Opinião

>> Sr. Redator

Cartas ao Sr. Redator devem ter no máximo 10 linhas e incluir nome e endereço completo, fotocópia de identidade e telefone para contato. E-mail: sredat.df@dabr.com.br

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 10/11/2019 04:05
Crise?

Será que não dá para ver? Ou o povo está obliterado e ainda em transe coletivo de desinformação, ignorância ou mesmo puro fanatismo, pois muitos ainda creem que a crise no Brasil está aumentando, mas é só olhar e analisar acuradamente os números, e eles não são só do IBGE, mas também de respeitáveis veículos da mídia internacional. Bolsonaro recebeu uma taxa de desemprego de 13,7% e em 10 meses conseguiu baixá-la para 11,9%. Em agosto de 2016, ao fim da era petista, que durou 13 anos e sete meses, o governo Dilma passou a Temer, 10,7% de inflação e, com Bolsonaro hoje, está em 3%; os juros de 14% baixaram para 5%; o índice Ibovespa (Bolsa de Valores) saltou de 38 para 108 mil pontos; o risco país, que era de 553 pontos, está em 117 pontos e o PIB, de negativo que era, -0,8%, subiu para 0,8%, sem falar no aporte financeiro que está entrando no país e nas obras que estão sendo construídas. Então, onde está a crise?
; Humberto Aquino,
Asa Norte


Primeira instância

A presunção de inocência acaba no exato momento em que o réu é declarado culpado, mediante provas robustas. Por isso, o condenado deveria ser preso na primeira instância, ou no máximo na segunda, quando há decisão colegiada ; as duas instâncias em que são obtidas as provas. O resto é conversa de bom advogado de olho no bom dinheiro que pode receber do criminoso rico e famoso, em recursos que podem chegar a uma centena, levando, assim, à prescrição da pena, o que ocorre com frequência no Supremo Tribunal Federal (STF). Afinal, procrastinar processos até sua prescrição é fazer o jogo do bandido. E esse jogo o STF joga como ninguém. Somos ou não somos o paraíso da impunidade? Somos ou não somos uma República Federativa do Bandido, como escreveu Moacyr Franco em uma música-protesto? Agora, a questão da prisão de condenado em segunda instância vai para o Congresso, onde dezenas de senadores e deputados estão na lista da Lava-Jato. O que se pode esperar dessa gente mais que suspeita?
; Félix Maier,
Águas Claras


; Na noite de 7 de novembro, fui dormir sorumbático com mais um episódio protagonizado pelos senhores(a) ministros do STF: Marco Aurélio Mello, Ricardo LewandowskI (aquele que em 31 de agosto de 2016 rasgou a Constituição para salvar os direitos políticos da presidente Dilma), Rosa Weber, Gilmar Mendes (o mesmo que em 2016 disse que no mundo civilizado todos os países executam a prisão do condenado a partir do segundo grau, e afirmou que transitado em julgado no Brasil é sinônimo de impunidade), Celso de Mello e Dias Toffoli (ele que, debochando da lei diante de uma platéia de estudantes na USP, fez apologia ao crime pedindo palmas para o ladrão Vladimir que, segundo o próprio Toffoli, furtou na Justiça um processo para evitar o despejo dos invasores que haviam ocupado um terreno público). Este mês, São Lula, o homem mais honesto do mundo, milagrosamente fez o ministro Gilmar Mendes mudar radicalmente de opinião, ;da água pra a cachaça;, levando consigo os votos de mais cinco ministros. Segundo relatos públicos, dos 194 países membros da ONU, somente no Brasil, o criminoso não vai para a prisão a partir da condenação em primeira ou segunda instância. O Congresso Nacional precisa votar com urgência urgentíssima a PEC 05/2019 que manda para a prisão em segunda instância esses malfeitores. Por que não em primeira instância?
; Elias Honorio da Silva,
Aguas Claras



Apreensão

A divisão do Brasil está mais do clara. De um lado, os lulistas e petistas e outras legendas de esquerda que festejaram, no fim da tarde de sexta-feira, libertação do líder trabalhista e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há 580 dias preso em Curitiba, sob acusação de corrupção. De outro, estão os extremistas de direita, fiéis ao presidente Jair Bolsonaro, cuja agenda de costumes tem mostrado o quanto estamos atrasados. Mas entre os dois extremos, há uma forte preocupação de quem não torce nem pra um nem pra outro, e gostaria de ter uma nação equilibrada, próspera, com educação, saúde, segurança, sem desigualdades gritantes, como os 13,5 milhões de brasileiros abaixo da linha da miséria, moradia decente para todos. Tem gente que deseja um país sem intolerância e muita civilidade, onde a cultura de paz fosse uma construção transversal desde a primeira infância, com a quebra de preconceitos, tais como homofobia, misoginia, racismo e muitos outros cacoetes sociais que infelicitam as pessoas. Diante da recente ameaça do filho do presidente e deputado federal Eduardo Bolsonaro de ressuscitar o AI-5, o mais cruel ato imposto pela ditadura militar, não é paranoia temer a volta do período de horror e do total obscurantismo no país.
; Maria Guadalupe Gonzaga,
Park Way

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação