Opinião

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Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 09/11/2019 04:06
Segunda instância
Mudaram as regras do país para beneficiar um político condenado pela Justiça comum. Os especialistas afirmam ser o único país no mundo a adotar a prática de não prender após a primeira ou a segunda instância. Mas a mudança faz as regras serem aplicáveis a todos os corruptos, e não apenas a um deles. Todos estão eufóricos, pois não têm mais com o que se preocupar. Basta esperar a prescrição dos crimes. Bons advogados sabem o que fazer, e a morosidade da Justiça favorece a prescrição. A corrupção endêmica agradece. O que se pode concluir? Que o crime compensa? Um perigo maior nos ronda. A impunidade ser estímulo para o aparecimento de ainda maior nível de corrupção.
; Mauricio Pereira,
Brasília


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Vi grande parte dos votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal sobre prisão em segunda instância. Estou estarrecido. Votos esdrúxulos para beneficiar uma cambada de ladrões do erário. Mas a intenção de fato era libertar o maior ladrão deste país. Fiquei enojado com o voto de Toffoli, que é ex-advogado do PT. Estou envergonhado com a Justiça do meu país. Em menos de 24 horas,o chefe maior da quadrilha ganhou liberdade. Particularmente, dou-me por satisfeito pela soltura do molusco, até porque foram 580 dias num Spa na PF. Tenho vergonha da Justiça do meu país. Tenho vergonha do STF.
; Jose Monte Aragão,
Sobradinho


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Ao derrotar a proposta de prisão após segunda instância, o STF perdeu a chance de mostrar que pretende, de fato, acabar com a corrupção que resiste, tentando acabar com o Brasil. Como vai responder aos milhares que estão presos após primeira instância e, a maioria, sem qualquer condenação? Estaria para se repetir o conto de Machado de Assis, O Alienista, em que o dr. Simão se interna no manicômio, convencido de que seria o único louco na sociedade? Estaria na hora de o STF se debruçar para responder à pergunta: Quem são os verdadeiros criminosos do Brasil?
; Elizio Nilo Caliman,
Lago Norte


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O STF, nos últimos anos, confirmou por três vezes que um condenado em segunda instância pode ser preso. Este também foi o entendimento jurídico por 20 anos pós Constituição de 1988. Em 7 de novembro de 2019, por 6 votos a 5, o Supremo mudou de ideia. Principalmente o ministro Gilmar Mendes. Ele havia feito defesa fervorosa pela prisão pós segunda instância, mas deu um cavalo de pau e, sem qualquer explicação razoável, mudou o seu voto, que foi suficiente para inverter o placar da Corte. Sairão da prisão: assaltantes, homicidas, estupradores, políticos corruptos e outros mais condenados. Voltarão a conviver conosco, em sociedade, com plenos direitos, e em condições de atacar novamente a sociedade, novas vítimas ou até as mesmas. Estaremos sob ameaça constante. Estimativas apontam para cerca de 5 mil presos que sairã das prisões, como aconteceu com Lula ; livres, leves e soltos. Voltaremos a ser, legalmente, o país da impunidade. ;Que país é este?;
; Jeferson Fonseca de Mello,
João Pessoa (PB)


Ânimo

O Brasil está sendo passado a limpo por algumas autoridades sérias e honestas, tais como, juízes, promotores, delegados e policiais federais que trabalham incansavelmente na Lava-Jato e fora dela para colocar na cadeia alguns deputados, senadores corruptos e empresários corruptores, além de um ex-presidente da República que teve todas as oportunidades de governar o Brasil com sabedoria e honestidade por oito anos e, assim, escrever sua história no livro da vida como o presidente mais humilde que este país já teve. Mas preferiu, com outros corruptos, usufruir do dinheiro público em benefício próprio. Só que com a votação no Supremo Federal outorgado por alguns ministros que foram contra a prisão na segunda instância todos esses presidiários inclusive o ex o presidente, Luiz Inácio Lula da Silva estão sendo soltos. A pergunta que não quer calar: será por que o ex-presidente Lula rejeitou a liberdade condicional, será que algum desses ministros que votaram contra a prisão na segunda instância orientou o presidente a não sair e esperar a votação no Supremo Federal? Mesmo sendo vergonhosas as atitudes de alguns ministros do Supremo, nós, cidadãos comuns, que trabalhamos honestamente 12 messes, sendo que seis desses são somente para pagarmos impostos, não podemos desanimar. Temos que continuar acreditando em um Brasil melhor e lutar, democraticamente, para que essa roubalheira do dinheiro público possa diminuir, pois acabar com ela é quase impossível. Por que será que algumas pessoas almejam sempre em ter o poder, se o poder é perigoso, atrai e corrompe os melhores?
; Evanildo Sales Santos,
Gama






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