postado em 06/12/2019 04:05
LixoA coleta de lixo em dias alternados não está funcionando. Por mais boa intenção tenha a nova direção do SLU, o sistema não vem funcionando. Faltou, a meu ver, uma campanha de esclarecimento à população, assim como ocorreu quando foi implantado o modelo de respeito à faixa de pedestre ; um exemplo de iniciativa governamental exitosa. Falta educação ambiental à maioria das pessoas. Por mais que muitas dicas sejam divulgadas, elas não são assimiladas e adotadas na rotina de vida das pessoas. Os contêineres são insuficientes para o volume de rejeitos produzidos pelas residências e pelo comércio. A separação dos resíduos ainda não faz parte dos costumes dos brasileiros. Não basta a vontade do poder público para que haja uma mudança de hábito das pessoas. É preciso ensiná-las e demonstrar a importância de novas atitudes para que ocorra uma adesão ao novo modelo. Foi assim com a faixa de pedestres, em grande parte forçada pela aplicação de multas. Mas grande parte dos condutores de veículos entendeu que respeitar a faixa significava também respeitar a vida. O descarte adequado do lixo tem tudo a ver com a qualidade de vida e assegura renda aos catadores. Essa lógica precisa ser compreendida pela sociedade. As lixeiras coletivas dos condomínios estão transbordando, e a opção é colocar o lixo na margem das vias, facilitando a ação dos animais, principalmente dos cães, que tratam de espalhar os resíduos pelas ruas. O SLU precisa rever sua estratégia e agregar mais informação para a conscientização dos cidadãos.
; José Ricardo de Almeida,
Jardim Botânico
Desconforto
Entra e sai governo e as imagens são as mesmas de anos anteriores, quando os temporais assustam o brasiliense. Aliás, esta é temporada em que desigualdades desaparecem no Distrito Federal. O caos, provocado pelas inundações, vale para todas as classes sociais, seja no Plano Piloto, seja nas cidades-satélites. Os estragos são democráticos. Os brasilienses com menor poder aquisitivo, residentes fora do Plano Piloto, sentem mais dificuldade para se recuperar dos danos sofridos. Entretanto, o mais grave é o poder público não aproveitar o período de estiagem para fazer as correções necessárias na área urbana para evitar as enchentes nas tesourinhas, nas vias de maior circulação de veículos nas cidades periféricas. Parece incrível e injustificável que não haja um mapeamento das áreas críticas e, ao longo do ano, nenhuma medida preventiva tenha sido adotada para evitar as tragédias recorrentes nesta época do ano. Em resumo, o caótico cenário, principalmente na região central, revela que os escolhidos para administrar a cidade estão abrindo mão do exercício do poder que têm para garantir bem-estar, em troca do desconforto generalizado dos contribuintes.
; Afonso Guimarães,
Noroeste
Boa viagem
A maioria dos eleitores reclama das frequentes viagens do governador Ibaneis Rocha ao exterior, na maioria das vezes, para lazer com a família. Ora não vejo que o chefe do Executivo tenha que estar todos os dias no gabinete. Decisões precisam de planejamento e supõem-se que tenham sido pensadas e acertadas com o secretariado, que, na prática, é quem coloca a mão na massa. Se o governador vai passar alguns dias fora da cidade, isso em nada altera a realidade. Também não será a presença constante dele que eliminará as deficiências que temos nas áreas de educação, saúde, segurança, moradia e desigualdades sociais que caracterizam o perfil do Distrito Federal. Exceto os ingênuos, todo o resto sabe que promessas de campanha eleitoral não são palavras a serem honradas. Portanto, não há do que se reclamar. Boa viagem, governador!
; Marco Antônio de Assis,
Águas Claras