postado em 24/10/2019 04:15
Crimes invisíveis
Com a disseminação no uso das mídias sociais no dia a dia de boa parte da população do mundo, a interlocução entre o Estado e a sociedade ganhou um impulso jamais imaginado antes. Com isso, modificaram-se drasticamente as relações entre os cidadãos e os governos, criando-se uma espécie de instantaneidade no diálogo entre o poder e o povo.
Não é preciso dizer que as novas tecnologias da comunicação conferiram maior efetividade à chamada opinião pública, potencializando, ao infinito, o peso dessa massa sobre o Estado. Atentos ao alcance desses novos meios, políticos e marqueteiros de todas os matizes ideológicos passaram a utilizar esses canais para construir imagens hipotéticas ou, ao contrário, destruir reputações, atirando na lama o nome de todo e qualquer adversário. Para isso, passaram a veicular nesses novos prodígios da tecnologia o que de mais velho existe no mundo: a mentira.
Com as mídias sociais, também a mentira e a calúnia adquiriram uma vida e uma velocidade de difusão fantástica, fazendo estragos em tempo relâmpago e com um alcance até então inimaginável. A propagação de notícias falsas se tornou, em pouco tempo, um fenômeno mundial e, por isso mesmo, tem sido alvo de ações que buscam criminalizar pesadamente sua prática. Ainda assim, verifica-se que, no mundo das relações e das disputas políticas, a utilização e a propagação de notícias inverídicas são cada vez mais prática usual. Não apenas em épocas de eleição, quando essa difusão é enorme, mas mesmo no cotidiano.
Em mãos de gente sem escrúpulos, a ferramenta da internet foi transformada em uma arma, pronta para sabotar, difamar e arruinar tanto o antigo correligionário quanto o adversário da oposição. Não há limites, nem na ética, nem nas leis que possam impedir que grupos de pessoas ou robôs espalhem as chamadas fake news. Um exemplo bem nítido e atual na utilização desse tipo de prática nefasta pode ser verificado na recente briga visando ao controle do partido ou mais precisamente do caixa milionário do PSL.
Nesse episódio, tanto aqueles que se posicionam ao lado do presidente da legenda, Luciano Bivar, quanto aqueles que defendem a família Bolsonaro cuidaram, logo num primeiro momento, de inundar as mídias com uma saraivada de notícias, sempre com trocas de críticas e denúncias de lado a lado.
Nesses embates inglórios, o mais grave parece ser a denúncia feita pela ex-líder do governo na Câmara deputada Joice Hasselmann (PSL-SP). Depois de perder o cargo de modo abrupto, a parlamentar acusou os filhos do presidente Bolsonaro de comandarem uma rede que chamou de ;milícia virtual;, composta por 1,5 mil perfis falsos, para difundir fake news e atacar adversários ou antigos aliados.
Segundo disse, essa milícia age dentro do Palácio do Planalto e é paga com dinheiro público para executar essa tarefa ilegal. Caso consiga provar o que disse na Justiça, estará aberta mais uma crise, dessa vez, real e de graves proporções, erguida, quem diria, em cima de notícias falsas, divulgadas nas redes.
A frase que foi pronunciada
;O tempo dos chefes de governo que acreditavam personificar o Estado ficou pra trás há mais de 300 anos. Luís XIV achava que o Estado era ele. Nas democracias e no Brasil, não há lugar para luíses assim.;
José Serra, senador da República
Brasil saqueado
; É bom que ninguém esqueça o assalto feito no aeroporto paulista. Nas notícias nacionais, fala-se em tiros, vítimas, reféns, estradas interditadas, valores, quantidade de ouro. Já na imprensa internacional, um detalhe chama bastante a atenção. As contradições quanto ao país destinatário. Inglaterra, Nova York, Nova Zelândia, Suíça. Afinal, qual o final dessa história?
Planejamento
; Mais moradores desesperados pela falta de planejamento na autorização para instalação de escola em área imprópria. Desta vez, na entrequadra 101/102 do Sudoeste. Segundo moradores, a homologação da licitação foi dia 06/06 e, no início de outubro, já estavam construindo. A elaboração de projetos, a aprovação pelo GDF, pela CEB, pela Caesb e pela Novacap e obtenção de alvará nunca ocorreram em uma velocidade inabitual. A administração regional confirma. A fila para acessar o colégio será longa e terá impacto em todas as vias. Contamos com o seu apoio para evitar esse desastre no Sudoeste.
História de Brasília
Venceu a firma do Recife. Dois dias depois, a firma do Crato telegrafou diminuindo os preços, e, apesar de aprovada a concorrência, a encomenda foi feita a essa mesma firma do telegrama (Publicado em 03/12/1961)