postado em 03/11/2019 04:15
TrânsitoO artigo Perigo sobre duas rodas (31/10, pág. 12) trouxe considerações sobre o número de acidentes que envolvem as motocicletas. Aproveito para adicionar que, hoje, considero as motos uma praga que complica ainda mais o trânsito e irrita os motoristas de carros e ônibus e os pedestres. Primeiro, os motoqueiros não respeitam os quebra-molas, procurando ludibriá-los ao tentar passar pelos espaços estreitos que os separam das calçadas. Segundo, não respeitam as vias, invadindo calçadas de pedestres e áreas verdes para economizar trajetos mais longos. Terceiro, gostam de fazer piruetas entre os carros e de ultrapassá-los, mesmo que estejam parados, o que é um perigo. Quarto, buzinam constantemente e na maior parte das vezes sem necessidade. E quinto, fazem barulho excessivo com seus canos de descarga abertos. Em suma, os motoqueiros são infratores constantes de nossas leis de trânsito, precariamente fiscalizadas. Urge o governo tentar resolver o problema sério das motos em nossas ruas.
; Hélio Socolik,
Lago Sul
Passarelas
Cada vez que passo sob uma passarela, entre as muitas implantadas no Distrito Federal, imagino a sitação de pessoas cadeirantes. Como terão força para fazer o percurso em cadeira de rodas, a fim de chegar ao outro lado da rodovia e ingressar em um ônibus? A inclinação é absurda. Mesmo que o cadeirante tenha alguém que possa empurrar a cadeira, ambos terão que fazer enorme esforço para vencer a inclinação. Como ficam os que dependem de moletas? É muito bom para o governante da hora, com pompas e circunstâncias, anunciar ou inaugurar a instalação das passarelas. Elas evitam que os não deficientes não precisem enfrentar a loucura do trânsito, sobretudo em rodovias com velocidade máxima de 80 km/hora. A humanização desses equipamentos públicos é fundamental para dar um mínimo de qualidade de vida às pessoas. O engenheiro ou arquiteto que projeta uma obra dessa importância tem a obrigação de se colocar no lugar das pessoas que têm limitações físicas para se locomoverem. As passarelas mais recentes instaladas na rodovia entre Taguatinga e Ceilânda são bonitas, mas, a meu ver, inúteis para quem tem dificuldades para se locomover.
; Maria do Carmo Fonseca,
Taguatinga
Caso Marielle
O porteiro afirmou no Inquérito Policial que um dos suspeitos do assassinato de Marielle Franco teria ingressado no Condomínio com autorização do ex-deputado e atual presidente da República, Jair Bolsonaro, no dia do crime (17h02min). Contudo, o criminoso, naquele dia, ao contrário do que foi registrado pelo porteiro, entrou na casa de um comparsa, Ronnie Lessa, (n; 65), que é vizinho do presidente (casa 58). O que a polícia não esclarece é qual o grau de amizade ou inimizade do também vereador Carlos Bolsonaro (filho do presidente) com a vítima; o grau de amizade do então deputado com os criminosos e, como Ronie Lessa, um simples policial militar (sargento), sem patente, foi morar num condomínio de luxo dessa natureza e ainda mais vizinho do ex-deputado; outra coisa que não se esclarece é o horário em que o então deputado viajou naquele dia do Rio de Janeiro à Brasília. Isto porque o comparecimento do criminoso ao Condomínio como consta foi às 17h02min. e o então Deputado estava na Câmara às 20h. A viagem em vôo de carreira do Rio à Brasília demora 40 minutos. Muito se explica e pouco se justifica sobre essa história contada pela TV Globo. O certo é que o presidente, como já declarou, é um homem honesto que quer ser ouvido para justificar tudo. O Brasil não aguenta mais tanta confusão. Deixem o homem trabalhar.
; José Lineu de Freitas,
Asa Sul
Bolsonaro
Enquanto a primeira-dama Michele Bolsonaro segue desempenhando o seu papel social com competência e sabedoria, e não se envolve em polêmicas que, por ventura, possam atrapalhar a administração do seu marido, os filhos políticos do presidente não fazem o mesmo. Fica aqui uma sugestão, não só minha, como também de centenas de milhares de eleitores que nas eleições passadas votaram democraticamente no presidente Bolsonaro na esperança de ver um Brasil melhor conforme prometido em sua campanha eleitoral. O nosso recado é: filhos do presidente Bolsonaro, deixem o seu pai trabalhar e vão cuidar dos mandatos de vocês, cumprindo e desempenhando o papel para o qual foram eleitos. As declarações de vocês não melhoram em nada a situação dos brasileiros nem tampouco a do país. As declarações e entrevistas que divulgam nas redes sociais ou em blogues não melhoram em nada o governo do pai de vocês. Pelo contrário, têm deixado o presidente, muitas vezes, em situações vexatórias perante a mídia quando sai em defesa dos filhos e se irrita com as perguntas dos jornalistas, sejam elas faladas, televisionadas ou escritas. Senhor presidente, saiba que a imprensa está ali desenvolvendo o seu papel: buscar informações. O presidente Bolsonaro tem que deixar o lado pai para quando estiver com a família, e não esquecer que, agora, como presidente, tem que governar para milhões de brasileiros. Deve se lembrar ainda que, em um país democrático como o Brasil, o papel da imprensa é fundamental para o seu desenvolvimento e crescimento interno e internacionalmente.
; Evanildo Sales Santos.
Gama