vida. Um mundo fragmentado e heterogêneo, com dificuldade de compartilhar valores unificadores. No plano doméstico, os países procuram administrar, da forma possível, a diversidade que caracteriza a sociedade contemporânea, marcada pela multiplicidade cultural, étnica e religiosa. O respeito e a valorização das diferenças encontram-se no topo da agenda dos Estados democráticos e pluralistas. Buscam-se arranjos institucionais e regimes jurídicos que permitam a convivência harmoniosa entre diferentes, fomentando a tolerância e regras que permitam que cada um viva, de maneira não excludente, as suas próprias convicções. Ainda no âmbito doméstico, em numerosos países, as controvérsias incluem o casamento de pessoas do mesmo sexo, a interrupção da gestação e o ensino religioso em escolas públicas. Quase tudo transmitido ao vivo, em tempo real. A vida transformada em reality show. É possível uma coexistência pacífica entre a sociedade?
; Renato Mendes Prestes,
Águas Claras